terça-feira, 30 de março de 2010

O que a Igreja ensina sobre... Adoção de crianças

“O dom da fecundidade do casal, contudo, deve ser concebido de maneira muito mais ampla do que a única dimensão da fertilidade biológica. O amor esponsal, como manifestação concreta do amor de Deus pela humanidade, é sempre chamado à amar, servir, defender e promover a vida humana (João Paulo II) – em todas as suas dimensões, mesmo quando, de fato, não a pode gerar biologicamente. Por isso, sentimo-nos profundamente próximos dos casais esposos, que ainda não conseguem encontrar na medicina uma solução para a sua condição de esterilidade, encorajá-los fraternalmente a exprimir e realizar igualmente a sua fecundidade conjugal, pondo-se com generosidade ao serviço das numerosas situações humanas necessitadas de amor e de partilha. Entre elas, merecem uma particular menção os institutos sociais de adoção e de entrega periódica da criança a uma família, para os quais desejamos normativas jurídicas cada vez mais capazes de garantir as devidas garantias e, simultaneamente, tempos rápidos para as práticas burocráticas”.

(Comunicado final da X Assembléia Geral da Pontifícia Academia da Vida)

Adoção de embriões:

- A adoção de embriões pode ser a alternativa ao seu uso em pesquisas. Em países onde pesquisas com células-tronco estão legalizadas, como Brasil, Inglaterra, EUA e Coréia, grupos contrários apostam na “adoção” de embriões de clínicas de fecundação assistida, para evitar seu descarte ou uso em pesquisas. Nas clínicas implantam-se no útero embriões congelados e guardados em tanques de nitrogênio, “sobras” de outras fertilizações in vitro. A gestação completa e o parto natural garantem que o bebê seja registrado como filho legítimo, ainda que sem parentesco genético com os pais.

Considerando que:

1. Os embriões são seres humanos vivos em constante desenvolvimento, sujeitos distintos da mãe e de seus progenitores, possuidores desde a sua concepção de identidade genética própria e permanente. E que, portanto, igualmente as pessoas nascidas, são dignas de um sincero respeito, independentemente de seu estágio de desenvolvimento, forma ou tamanho. Não merecem o destino de serem utilizados como matéria-prima de processos industriais ou serem objeto de investigação científica (como “cobaias”).

2. Setores da indústria biotecnológica internacional e alguns pesquisadores brasileiros estão promovendo uma campanha de opinião a favor da utilização “terapêutica” de células embrionárias humanas a partir da destruição de embriões humanos que “sobram” na fertilização in vitro.

Assim sendo, deve ser promovida:

A proteção dos embriões humanos que sobrem nos processos de fecundação assistida. O erro cometido por ocasião da produção e do armazenamento dos embriões, não justifica, agora, um outro erro que é a utilização desses embriões em pesquisas, reduzindo-os ao status de coisa ou objeto e, consequentemente, negando seu significado ontológico.

Com a possibilidade de adoção desses embriões congelados, evitar-se-ia a destruição desses seres humanos. Nesse caso, poderia abrir-se uma exceção, permitindo que mulheres solteiras procriassem (adotassem) esses embriões, além das casadas, ou em união estável. Seria menos mais que a destruição desses embriões.

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