segunda-feira, 1 de março de 2010

Sacramento da Ordem


1. Reflexões Teológicas: os ministérios e os sacramentos.

A ordem é o sacramento dos ministérios ordenados pelo qual um batizado pode assumir uma participação específica no sacerdócio único e supremo de Jesus Cristo. Existem também os ministérios não ordenados e entre estes o leitorado e o acolitato, também chamados de instituídos. Os não instituído são os que dependem das necessidades das comunidades e da confirmação pelos pastores.

Ministérios são sempre participações no “ser para Cristo”.

Ministério é, em sua dimensão mais profunda, “ser a serviço” e, por conseguinte, servir como ação. Assim, a discórdia é a realização do grande mandamento: “amar a Deus e ao próximo”.

Todo ministério é serviço, mas nem todo o serviço na Igreja é ministério.

No entanto, quando um membro do povo de Deus assume um serviço, que lhe foi confiado pelo bispo ou por um representante dele, entra para um ministério. Um ministério é sempre exercido em união com a Igreja local ou universal. A obediência à hierarquia garante a autenticidade do Ministério.

Os sacramentos dos ministérios não ordenados são: o batismo e a confirmação.

2. Ministérios conferidos pela ordem:

O ministério eclesiástico é exercido em diversas ordens, que desde a Antiguidade são chamados bispos, presbíteros e diáconos. Uma ordem não é etapa para outra. Uns são chamados ao episcopado, outros para o presbiterato, ou ainda para o diaconato.

Bispos e presbíteros fazem parte de um só presbitério, do mesmo sacerdócio e ministério de Cristo, embora com ofícios distintos e diversos.

Os diáconos, por sua vez, são ordenados para o ministério do serviço de Deus em comunhão com os bispos e presbíteros.

3. O presbiterato hoje: as imagens que se faz do presbítero.

Em geral o padre é bem visto e benquisto pelo povo. Muitos o vêem como um homem de Deus, alguém que está como mediador entre Deus e os homens.

Dele se espera que interceda pelo povo e que no sacrifício da missa distribua as bênçãos e as graças de Deus. Muitas vezes é visto como Igreja e também como dono dela.

A visão teológica: o padre deve estar a serviço, dentro e fora da comunidade (Concílio Vaticano II).

Deve ser atencioso com a comunidade e tornar visível o Cristo como cabeça do corpo que é a Igreja.

O celibato: nas origens da Igreja, o celibato não se ligava obrigatoriamente à vida e ao ministério dos presbíteros. Era uma proposta como forma de vida capaz de proporcionar mais disponibilidade para o serviço de Deus e dos homens. Seguir o exemplo de Cristo.
A partir do quarto século, o celibato foi se tornando cada vez mais obrigatório na Igreja latina. Hoje, apesar de muitas discussões em diversas áreas, é mantido como lei eclesiástica para os que desejam assumir o ministério de ordem entre nós.

Daí a necessidade de insistir na espiritualidade, maturidade humana, equilíbrio afetivo, amizade profunda ao povo. Isso é missão libertadora em união com Cristo.

4. Orientações pastorais: pastoral vocacional.

A pastoral vocacional deve estar presente onde houver uma comunidade cristã organizada e onde atuarem pessoas em nome da Igreja.

1. Todo o cristão é chamado ao serviço.

- A graça do batismo lhe atribui a função de profeta, sacerdote, servo em favor dos homens.

Cristo ainda chama alguns para um testemunho especial. Os seus enviados como os primeiros apóstolos: “Mateus 10, 1-10”, “Marcos 6, 7-13”, “Lucas 9, 1-6”.

2. Responsável pela pastoral vocacional:

- Jesus confiou à comunidade cristã a incumbência de rezar pelas vocações: “Mateus 9, 35-38”, “Lucas 10, 1-12”;

- A família, como Igreja doméstica e a primeira escola de fé dentro da comunidade, saberá apreciar nos seus filhos os dons espirituais;

- Agentes de pastoral ajudarão a detectar vocações, orientá-las e incentivá-las ao sacerdócio;

- Equipe especial vocacional para a promoção de vocações para o presbitério e a vida religiosa.

3. Conteúdo da pastoral vocacional:

- Conhecer o plano de Deus a respeito do homem, discernimento pessoal (encontros e orações), motivação e reforço na caminhada;

- A Eucaristia, meditação da Palavra de Deus, oração pessoal, leitura e conhecimento da ação da Igreja, etc.

4. Etapas da pastoral vocacional:

- A vocação nasce no coração da mãe, do desejo do pai e se firma na escola permanente da fé;

- Grupos de possíveis candidatos: depois de um teste inicial, o jovem entra para o grupo de possíveis candidatos e participa do processo de formação e discernimento.

A teologia exige tempo integral para a formação, contando sempre com um ou dois padres, que assumem a orientação no dia-a-dia e ainda apoiados por um diretor espiritual disponível.

A Formação:

Apresenta três dimensões: a formação humana e cristã, a formação filosófica e teológica e a formação pastoral.

Integração no presbitério: que nenhum presbítero viva ou trabalhe sozinho, contatos e reuniões em pequenos grupos, sempre em colaboração com os leigos, dos quais não servidores e não chefes, a fraternidade na doçura e na velhice, sempre voltados para os fracos e oprimidos aos olhos do mundo.

Obs.: O Padre é servo da comunidade e não chefe!



Nenhum comentário:

Postar um comentário