quarta-feira, 3 de março de 2010

O que a Igreja pensa sobre... Planejamento familiar.


É o ato consciente de planejar o nascimento dos filhos, tanto em relação ao número desejado quanto à ocasião mais apropriada de tê-los. Isso pode ser conseguido através de métodos anticoncepcionais.

A moral cristã aceita o planejamento, afirmando simultaneamente:
- a responsabilidade na procriação;
- a bondade e a necessidade da intimidade conjugal;
- a decisão do número de filhos é do casal.

Portanto, o exercício responsável da paternidade a levará, muitas vezes, a ter que regular a natalidade.

Pontos que o casal deve considerar no agir responsável:
- o bem estar físico, psicológico e emocional dos esposos;
- a estabilidade do lar (separação, falta de entendimento, etc);
- situação econômica do casal;
- idade dos pais;
- o bem do filho que poderia nascer;
- situação geral da população: superpopulação, disponibilidade de recursos naturais.

Critérios para avaliar os métodos de controle da natalidade:
- eficácia do método;
- efeitos colaterais;
- o caráter mais ou menos técnico (custo, contra-indicação, etc);
- a maior ou a menor proximidade com a vida.

A Igreja defende o planejamento familiar com métodos naturais que respeitam a integridade física do ser humano e a cumplicidade do casal na preservação da espécie humana.

Métodos naturais de planejamento familiar são eficazes e superiores aos métodos artificiais comprovados cientificamente. São os únicos lícitos e admitidos pela Igreja e de aceitação moral e ética. Entre as vantagens asseguram ao casal a responsabilidade pelo planejamento, além de possibilitar o diálogo e a união dos esposos.

Já os métodos artificiais, além das conseqüências para a saúde da mulher, a maioria deles, hoje, provoca o aborto na fase inicial da vida.

Entre os métodos de controle da população está o aborto cirúrgico praticado clandestinamente ou sob o amparo da lei.

Visão da Igreja: “é moralmente inaceitável que, para regular a natalidade, se encoraje ou até se imponha o uso de meios como a contracepção”. Sabemos hoje que os métodos artificiais de planejamento familiar mais usados, são, na sua maioria, os abortivos.

Planejar através de métodos naturais proporcionam ao casal, espaçar os filhos sem contrariar a lei natural, usando os dias férteis da mulher quando deseja um filho e abster-se de relações sexuais durante esse período, se não deseja nova gravidez.

O ensinamento da Igreja sobre o matrimônio da procriação humana afirma a conexão indivisível, que Deus quis e o homem não pode romper, entre os dois significados do ato conjugal: o significado unitivo e procriador.
O ato conjugal, por sua estrutura íntima, enquanto une os esposos com um vínculo profundo, torna-os aptos para a geração de novas vidas, segundo leis do próprio ser do homem e da mulher. Princípio, fundamentado na natureza do matrimônio e na íntima conexão dos seus bens, no conhecimento do plano da paternidade e maternidade responsáveis. “Salveguardando os aspectos essenciais, unitivo e procriador, o ato conjugal conserva integralmente o sentido verdadeiro, amor mútuo e a sua ordenação à altíssima vocação do homem para a paternidade” (João Paulo VI).

Enquanto métodos artificiais causam efeitos colaterais provocando muitos deles o aborto, na fase inicial da vida humana, e a fecundação artificial, além de resultar em abortos, tem sérias implicações éticas e morais, os métodos naturais não tem inconvenientes e são mais eficazes que aquelas. Estimulam o conhecimento mútuo do casal, incentivam o respeito dos cônjuges e unem os esposos.

A Igreja defende o planejamento familiar com métodos naturais que respeitem a integridade física do ser humano e a cumplicidade do casal na preservação da espécie humana.

Esse método tem base científica e comprovada eficácia tais como: método da ovulação (Billings), método da temperatura basal e o método da tabelinha (Knaus-Ogino).


Texto extraído do livro: O que a Igreja ensina sobre...
Pe Mário Marcelo Coelho, scj
Editora Canção Nova

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