1. Reflexões Teológicas: os ministérios e os sacramentos.
A ordem é o sacramento dos ministérios ordenados pelo qual um batizado pode assumir uma participação específica no sacerdócio único e supremo de Jesus Cristo. Existem também os ministérios não ordenados e entre estes o leitorado e o acolitato, também chamados de instituídos. Os não instituído são os que dependem das necessidades das comunidades e da confirmação pelos pastores.
Ministérios são sempre participações no “ser para Cristo”.
Ministério é, em sua dimensão mais profunda, “ser a serviço” e, por conseguinte, servir como ação. Assim, a discórdia é a realização do grande mandamento: “amar a Deus e ao próximo”.
Todo ministério é serviço, mas nem todo o serviço na Igreja é ministério.
No entanto, quando um membro do povo de Deus assume um serviço, que lhe foi confiado pelo bispo ou por um representante dele, entra para um ministério. Um ministério é sempre exercido em união com a Igreja local ou universal. A obediência à hierarquia garante a autenticidade do Ministério.
Os sacramentos dos ministérios não ordenados são: o batismo e a confirmação.
2. Ministérios conferidos pela ordem:
O ministério eclesiástico é exercido em diversas ordens, que desde a Antiguidade são chamados bispos, presbíteros e diáconos. Uma ordem não é etapa para outra. Uns são chamados ao episcopado, outros para o presbiterato, ou ainda para o diaconato.
Bispos e presbíteros fazem parte de um só presbitério, do mesmo sacerdócio e ministério de Cristo, embora com ofícios distintos e diversos.
Os diáconos, por sua vez, são ordenados para o ministério do serviço de Deus em comunhão com os bispos e presbíteros.
3. O presbiterato hoje: as imagens que se faz do presbítero.
Em geral o padre é bem visto e benquisto pelo povo. Muitos o vêem como um homem de Deus, alguém que está como mediador entre Deus e os homens.
Dele se espera que interceda pelo povo e que no sacrifício da missa distribua as bênçãos e as graças de Deus. Muitas vezes é visto como Igreja e também como dono dela.
A visão teológica: o padre deve estar a serviço, dentro e fora da comunidade (Concílio Vaticano II).
Deve ser atencioso com a comunidade e tornar visível o Cristo como cabeça do corpo que é a Igreja.
O celibato: nas origens da Igreja, o celibato não se ligava obrigatoriamente à vida e ao ministério dos presbíteros. Era uma proposta como forma de vida capaz de proporcionar mais disponibilidade para o serviço de Deus e dos homens. Seguir o exemplo de Cristo.
A partir do quarto século, o celibato foi se tornando cada vez mais obrigatório na Igreja latina. Hoje, apesar de muitas discussões em diversas áreas, é mantido como lei eclesiástica para os que desejam assumir o ministério de ordem entre nós.
Daí a necessidade de insistir na espiritualidade, maturidade humana, equilíbrio afetivo, amizade profunda ao povo. Isso é missão libertadora em união com Cristo.
4. Orientações pastorais: pastoral vocacional.
A pastoral vocacional deve estar presente onde houver uma comunidade cristã organizada e onde atuarem pessoas em nome da Igreja.
1. Todo o cristão é chamado ao serviço.
- A graça do batismo lhe atribui a função de profeta, sacerdote, servo em favor dos homens.
Cristo ainda chama alguns para um testemunho especial. Os seus enviados como os primeiros apóstolos: “Mateus 10, 1-10”, “Marcos 6, 7-13”, “Lucas 9, 1-6”.
2. Responsável pela pastoral vocacional:
- Jesus confiou à comunidade cristã a incumbência de rezar pelas vocações: “Mateus 9, 35-38”, “Lucas 10, 1-12”;
- A família, como Igreja doméstica e a primeira escola de fé dentro da comunidade, saberá apreciar nos seus filhos os dons espirituais;
- Agentes de pastoral ajudarão a detectar vocações, orientá-las e incentivá-las ao sacerdócio;
- Equipe especial vocacional para a promoção de vocações para o presbitério e a vida religiosa.
3. Conteúdo da pastoral vocacional:
- Conhecer o plano de Deus a respeito do homem, discernimento pessoal (encontros e orações), motivação e reforço na caminhada;
- A Eucaristia, meditação da Palavra de Deus, oração pessoal, leitura e conhecimento da ação da Igreja, etc.
4. Etapas da pastoral vocacional:
- A vocação nasce no coração da mãe, do desejo do pai e se firma na escola permanente da fé;
- Grupos de possíveis candidatos: depois de um teste inicial, o jovem entra para o grupo de possíveis candidatos e participa do processo de formação e discernimento.
A teologia exige tempo integral para a formação, contando sempre com um ou dois padres, que assumem a orientação no dia-a-dia e ainda apoiados por um diretor espiritual disponível.
A Formação:
Apresenta três dimensões: a formação humana e cristã, a formação filosófica e teológica e a formação pastoral.
Integração no presbitério: que nenhum presbítero viva ou trabalhe sozinho, contatos e reuniões em pequenos grupos, sempre em colaboração com os leigos, dos quais não servidores e não chefes, a fraternidade na doçura e na velhice, sempre voltados para os fracos e oprimidos aos olhos do mundo.
Obs.: O Padre é servo da comunidade e não chefe!
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