quarta-feira, 17 de março de 2010

O que a Igreja ensina sobre o SUICÍDIO

Introdução: Suicídio e Psicologia

Hoje, pela psicologia, sabe-se com certeza que existe uma relação estreita entre isolamento social e suicídio. Devemos dar atenção especial para as motivações psicossociais e culturais do suicídio.

Subjetivamente a responsabilidade inexista ou é diminuída porque a liberdade está condicionada pela presença de processos psicológicos e caráter depressivo. Objetivamente não se podem descartar possibilidades de suicídios praticados com plena liberdade.

Nessa perspectiva são interpretados os suicídios de protestos e os “altruístas”. (Sobre Altruístas, Carta Encíclica Evangelium Vitae, nº 66 do Papa João Paulo II).

Argumentos humanos e humanizadores para avaliação moral:

1. A auto-realização é preferível à autodestruição (o suicídio e, portanto, devem ter preferência de auto-realização);

2. As ações revogáveis tem mais peso humano e, portanto, devem ter preferência existencial diante das irrevogáveis;

3. Admitir a fragilidade do exercício da liberdade é mais humanizadora do que a eliminação da possibilidade de opção prematura.

Argumentos em sentido estrito para a avaliação moral:

1. Somos administradores e não donos da própria vida;

2. O suicídio contradiz a inclinação natural do ser humano de perpetuar e conservar a própria vida (é um ato grave contra o amor a si mesmo e é um ato de injustiça contra o amor ao próximo porque rompe tragicamente os laços de solidariedade familiar e de amizade. É um ato de descrença no amor de Deus).

Em atitude cristã e pastoral diante dos familiares da pessoa que se suicidou, não se deve dar margem nenhuma para que os familiares se desesperem contra a situação dos que atentam contra a própria vida (é preciso encontrar argumentos para falar dos caminhos que Deus tem).

Suicídio coletivo:

É negativa a exaltação patriótica indevida e a manipulação feita por líderes. É de se excluir, também, o fanatismo religioso.

Moralmente deve-se condenar toda e qualquer instrumentalização, porque é desumano o desprezo da vida, induz ao fanatismo intransigente que faz ver no outro o inimigo abominável e dependendo da seita, pode gerar um ritual necrófilo (de morte). Portanto, o mandamento “não matar” é um preceito absoluto, sem exceção.

O suicídio conforme o Catecismo da Igreja Católica:
(leia integralmente as citações e familiarizar-se com os documentos de nossa Igreja)

2280 – Cada um é responsável por sua vida diante de Deus, que lhe deu e que dela é sempre o único soberano Senhor. Devemos receber a vida (continue a leitura no Catecismo)... (continue a leitura no Catecismo);

2281 – O suicídio contradiz a inclinação natural do ser humano a conservar a perpetuar a própria vida. É gravemente contrário ao justo amor de si mesmo. Ofende igualmente... (continue a leitura no Catecismo);

2282 – Se for cometido com a intenção de servir de exemplo, principalmente para os jovens, o suicídio adquire a gravidade de um escândalo. A cooperação... (continue a leitura no Catecismo);

2283 – Não se deve desesperar da salvação das pessoas que se mataram. Deus pode, por caminhos que só Ele conhece, dar-lhes ocasião de um arrependimento salutar. A Igreja ora (reza) pelas pessoas que atentaram contra a própria vida.


Capítulo extraído do livro: “O que a Igreja ensina sobre...”, do Pe. Mario Marcelo Coelho, scj.

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