terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Imagens bentas quebradas: o que fazer?


Pessoas muito respeitosas e outras inseguras na doutrina não sabem como se desfazer das imagens bentas quebradas, estragadas, deterioradas. Será verdade que jogá-las no lixo pode fazer mal? Isto é superstição.


E sobre o costume de colocá-las junto a um cruzeiro ou aos oratórios de estrada. O que pensar? Objetos abençoados não têm em si algo de divino. Não valem por si, mas pelo que significam. Como símbolos religiosos merecem respeito e veneração. Símbolos são um recurso da comunicação humana em todas as culturas.

A dimensão simbólica é uma propriedade entre o racional e o biológico ou a pura sensibilidade. Usamos esta linguagem no dia a dia e não só as palavras e gestos. Ora, todas as religiões se expressam através de objetos simbólicos mesmo aquelas contrárias ao uso das imagens. O culto cristão às imagens enquanto bíblico entra no universo simbólico religioso. Vem do mistério da pessoa humana.

O livro do Gênesis é enfático ao afirmar que Deus fez homem e mulher à sua imagem e semelhança (Gn 1,26-27). Os dois não são iguais a Deus, mas têm algo de divino e de certa forma o retratam. São Paulo diz que Jesus é a imagem do Deus invisível, é o primogênito de toda criatura (Cl1,15). Os cristãos refletem como num espelho a glória do Senhor e vão se transformando na sua imagem (2Cor 3,18).

Deus não pode ser objetificado, mas é a sua imagem que amamos nos outros. Ela nunca pode ser quebrada, deteriorada e jogada fora. Em nós e nos outros. Nenhuma sociedade, cultura ou legislação pode desprezar a pessoa humana, ofender a sua dignidade por meio de injustiças e corrupção moral. No culto cristão a veneração a Maria e aos santos nos leva ao mistério pascal de Cristo. É a força redentora de sua graça que age nos santos. "A iconografia cristã transcreve pela imagem a mensagem evangélica que a Sagrada Escritura transmite pela Palavra. Imagem e Palavra iluminam-se mutuamente" (CIC n. 60) Mas, é culto idolátrico acreditar mais na imagem que imitar o santo(a).

Da mesma forma atribuir bênção, poder espiritual ou valor religioso ao símbolo avariado desvirtua a veneração e não glorifica a Deus. Imagens abençoadas são dignas de estima e conservação zelosa porque inspiram a fé e a confiança na Graça de Deus dada a nós por Jesus. Uma vez quebradas, estragadas, danificadas são indignas de honra e veneração. Não representam mais nem simbolizam nenhuma intermediação com o sagrado. Acabar de quebrá-las (ou destruir objetos sacros estragados) é a maneira respeitosa de se desfazer delas e deles.

O próprio respeito ao uso espiritual, à sua linguagem simbólica pede sua destruição total. Se possível enterrando, queimando ou colocando no lixo em pedaços bem pequenos. Nunca as deixar junto a Cruzeiros ou oratórios. Venerar os santos não pode sequer parecer mais importante que a salvação em Cristo.



Palavra de fé: “Não te prostrarás diante deles e não lhes prestarás culto. Eu sou o Senhor, teu Deus”. (Êxodo 20,5)

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Pedofilia: saber lidar com o problema


A pedofilia é um transtorno de personalidade que pode causar graves problemas. É preciso saber lidar com casos assim, para evitar males maiores.


A palavra pedofilia significa uma tendência a se abusar sexualmente de crianças. Suas causas são psíquicas, a pedofilia não vem do fato de as pessoas serem homossexuais ou heterossexuais, casadas ou celibatárias. É um transtorno de personalidade. Esse termo é usado para mencionar comportamentos indesejáveis que escapam em grande parte ao controle das pessoas. O mal da pedofilia inclui sempre uma violência moral, ao violar a inocência da criança, causando-lhe traumas para a vida. Pode-se tornar também violência física, inclusive estupro e morte.

As práticas da pedofilia aumentaram em nossa sociedade. Sabe-se de grupos pedófilos que agem pela internet. Ocorrem também abusos de crianças dentro da família, entre parentes e às vezes até envolvendo os próprios pais. As pessoas que carregam essa tendência buscam instintivamente modos de agir e de esconder seus atos.

A ética diante da pedofilia começa pela própria pessoa que tem a tendência. Ao percebê-la, seu dever moral é de procurar ajuda e assumir medidas para superar o problema. Esta é a sua grande responsabilidade.

Quem está de fora e vê indícios ou mesmo fatos, tem também uma grande responsabilidade, exatamente porque se trata de defender as crianças. Quando se tem apenas indícios, é preciso proceder com cautela para não manchar o bom nome das pessoas com suspeitas apressadas. Mas assim mesmo é preciso agir, no mínimo quem possa ajudar a esclarecer. Quando existem provas, a atuação pode ser mais declarada. Deve-se levar o problema a autoridades competentes. Os Conselhos Tutelares nestes casos podem ajudar muito e estão ao alcance popular.

A pedofilia entre o clero apareceu na mídia internacional com grande destaque por motivos diversos. Primeiro porque se descobriram vários fatos, o que não era de se esperar, pela credibilidade da Igreja. Houve também uma exploração dos fatos por parte de quem queria ganhar dinheiro com os processos, ou então simplesmente desacreditar a Igreja. A maioria dos casos vem de várias décadas passadas; e foi se verificando que mais de dois terços das acusações não tinham consistência.

Mas os casos comprovados constituem sim um grave escândalo. O foco do problema não é o celibato dos padres, mas o fato de se ter acobertado esses comportamentos. Assim, temos que aprender também dentro da Igreja a lidar com transparência na defesa das crianças diante de abusos sexuais, venham de quem vierem. É preciso tratar esses problemas com misericórdia e com responsabilidade civil. Na Igreja a nossa credibilidade não se perde por termos erros, mas se garante pela abertura que temos em reconhecê-los e corrigi-los com decisão.


Palavra de fé: “A loucura de um homem o leva a um mau caminho; é contra o Senhor que seu coração se irrita”. (Provérbios 19,3)

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Adolescência antecipada: Geração Tween

Os tweens são crianças que começaram a ir para a escola com menos de dois anos de idade. São muito independentes para a idade e querem consumir produtos copiando os adolescentes. Os pais não limitam os seus desejos de consumo.

Há trinta e sete anos trabalho com adolescentes. Quando me perguntavam até que idade eu atendia, eu brincava respondendo: “Adolescentes de qualquer idade!”, e as pessoas sorriam. Hoje, dou a mesma resposta e logo vem um pensamento comum: “É mesmo, existem adultos que são adolescentes” ou “É mesmo, existem crianças metidas a adolescentezinhos”.

Essas expansões para menos idade, os tweens, e para mais idade, a geração carona, são novidades psicológicas, familiares e sociais que a média dos pais nunca viu e nem tinha idéia que assim aconteceria.

O termo “tween”, na linguagem cifrada da informática, vem do corte da palavra inglesa “between”, e significa uma etapa entre a infância e a adolescência. Em nada altera o desenvolvimento biológico, pois são crianças crescidas de oito a doze anos, que na sua grande maioria ainda nem entrou na puberdade.

Funcionando como pequeninos adolescentes, os tweens são inteligentes, gostam de desafios, conversam “como gente grande”, acham outras crianças muito chatas, já forma dentro do que podem pequenos grupos de semelhantes, com quem se comunicam intensamente via internet e celular, super especialistas que são em teclados. Argumentam com boa propriedade com os seus pais, que se descuidarem um pouco acabam sendo dominados por eles.

Nem sempre a convivência com os tweens é tranqüila, principalmente quando estão atacados pelo desejo por objeto de consumo. É preciso que os pais aprendam a negociar com eles, caso contrário, não há consumo que chegue ou dinheiro que agüente.

Há situações com as quais os pais podem arcar com o consumismo, mas em termos de comportamentos é preciso muito cuidado, pois o corpo pode não estar ainda preparado para os programas que o tween quer fazer.

Fica difícil para os pais, sem tanta folga financeira e não consumistas, satisfazerem os seus filhos que vivem em companhia daquele tweens que acabam tendo tudo o que querem, pois seus pais consumistas fazem questão de dar-lhes tudo o que vêem.

É comum outras crianças quererem ter o que os tweens têm. Mas se os pais negociarem bem os desejos dos filhos com suas reais possibilidades, esses terão os desejos dos filhos com seus reais possibilidades. Esses filhos terão uma boa educação administrativa e financeira, que vai ajudar toda a família.



Palavra de fé: “Meu filho, não te esqueças de meu ensinamento e guarda meus preceitos em teu coração”. (Provérbios 3,1)

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Superstição é pecado?

Pecado é um ato de escolha, feito livremente e por egoísmo.

Quem pratica a superstição, levado por egoísmo, sabendo que não deve fazê-lo, peca. Quem a pratica porque aprendeu daquele jeito e não é católico, provavelmente está bem com Deus, pois não estará mentindo nem a si mesmo nem a Deus. Superstição é o erro de a gente atribuir a coisas, pessoas e práticas o poder que não possuem e buscar nessas coisas, pessoas ou práticas uma solução que só pode vir de Deus.

Por exemplo: superstição é a gente achar que precisa se benzer três vezes diante de uma estátua; virar uma imagem de costas para conseguir um favor; ir a praia e tomar banho, depois vir andando de ré e de frente para o mar, para conseguir um favor. Ou ainda, colocar três pedrinhas de sal no fogo para que uma visita importuna vá embora.

Há tantas superstições no mundo que até dá tristeza ver. Medo de assombração, uso errado de água benta, ramos de arruda nas orelhas, horóscopo, biorritmo, uso errado de velas, de imagens, de orações, corpo fechado e coisas desse tipo. Tudo isso é uma teimosia em dar mais valor às coisas do que à Palavra e a Ação de Deus.

Quem se diz católico e amigo de Jesus e fica dando valor excessivo à vela, à imagem, à água benta e a orações mágicas está errado. Estas coisas podem ser úteis e a Igreja até permite algumas delas, mas não para a gente se desviar de Jesus e sim para chegar mais perto Dele e confiar mais ainda na sua bondade.

Eu, por exemplo, acho errado acender vela para espantar mau olhado. Acho certo acender vela para louvar a Deus. E só. Deixar vela brilhando, enquanto oramos, como um símbolo de nosso amor por Deus, eu acho certo, porque o símbolo tem lá sua razão de ser em nossa vida. Não carregamos alianças, brincos e pequenos símbolos de amor? Então, por que não tê-los diante de Deus?

Contudo, acender vela, porque se a gente acender dez velas ganha uma graça; isto é superstição e é errado. Parece muito mais comércio e barganha do que fé. Tudo depende da intenção correta que a gente tem ao fazer uso de um objeto. Se a gente der a um objeto um valor de barganha, é superstição. Deus não faz negócios com a gente. Ou dá porque precisamos, ou porque Ele quer dar, ou não dá; mas comerciante Deus não é.

Estas correntes de São Judas, de Santo Antônio e outras que a gente recebe por carta e não mandar adiante, interrompendo a corrente, vai perder um filho ou coisa desse tipo, é ignorância e uma crueldade. Acho isso uma verdadeira tolice. Eu, rasgo estas cartas ou as levo ao vigário que em geral rasga na hora. E eu acredito é na bondade de Deus e não nas ameaças de gente que não tem mais o que inventar e por isso, fica pondo medo nas pessoas simples.





Palavra de fé: “Os que confiam no Senhor são como o Monte Sião, eternamente firme”. (Salmo 124/125,1)

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Com Agostinho

Um apaixonado por Deus, um apaixonado pelos homens. Fez pessoalmente e rude experiência do pecado, da própria fragilidade. Sabe do que é feito o homem. Sua paixão por Deus foi mais forte. Sabe-se salvar de modo puramente gratuito. A partir daí, tudo passa a ser em sua vida louvor e ação de graças, “confissões” da misericórdia do Pai.

Alimentado de Escritura, sobretudo dos Salmos, sabe que em toda a liturgia uma única voz ressoa, a de Jesus Cristo. A liturgia está no coração da Igreja, uma Igreja Católica, universal.

Grande fraternidade, corpo de Cristo, reúne todos os homens que reconhecem em Jesus o único que pode satisfazê-los: “Fizeste-nos para Ti, Senhor, e nosso coração está inquieto enquanto não descansa em Ti!”. A fonte desse desejo é o amor.

É daí que jorra toda a espiritualidade agostiniana. Um amor que faz de nós pessoas vivas e nos unifica: unificação interior e unidade entre pessoas. “Ama a verdade e faze o que quiseres”.

Fórmula audaciosa? Sim. Agostinho nos diz: procura, age, avança, cria e procura de novo incansavelmente. O amor será tua força. Esse desejo de Deus é vivido em clima de amizade, de amparo fraterno e de liberdade espiritual. Com Agostinho, ficamos impressionados pelo espírito da primeira comunidade, confira: “Ato dos Apóstolos 4,32”. Com ele ingressamos na escola de Paulo, o outro convertido para aprender a humildade, a liberdade segundo o Espírito, a complementaridade e a solidariedade dos membros de Cristo.

Qualquer que seja o nosso engajamento apostólico, qualquer que seja a forma de vida evangélica escolhida, em todas as nossas atividades materiais ou intelectuais, pedagógicas ou hospitalares, profanas ou pastorais, temos consciência de sermos membros uns dos outros.

Agostinho nos ajuda a compreender melhor as verdadeiras dimensões dessa união, quando vivermos de acordo com o Espírito de Cristo. Convida-nos a não descansar enquanto o mundo inteiro não for verdadeiramente Corpo de Cristo.

De Agostinho sobre o Salmo 36/37: “Teu desejo é tua oração. Se queres orar sem cessar, não deixeis nunca de desejar!”.

Sermões de Santo Agostinho:
Não sei que dá ao amor os limites da África.
Estende teu amor sobre o mundo inteiro, se queres amar a Cristo, porque os membros de Cristo estão estendidos sobre o mundo inteiro.
Ninguém pode amar o Pai se não ama o Filho, e quem ama o Filho ama também os filhos de Deus.
Que filhos de Deus? Os membros do Filho de Deus. Amando, passa a ser ele também membro; a dileção o faz entrar na unidade do corpo de Cristi, e não haverá mais que um Cristo amando a si mesmo.


Observação: Agostinho foi bispo de Hipona, norte da África.



Palavra de fé: “Espera no Senhor e faze o bem; habitarás a terra em plena segurança”. (Salmo 36/37, 3)

Jesus nunca escreveu um livro

A primeira vez que ouvi isto fiquei escandalizado. Pensava que Jesus tinha escrito alguma coisa. Fiquei, então, achando que isso poderia complicar um pouco a minha crença nos Evangelhos; mas, graças a Deus, percebi que estava enganado. Não é importante que Jesus tivesse escrito e sim que tenha ensinado.

No começo, Jesus e os discípulos ensinavam falando. Mais tarde, os discípulos acharam melhor deixar por escrito o que Ele ensinou, porque havia gente passando o recado de maneira errada.

Depois de morrerem haveria muita confusão quanto à verdade dos fatos. Então, Lucas escreveu o Evangelho pregado por Paulo. Marcos escreveu o Evangelho pregado por Pedro. Mateus escreveu o Evangelho por ele mesmo pregado, porque Mateus era Apóstolo e discípulo de Jesus, que escreveu por fim o seu próprio testemunho do que havia visto e ouvido.

Hoje, temos quatro livros que relatam o que Jesus ensinou mais vinte e uma epístolas, isto é, cartas que transmitem em boa parte os ensinamentos dos Apóstolos. Mesmo que Jesus não tenha escrito os Evangelhos, eu acredito neles, porque foram inspirados por Ele e escritos por gente que merece respeito e crédito. A gente crê tanto em jornal, noticiário de imprensa e de televisão e nos jornalistas, que às vezes mentem e deturpam os fatos. Por que então não crer no Apóstolo que morreu pela verdade que ensinava?

Há pessoas que acreditam em qualquer coisa que dizem os jornais e as revistas, mas duvidam dos Evangelhos. Não posso crer que essas pessoas estejam bem intencionadas! Eu, por minha parte, creio nos Evangelhos, mesmo que Jesus não os tenha escrito pessoalmente. É o conteúdo delas que conta!

Ultimamente tenho lido, sempre que posso ao menos um capítulo por dia e o comento lá em casa com minha mulher e meus filhos, e sinto o bem que isso me faz. Aconselho esta prática a qualquer um dos meus amigos. Os Evangelhos de fato melhoram a vida da gente.



Palavra de fé: “Asseguro-vos, irmãos, que o Evangelho pregado por mim não tenha nada de humano. Não o recebi nem o aprendi de homem algum, mas mediante uma revelação de Jesus Cristo”. (Gálatas 1, 11-12)

Você sabia?

- O centro de toda a Bíblia é Deus e o centro do Novo Testamento é Jesus Cristo?


- “Deus é amor” significa também: “Deus é alegria”?


- Que Jesus foi acusado de “comilão e beberrão”? (Lucas 7,34)


- Hosana em hebraico significa “salvai-nos”, mas que passou a ser um grito de alegria correspondente ao nosso “viva”?


- Que Herodes matou com uma espada Tiago, irmão de João? (Ato dos Apóstolos 12,1-2)

- Inimigos da cruz de Cristo significava: os maus cristãos?


- Blasfêmia é a ofensa à honra e majestade divina. No Antigo Testamento o blasfemador era condenado a morte?


- Que os anjos são espíritos criados por Deus e não tem corpo?


- Que nem todos os anjos permaneceram bons. Alguns pecaram por orgulho e desobediência a Deus. Estes são os anjos mais ou demônios?


- O sal na Antiguidade era um produto tão valorizado, que era oferecido como pagamento aos soldados do Império Romano. Daí a origem salário?


- Com a Transfiguração, Jesus prepara os três discípulos (Pedro, Tiago e João), que haveria, de estar com Ele no Jardim das Oliveiras, para o momento de sua Paixão e Morte. Para chegar a glória da Ressurreição, era necessário passar pela cruz.


- A cruz, instrumento de suplício no qual Jesus morreu, passou a ser símbolo do Cristianismo e da Páscoa. Antes era sinal de condenação; depois, de salvação.


- A alegria é um dom do Espírito Santo. A Bíblia diz em: “Gálatas 5,22-23”.


- A princípio, o Sábado Santo era o único dia em que se celebrava o batismo. Os cristãos chamavam-no de “sua Páscoa”.


Palavra de fé: “Aquele que recebe a catequese da palavra, reparta de todos os seus bens com aquele que o instruiu”. (Gálatas 6,6)

Tristeza e melancolia não são coisas da idade

Você sente angústia, tristeza ou melancolia?

Conhece alguém da sua idade que as sentem?

Você acha que elas serão parte obrigatória da sua nova fase de vida?

Afinal, são coisas da idade? Da terceira idade? Não! Nada disso é natural.

É certo que ao envelhecer ficamos mais suscetíveis às perdas e ao adoecimento, mas isso não significa que somos mais tristes quando velhos.

Essa imagem do idoso “depressivo” e doente representa a construção social estereotipada por meio da qual se concebe, erroneamente, a própria velhice. Ao contrário, muitas vezes, os avanços científicos e tecnológicos nos instigam a recusar o envelhecimento, aprisionando-nos em um ideal de força, beleza, produtividade e juventude eterna.

Envelhecer bem pressupõe uma vida também bem vivida ao longo dos anos já passados e a existência, no presente, de desejos capazes de gerar projetos para o futuro.

Assim, passado, presente e futuro, são instâncias que se articulam constantemente e tecem a nossa história de vida, sempre permeada por ganhos e perdas.

Na velhice as perdas são mais significativas, talvez porque nessa época muitos eventos coincidem: a aposentadoria, os filhos que se fazem independentes, a troca da casa em que vivemos por um apartamento funcional, e, sobretudo, a perda de amigos e parentes. Instala-se, em paradoxo, um vazio pleno de angústias, ansiedades, medos e tristezas.

Dói o peito, a garganta; sentimos a solidão e o cansaço da própria existência. Ficamos inseguros, irritáveis e experimentamos uma intermitente inquietação interna. Nesses momentos, a saudade de tudo aumenta e diante das incertezas, tendemos a retroceder para o passado onde nos sentimos em segurança.

Esse retorno só será saudável, se ao reviver o passado encontramos um elo que o ligue ao nosso presente e se multiplique em projetos futuros.

Não estamos falando em doenças, mas em conflitos existenciais que geram, muitas vezes, desconfortos internos passíveis de serem acalmados por uma escuta adequada e que auxilie na elaboração do luto.

Luto aqui entendido, para além da tristeza pela perda de algo ou alguém, como o importante trabalho psíquico de assimilação de perdas e elaboração das dores, de forma a conseguirmos, reorganizados emocionalmente, cada um no seu tempo, prosseguir na vida.

É importante, entretanto, distinguir tristeza de depressão.

As tristezas, como as alegrias, fazem parte da nossa vida psíquica normal e são reações passageiras frente a situações do cotidiano.

A depressão, diferentemente, é doença que demanda tratamento médico especializado, implica variados sintomas físicos, psíquicos, e significativas mudanças no comportamento.
A tristeza, o desânimo e dos desapontamentos também causam sofrimento, portanto, não devemos hesitar em procurar ajuda quando nos percebemos fragilizados, não importa qual seja a idade.




Palavra de fé: “Como acharás na velhice aquilo que não tiveres acumulado na juventude? (Eclesiático 25,5)

Depoimento: Corrida contra o tempo

Sou técnica de enfermagem e sempre pensei que só teria forças para cuidar dos filhos dos outros. Mas me enganei. E, dezembro do ano passado, meu marido e eu estávamos sentados no banco de um quiosque de um shopping em São Gonçalo (RJ), enquanto Carol brincava a uns três palmos diante de mim. De repente, vi uma placa de desprender e atingi-la. Quando conseguiram retirar, a parte de cima da orelha estava afundada e ela não respirava.

Trabalhei em emergência de hospital e vi vários casos iguais. Meu marido ficou anestesiado. Ele dizia: “Monique, se acalme”. Eu mostrava Carol desacordada e repetia: “Ela não respira”. Seu corpo estava roxo e eu sabia que precisava urgentemente de oxigênio. Analisei os riscos e os benefícios de tirá-la dali, porque também podia causar danos à coluna, já que o pescoço estava virado. Nesse momento, veio o segurança e me levou para a enfermaria do shopping. Perguntei se havia ambu, um dispositivo para ventilação pulmonar, mas não tinha. Pedi então uma baça de oxigênio e me informaram que estava estragada. Insisti e o aparelho funcionou – dei carga máxima, o tórax dela se expandiu, o rostinho clareou. Fomos direto ao Hospital das Clínicas de Niterói, onde trabalho. Via na expressão dos médicos que o quadro era grave. Minha filha vomitava sangue em jato, sinal de que algo na parte neurológica não ia bem. Teve traumatismo craniano, ficou desacordada por dois dias e, como o acidente atingiu a área que controla a fala, não dizia nada quando acordou. Mas eu a estimulava o tempo todo. Pegava o travesseiro do hospital e perguntava: “Está vendo a letra do seu nome aqui?”. Ou então exibia alguns desenhos, pedia para mexer a perna, colocar a língua para fora. Carol respondia a tudo.

O traumatismo calcificou e não ficaram seqüelas. Ela não se lembra de nada. Sabe apenas que uma placa caiu na cabeça dela, mas que todo mundo rezou e Papai do Céu a curou. Eu também queria apagar as lembranças, mas não consigo. Agora, vamos comemorar duas datas: o aniversário, no dia 24 de julho, e o dia 29 de dezembro, quando dei vida a ela pela segunda vez.


Palavra de fé: “Quem nela põe sua confiança tê-la-á como herança e sua posteridade a possuirá”. (Eclesiástico 4,17)

Justiça Humana X Justiça Divina

Nada mais atual, transformador e revolucionário do que a justiça apresentada por Cristo como proposta para a vida humana. "Sede santos, perfeitos, justos e misericordiosos como o Pai do Céu o é" (Levítico 19,2; Mateus 5,48; Lucas 6,36).

A caminho da celebração da Páscoa do Senhor nada mais oportuno do que buscarmos fazer uma confrontação entre a justiça de Deus e a justiça dos homens, num tempo em que as tensões e a agressividade se fazem sentir em todos os níveis da sociedade.

Cristo, ao nos apresentar as propostas para a Vida Nova de seu Reino, não veio abolir a lei mas elevá-la em sua perfeição maior. "Não pensem que eu vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim abolir, mas dar-lhes pleno cumprimento" (Mateus 5,17-18). Pela revelação de Cristo e pelos ensinamentos da Igreja, sabemos que a justiça é verdadeira quando se fundamenta na verdade, verdade que para nós cristãos não é outra senão a Boa Nova dos Evangelhos e, acima de tudo, a própria vida de Jesus.

Jesus não aboliu nenhum só ponto da lei antiga, dos ensinamentos dos patriarcas e profetas do AT. Sua novidade se situa na interpretação do verdadeiro espírito da lei, segundo a vontade de seu Pai e nosso Pai.

Jesus ensina e pede a nós: "se alguém lhe dá um tapa, oferece a outra face", "se te tirar a túnica, dê-lhe também o manto", "se alguém te forçar andar um quilômetro, anda com ele dois". "Ouvistes falar o que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém vos digo: Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem e caluniam pois assim vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, que faz nascer o sol sobre maus e bons e faz cair a chuva sobre justos e injustos... pois se amais somente os que vos amam que recompensa tereis...?". (Mateus 5,38-48).

Jesus é radical: Ensina que a justiça do Pai é o amor de misericórdia, pois somente o amor corrige o erro e salva o pecador. Para Jesus toda pessoa é antes de tudo um irmão. O amor ao próximo deve se estender a todos, também ao inimigo. Só quem age assim se transforma em filho de Deus e ama com o amor de Deus.

Esta é uma exigência do seguimento e do discipulado de Jesus. Não é fácil. Praticamente impossível sem a graça e a ajuda de Deus. Entretanto este é o único caminho que nos liberta humana e espiritualmente e que nos dá a verdadeira felicidade que todos aspiramos.

A justiça humana sem o amor misericordioso de Deus se torna lei, mesmo que se trate da Palavra de Deus. Mata ao invés de salvar. Os fariseus e escribas foram duramente questionados por Jesus por fazerem da Palavra de Deus um jugo que escravizava ao invés de salvar.

Para nós cristãos a justiça em seu sentido maior tem sua fonte de referência em Jesus que, mesmo sendo injustamente pregado na cruz pelos nossos pecados, pede perdão pelos que o matavam: "Pai perdoai-os porque não sabem o que fazem". (Lucas 23,34).

O amor de misericórdia de Deus Pai, vivido e ensinado por Cristo, não nos torna complacentes ou negligentes diante do erro e do pecado, pelo contrário, totalmente fiéis à verdade, reconhecemos o erro e o pecado em nós próprios e nos outros, amando sempre o pecador seja quem ele for.

“Sede perfeitos e misericordiosos como vosso Pai nos céus é perfeito e misericordioso”. Aí reside todo segredo da verdadeira justiça humana e divina que Cristo nos ensinou.



Palavra de fé: “Vós sois justo, Senhor! Vossos juízos cheios de equidade, e vossa conduta é toda misericórdia, verdade e justiça”. (Tobias 3,2)

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Da felicidade intensa à tristeza profunda

Cerca de 8% da população apresenta os sintomas mais marcantes do transtorno bipolar: a montanha-russa de humor.

O transtorno bipolar vem ganhando cada vez mais espaço na mídia e seus sintomas passaram a ser conhecidos de uma maneira mais ampla. Provavelmente, isso se deve aos avanços nos últimos anos para tentar esclarecer os mecanismos da doença. E, não muito raro, pessoas famosas, conhecidas por suas variações de humor, admitem o problema.

O diagnóstico não é tão simples. Isso porque o transtorno é caracterizado pelos extremos. Em alguns momentos – e esse estado pode durar dias, semanas ou meses – a pessoa fica eufórica e pode sentir prazer extremo, alegria estonteante, autoestima elevada e uma sensação de poder incrível. Há quem não tenha sequer sono. Mas, na fase seguinte, que também pode durar dias, semanas ou meses, ela experimenta o outro lado da moeda. E vai da euforia à tristeza. São períodos de depressão profunda, em que nada lhe dá prazer e a rotina não faz mais sentido. Há quem sinta sono demais ou exagere na comida nessa fase.

Esse efeito montanha-russa tem consequências desastrosas para as esferas pessoal e profissional e, em geral, o paciente só procura ajuda quando a maré está baixa. Isso torna o diagnóstico mais difícil. Nesse período, é comum que o portador do transtorno seja tratado como alguém deprimido. Daí, para muitos especialistas, a importância da família nas consultas. São os pais, a esposa ou o marido que podem dar subsídios para o médico traçar um panorama mais completo.

Sabe-se que a genética tem forte influência na origem do transtorno. Segundo a Associação Brasileira de Transtorno Bipolar, 50% dos portadores da doença têm pelo menos um familiar com o problema. Acredita-se que cerca de 8% da população apresente os sintomas mais marcantes entre 15 e 25 anos. Mas já existem crianças diagnosticadas. A vantagem de perceber cedo esses estados alterados de humor é que o tratamento tende a ser mais eficiente. No entanto, ainda não é possível falar em cura, apenas em controle.

O transtorno bipolar pode vir à tona depois de períodos de estresse intenso. Outro dado interessante é que essas alterações de humor aumentam o estresse oxidativo das células, ou seja, a saúde de quem sofre do transtorno tende a se deteriorar mais rapidamente porque o organismo envelhece em um ritmo mais acelerado. Portanto, o diagnóstico e o tratamento devem ser iniciados o quanto antes para controlar a evolução da doença.

A doença afeta homens e mulheres, mas estudos sugerem que elas apresentam mais episódios de depressão e estados de alternância entre a tristeza e a euforia.
O transtorno não escolhe sexo. Homens e mulheres são vítimas, mas estudos sugerem que as mulheres apresentam mais episódios de depressão e estados mistos, em que a tristeza e a euforia trocam de papéis vertiginosamente.

Atualmente, os medicamentos mais usados para tratar o problema são os estabilizadores de humor. E, para casos mais graves, há a eletroconvulsoterapia, na qual se altera a atividade elétrica do cérebro por meio de corrente elétrica. De qualquer forma, a psicoterapia é sempre necessária para ajudar o paciente a entender a doença, aceitá-la e, assim, voltar a encarar a vida com mais coragem e menos medo de ver sua rotina em uma eterna corda bamba.


Palavra de fé: “Não fique com medo de visitar os doentes; se você os visitar, eles o amarão”. (Eclesiástico 7,35)

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Legado aos nossos filhos

"O palavrório sobre o que legaremos aos nossos filhos será vazio, se nossas atitudes forem egoístas, burras, grosseiras ou maliciosas".

Uma importante empresa financeira me chamou para falar com alguns clientes. Não sobre finanças, pois eu os arruinaria, mas sobre algum tema "humano" – no meio da crise queriam mudar de assunto. Uma sugestão de tema que me deram foi: "O que esperamos de nossos filhos no futuro". Como acredito que pensar é transgredir, falei sobre "o que estamos deixando para nossos filhos". Acabamos nos dando muito bem, a excelente platéia estava cheia de dúvidas, como a palestrante.

O mundo avança em vertiginosas transformações, e não é só nas finanças ou economias mundiais: ele se transforma a todo o momento em nossos usos e costumes, na vida, no trabalho, nos governos, na família, nos modelos que nos são apresentados, em nossa capacidade de fazer descobertas, no progresso e na decadência.

O que nos enche de perplexidade, quando o assunto é filhos, é a parte de tudo isso que não conseguimos controlar, que é maior do que a outra. Se há 100 anos a vida
era mais previsível – o pai mandava e o resto da família obedecia, o professor e o médico tinham autoridade absoluta, os governantes eram nossos heróis e havia trilhas fixas a ser seguidas ou seríamos considerados desviados –, hoje ser diferente pode dar status.

Gosto de pensar na perplexidade quanto ao legado que podemos deixar no que depende de nós. Que não é nem aquele legado alardeado por nossos pais – a educação e o preparo – nem é o valor em dinheiro ou bens, que se evaporam ao primeiro vendaval nas finanças ou na política. A mim me interessam outros bens, outros valores, os valores morais. O termo "morais" faz arquear sobrancelhas, cheira a religiosidade ou a moralismo, a preconceito de fariseu. Mas não é disso que falo: moralidade não é moralismo, e moral todos temos de ter. Nós gostamos de dizer que estamos dando valores aos filhos. Pergunto: que valores? Morais, ora, decência, ética, trabalho, justiça social, por exemplo. É ótimo passar aos filhos o senso de alguma justiça social, mas então nós indagamos: você paga a sua empregada o mínimo que a lei exige ou o máximo que você pode? Penso que a maioria de nós responderia não à segunda parte da pergunta. Então, acaba já toda a conversa sobre justiça social, pois tudo ainda começa em casa e bem antes da escola.

Não adianta falar em ética, se vasculho bolsos e gavetas de meus filhos, se escuto atrás da porta ou na exten são do telefone – a não ser que a ameaça das drogas justifique essa atitude. Não adianta falar de justiça, se trato miseravelmente meus funcionários. Não se pode falar em decência, se pulamos a cerca deslavadamente, quem sabe até nos fanfarronando diante dos filhos homens: “Ah, o velho aqui ainda pode!”. Nem se deve pensar em respeito se desrespeitamos quem nos rodeia, e isso vai dos empregados ao parceiro ou parceira, passando pelos filhos, é claro. Se
sou tirana, egoísta, bruta; se sou tola, fútil, metida a gatinha gostosa; se vivo acima das minhas possibilidades e ensino isso aos meus filhos, o efeito sobre a moral deles e sua visão da vida vai ser um desastre.

Temos então de ser modelos? Suprema chatice. Não, não temos de ser modelos: nós somos aquele “primeiro modelo” que as crianças recebem e assimilam, e isso passa pelo ar, pelos poros, pelas palavras, silêncios e posturas. Gosto da historinha verdadeira de quando, esperando alguém no aeroporto, vi a meu lado uma jovem mãe com sua filhinha de uns 5 anos, lindas e alegres. De repente, olhando para as pessoas que chegavam atrás dos grandes vidros, a perfumada mãe disse à pequena: "Olha ali o boca aberta do seu pai".

Nessa frase, que ela jamais imaginaria repetida num artigo de revista ou em palestras pelos pais, a moça definia seu ambiente familiar. Assim se definem ambientes na escola, no trabalho, nos governos, no mundo. Em casa, para começar. O palavrório sobre o que legaremos aos nossos filhos será vazio, se nossas atitudes forem egoístas, burras, grosseiras ou maliciosas. O resto é conversa fiada para a qual, neste tempo de graves assuntos, não temos tempo.


Palavra de fé: “Põe tua confiança em Deus e ele te salvará; orienta bem o teu caminho e espera nele. Conserva o temor a ele até na velhice”. (Eclesiástico 2,6)

A Escada

Leitura Bíblica: “Filipenses 3.10-14”

Fortaleçam as mãos enfraquecidas e os joelhos vacilantes(Hebreus 12.12).

Para chegarmos a algum lugar, geralmente se requer esforço e dedicação de nossa parte. Dependendo do local, teremos de fazer diversas coisas, algumas que até nos aborrecem – como os preparativos para uma viagem ao exterior: passaporte, entrevistas, vistos, investimento de dinheiro e de tempo.

A vida cristã pode ser comparada a um longo caminho até a vida eterna com Deus em nossa morada final, onde desfrutaremos da verdadeira felicidade. Esta jornada inicia-se aqui e agora. Ela requer esforço e dedicação em agradar ao nosso Senhor. Se quisermos viver eternamente com Deus, precisamos andar com ele enquanto aqui vivemos, cuidando do nosso planeta, respeitando o Criador e suas leis e amando os outros.

Nesta caminhada passamos por um processo chamado “santificação”, em que Deus nos transforma para que fiquemos mais parecidos com Cristo. A santificação pode ser comparada a uma escadaria. Deixamos de subir uma escada que não leva a lugar nenhum (viver longe de Deus e segundo nossa própria vontade) e iniciamos a subida na escada da santificação. Todo dia deveríamos subir um degrau. Para isso é preciso muita dedicação, mesmo quando nos sentimos fracos. Descer, jamais! Quando não for possível subir algum degrau, devemos buscar a Deus para que ele mostre como melhorar naquela área ou consertar aquele erro. Durante nossa caminhada, teremos às vezes de aceitar a disciplina aplicada pelo Senhor.

Enquanto caminhamos com Cristo e subimos degrau por degrau, também temos de lutar contra os maus desejos, as tentações e as dificuldades. A vida cristã é um percurso com muitos obstáculos, mas no final da escadaria, vamos ver o que “Olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que o amam” (1Coríntios 2.9). Quem chegar ao final deste caminho vai viver eternamente contemplando a glória do Senhor.

A santificação é progressiva e contínua. Busque-a diariamente.