quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

12 de dezembro: Nossa Senhora de Guadalupe



Sabe-se que Nossa Senhora apareceu ao índio Juan Diego em 1931, na colina de Tepeyac, no México.

Pediu-lhe que naquele local fosse construído um santuário, que de fato existe, e no avental do vidente se imprimiu uma imagem da Virgem. Essa imagem foi submetida a exames científicos que surpreenderam os pesquisadores, e estes, abonaram de maneira estupenda a autenticidade das aparições. Eias as investigações realizadas no livro: Católicos perguntam, de Estevão Tavares Bettencourt, OSB.

Palavra de fé: “O Senhor teu Deus está no meio de ti como herói Salvador! Ele anda em transportes de alegria por causa de ti e te renova o seu amor. Ele exulta de alegria a teu respeito”. (Sofonias 3,17)

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Na frente dos filhos





O Senado acaba de aprovar o divórcio rápido e a punição para os pais que difamam um ao outro na frente dos filhos. As histórias de repetem. O menino que viu sua mãe morrer estuprada por bandidos nunca mais se recuperou do ódio. Não descansou enquanto não matou os dois rapazes que a destruíram.

A menina que viu seu pai matar sua mãe com um tiro, por alegada infidelidade cresceu silenciosa, arredia, misteriosa e nunca se casou. Não acreditava em amor e nem em casamento. A história se repete. Há os bons filhos e filhas que perdoam, escolhem a paz e o perdão para não repetirem os ódios de seus pais. E há os que jamais perdoam. Pais violentos e vingativos são exceção, mas ainda que sejam poucos já são demais.

A lei que facilita o divórcio pretende aliviar a carga de sofrimento dos casais separados que desejam construir uma nova relação, dessa vez fundada em amor e respeito, porque para a atual relação tempestuosa não há mais chance de reconciliação. Pensa na paz da pessoa que deseja uma nova chance.

O Congresso não pergunta se a nova relação será sólida e não terminará do mesmo jeito. Não fizeram lei para que os casais separados e divorciados busquem ajuda e aconselhamento. Quem os ajudará a não prolongar o conflito, mesmo depois de ambos recasados?
O Congresso também pensou nas crianças e nos adolescentes, fruto de uniões tempestuosas e estabeleceu punição para pai ou mãe que difamem o outro na frente dos filhos. Realmente acontece muitas vezes que quem ficou com a guarda do filho põe ódio naquele coração.

Outra vez, há moças e rapazes maravilhosos, obra-prima de Deus, que não apenas perdoam os pais, como criam diálogo suficiente para que parem de se odiar. São admiráveis, posto que quem mais sofre são eles, mas perdoam. È uma bênção conhecer filhas e filhos perdoadores, de longe mais maduros do que seus pais sedentos de vingança.

Se a lei é boa? É, mas falta uma outra. Continuará permitido mostrar cenas de violência doméstica na televisão? E isso, indiretamente, também não é difamar?Se as crianças não podem ver a realidade em sua casa, porque se lhes permite ver o que há na casa dos outros, ainda que virtualmente? Não produz o mesmo efeito? Por acaso, sendo lá longe e com os outros deixa de ser deletério? Por que o Congresso censura os pais, mas permite que um estúdio de televisão mostre em filmes e novelas a briga do casal e o sangue a escorrer? Por acaso todas as crianças sabem a diferença?


Pe Zezinho


Palavra de fé: “Sois belo, o mais belo dos filhos dos homens. Expande-se a graça em vossos lábios, pelo que Deus vos cumulou de bênçãos eternas”. (Salmo 44/45,3)

Entenda sobre: Levitas




Ministros sagrados, de categoria inferior em relação aos sacerdotes, entre os judeus, pertencentes à tribo de Levi e que não participavam do sacerdócio. Durante as funções usavam uma roupa característica de linha, mas só podiam ir até o pátio interior em volta do Santo Templo se poderem entrar nele. Aos Levitas de categoria superior, cabia assistir os sacerdotes que estivessem oficiando, outros tinham o encargo da música durante as funções e outros serviam como porteiros, inspetores e serviçais do Templo, vide: “Números 3,1-51”. As outras tribos de Israel deviam prover a subsistência deles conforme em: “Deuteronômio 10,8; 12,19” e “Josué 21,1-45”. Mostravam-se zelosos ao castigar o culto do bezerro de ouro (Êxodo 32,26-28). Barnabé, companheiro de São Paulo, era Levita (Ato dos Apóstolos 4,36), natural de Chipre.
“Os levitas não foram contados no recenseamento com os israelitas, segundo ordem que o Senhor tinha dado a Moisés”. (Números 2,33)


Palavra de fé: “Todos os levitas recenseados por Moisés, Aarão e os principais de Isarel, segundo suas famílias e segundo suas casas patriarcais”. (Números 4,46)

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Hoje levantei cedo pensando



Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje. Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição. Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício. Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo. Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido. Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho. Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus. Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades. Se as coisas não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar. O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma. Tudo depende só de mim.

Charles Chaplin

Palavra de fé: “Ensinai-me, Senhor, vosso caminho; por causa dos adversários, guiai-me pela senda reta”. (Salmo 26/27, 11)

Entenda: Sacerdotes no Novo Testamento




No Novo Testamento, Cristo é o sumo sacerdote: “Hebreus 5,1-10”, único e eterno sacerdote, consagrado pela encarnação do verbo. Exerceu-se sacerdócio na instituição da Eucaristia, veja em: “Mateus 26,26-29”; “Lucas 22,15-20”; “1 Coríntios 11,23-25”; “Hebreus 9,22”, e no seu sacrifício da cruz: “Hebreus 7,27; 9,12.14.25-28”.
Por suas palavras: “Fazei isto em memória de mim” – verifique em “Lucas 22,19”; “1 Coríntios 11,24-26”, conferiu o sacerdócio aos apóstolos, habilitando-os a oferecer o sacrifício da Missa, porquanto, cada sacerdote é ordenado para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados: “Hebreus 5,1”.
Na qualidade de sacerdote do culto sagrado, sua missão é santificar. Isto é, presidir a liturgia “realizando o sacrifício eucarístico na pessoa de Cristo é o oferecendo em favor de todo o povo como também santificando os fiéis pela Eucaristia”, pelos demais Sacramentos, orações e outras práticas de piedade cristã (LG 10/28; PO 5/1150s).
E na qualidade de mestre: doutrinou. Isto é, proclamar e ensinar a palavra de Deus a todos com fidelidade e amorosa atenção.
Como ministro do governo do povo de Deus: reger, dirigir. Isto é, reunir e dirigir a Comunidade educando-o na maturidade cristã, na fé, esperança e caridade.
Portanto a qualidade do verdadeiro sacerdote é tríplice: santificar, doutrinar e reger (dirigir).


Palavra de fé: “Sabe compadecer-se dos que estão na ignorância e no erro, porque também ele está cercado de fraqueza”. (Hebreus 5,2)

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Que bom ter um caminho!




Quem não chega ter a segurança de que está no caminho certo?
Que bom saber que o trajeto que estamos percorrendo nos leva à realização dos sonhos da vida, alegria, paz, felicidade, benção e harmonia plena! Que bom sentir que o caminho no qual pisamos nos dá a segurança e a certeza da chegada!
Jesus vai agir conosco do mesmo modo que fez com Tomé, no Evangelho: “João 14,5”.
É verdade! O caminho de Deus é o caminho do coração humano. Para quem não consegue escutar e seguir esse trajeto, Jesus convida: “João 14,6-7”.
Os primeiros seguidores de Jesus, as primeiras comunidades cristãs, não chamavam os ensinamentos de Jesus de evangelhos, mas sim de “O caminho”.
Em meio a tantos caminhos humanos apresentados pelos meios de comunicação, ou que nos são sugeridos e impostos por pessoas através da astrologia, da numerologia, do esoterismo, da meditação transcendental e tantos outros, nós buscamos aquele que é o único caminho. E fazemos isso pessoalmente, em comunidade, como cristãos que vivem o mandamento do amor em Igreja.

Que bom dizer: “Estou no caminho certo!”.

Do livro: Caminho de certezas, Wilson João Sperandio

Palavra de fé: “Disse-vos essas coisas para que a minha alegria esteja em vós, e a nossa alegria seja completa”. (João 15,11)

Supervalorização de objetos religiosos



Nesta questão, supervalorizar não é positivo, é negativo, o certo seria dizer: desvalorizar.


            O uso inadequado, incorreto ou “mágico” de medalhas e outras coisas, abençoadas, longe de dar proveito espiritual ao usuário, reforça sua ignorância na vivência da fé e nas relações de amor a Deus. Desvaloriza a motivação religiosa doutrinária exigida pra um uso verdadeiramente cristão. Freia o que progresso na fé. É supervalorização negativa atribuir um valor exagerado a objetos e coisas imaginando defender-se de má-sorte, de malefícios ou para acreditarem em amuletos, talismãs, feitiços, mandingas e correlatos. Além de superstição, há nisso uma espécie de idolatria, ou seja, vê poder divino em coisas fabricadas pelo homem.
            Na visão religiosa cristã, a fé nunca pode ser cega, irracional e alienada. É alienação entregar seu destino e opções pessoais a objetos, práticas e símbolos religiosos como se tivessem por si poderes divinos. Pior ainda é valer-se de tarôs, búzios, horóscopos, crendices, etc.
            Está em moda difundir o fenômeno religioso em forma de mercadoria e oferecer soluções mágicas para os problemas e angústias humanas! Ao contrário, a fé cristã ilumina a consciência da responsabilidade pessoal perante todas as situações da vida. A Criação divina nos marcou com o dom da liberdade e nos fez superiores às forças naturais. O livre-arbítrio é privilégio de cada indivíduo responsável. Não somos prisioneiros de nenhum destino. Não estamos sujeitos a supostos “espíritos” ou sob o poder magnético, energético, místico de ninguém nem de nada, seja magia, fetichismo, ritualismo, fatalismo, força cósmico, aura etc.
            É preciso libertar-se das formas mágicas de relacionar-se com a realidade, o mundo, a cultura religiosa popular. Resistir ao modismo e ao culto às aparências que seduzem os jovens no convívio social: tatuagens, modas grifes e afastamentos da Igreja.
            A publicidade campeia pesada e entra em área religiosa também. A simbologia religiosa de objetos é cultura universal. Reflete a tendência profunda do ser humano em busca do transcendente. Mas superstições e interesses de traços culturais e comportamentais alienantes. Desvirtuam os valores do Evangelho buscando em objetos religiosos proteção e defesa contra perseguições e males (físicos e morais). A espiritualidade é estéril se lhe falta o senso de pertença à Igreja, se desvincula da fé e vida concreta, se coloca mais devoção em símbolos dos santos e dos anjos protetores do que confiança no ensino do Evangelho.
            De fato, os objetos religiosos abençoados não são necessários para nos ligarmos a Deus. São secundários. Podem ajudar, se usados com respeito e boa formação cristã. Esse é um amadurecimento exigido como questão de fé!


Pe. Antônio Clayton Sant’Anna, C.Ss.R.


Palavra de fé: “Ó Altíssimo, quando o terror me assalta, é em vós que eu ponho a minha confiança”. (Salmo 55/56, 4)

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Saiba sobre:




Pedra Angular: grande pedra que desempenhava importante papel na construção antiga, assim chamada por ficar nos ângulos. O “Salmo 117/118,22”, descreve Israel como a pedra rejeitada pelos construtores de impérios, mas que, depois, tornar-se-ia a pedra fundamental. Nisto, Israel era um tipo de Cristo que se apresentou como a pedra rejeitada pelos construtores, mas depois escolhida para pedra angular, veja em “Mateus 21,42”, aplicando a si o salmo citado. São Paulo em “Efésios 2,20” usa a mesma metáfora da pedra angular para apresentar a Cristo, elemento de união entre os fiéis, gentios e judeus, como a pedra angular que une duas paredes do mesmo edifício.

Primícias: o primeiro fruto de qualquer produção. Os israelitas deviam oferecer a Deus as primícias do grão, vinho, óleo, frutas, lã, mel e outras espécies de produtos. Confiram em: “Deuteronômio 12,4”, em memória do supremo domínio de Deus sobre todas as coisas. Depois a palavra “primícias” passou a ser empregada em sentido translato como quando Israel foi chamado: “as primícias da messe de Deus” (Jeremias 2,3), ou quando São Paulo se refere a algum dos seus primeiros-convertidos na Grécia como primícias, comprove: “1 Coríntios 16,15”; “2 Tessalonicenses”. Além disso, São Paulo chama Cristo – “as primícias dos que dormem (morreram)”, veja em: “1 Coríntios 15,20”; referindo-se ao fato de que sua ressurreição é a promessa e o Senhor da ressurreição de todos seus membros, no último dia.


Palavra de fé: “Logo que essa ordem foi promulgada, os israelitas multiplicaram suas oferendas das primícias de trigo, do mosto, do azeite, do mel e de todos os produtos do campo, com uma abundância de dízimos de toda a sorte”. (2 Crônicas 31,5)

O ensino




Cada menino que dotamos de ensino, nos faz ganhar um homem.
A ignorância engendra o crime; a ignorância é a escuridão em que começa o abismo, onde se arrasta a razão e em que a honradez perece. Deus, que é o primeiro autor que escreve, pôs no mundo, em que há homens ignorantes, as asas dos espíritos nas páginas dos livros. Todo homem que abre um livro, encontra nele asas e pode elevar-se e pairar nas alturas em que a alma se move com a liberdade.
A escola é o santuário como a capela. O alfabeto que a criança soletra contém uma virtude debaixo de cada letra, cujo tênue fulgor ilumina suavemente o coração. Dái à criança livros a propósito. Caminhai adiante dela com a lâmpada na mão, para que possa seguir-vos.
A ignorância produz o erro e o erro produz atentado. A falta de ensino lança ao Estado homens-animais, cérebros incompletos, fatais instintos, cegos terríveis, que caminham tateando pelo mundo moral.
Iluminemos os espíritos: é o nosso primeiro dever; façamos que o cérebro mais vil se converta em luz.
Devemos cultivar as inteligências; o gérmen tem direito a ser fruto, e o que não pensa, não vive.
Compreendamos, enfim, que a escola converte o cobre em ouro e que a ignorância transforma ouro em chumbo.

Victor Hugo

Palavra de fé: “Quando vir o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade, porque não falará por si mesmo, mas dirá o que ouvir, e anunciar-vos-á as coisas que virão”. (João 16,13)

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Nem tudo é como desejamos




Talvez antes de Deus nos ter enviado à terra, ele tenha nos perguntado: “Você está disposto a viver?”.
Nossa resposta, supostamente, foi afirmativa: “Sim! Estou!”.
Ele então advertiu: “Viverá, mas correrá riscos”.
Viver é correr riscos. Nem tudo é como desejamos. E se fosse? Como seria?
Antes de dormir, pego minha agenda e planejo atentamente o dia de amanhã. Hora de acordar; de tomar café, de atividades; de encontros somente com as pessoas de quem eu goste e que gostem de mim; de ter sentimentos que me produzam bem estar; de receber elogios dessa ou daquela pessoa; de ser reconhecido; etc, etc.
No final do dia, já deitado, feliz na minha cama, eu rezaria em meu íntimo: “Meu Deus como o Senhor é bom para mim (comigo)”.
“Viverá, mas correrá riscos...”
A vida nem sempre é o que planejei e desejei, por melhor que seja a minha programação: talvez a pilha do relógio descarregue, o despertador não toque e eu não acorde no horário marcado; talvez eu tenha que sair correndo sem tomar café para não atrasar; quem sabe encontre logo na esquina aquela vizinha que controla minha vida, vive fazendo fofocas a meu respeito e que com toda certeza estaria pensando: “atrasado de novo!”. Talvez eu sinta raiva e ódio ao tropeçar num paralelepípedo solto na calçada; talvez ainda, quando eu chegue ao meu destino alguém muito “amigo” comente: “Nossa, o que aconteceu com você, está mais gordo”, etc, etc.
No final do dia, já deitado na minha cama, talvez eu rezasse em voz alta: “Meu Deus, me responda, é castigo?”.
Planos são fundamentais, nosso crescimento e evolução dependem deles.
Não nos apeguemos exclusivamente aos nossos projetos, a vida não é um jogo de cartas marcadas, estamos destinados a correr riscos, e não poucos. Uma doença, a perda de alguém querido... e assim vai. Porém, nós podemos transformar nossos projetos no meio do percurso, essa é a maravilha. Podemos rir de nossos erros, podemos confiar mais na providência divina e menos em nossa autossuficiência.
Aprendamos a rezar no final da noite já planejando o dia de amanhã: “Pai Santo, seja feita a vossa vontade”.
Assim, a nossa compreensão da vida, mudará, e viver, será uma deliciosa aventura.

Pe Luiz Erlin

Palavra de fé: “Na presença do Senhor continuarei o meu caminho na terra dos vivos”. (Salmo 114,9)

Duas histórias reais na porta de uma igreja




Encontro na 5ª Avenida
Eu estava saindo da igreja de Saint Patrick, em Nova York, quando um rapaz brasileiro se aproximou.
- Que bom encontrá-lo aqui – disse, sorrindo – Precisava muito dizer alguma coisa.
Eu também gostei do encontro com um desconhecido. Convidei-o para tomar um café, contei a chatice que foi minha viagem a Denver, sugeri que fosse até o Harlem no domingo, para assistir um serviço religioso.
O rapaz, que devia ter vinte e poucos anos, me escutava sem dizer nada.
Eu continuei a falar. Disse que acabara de ler um livro de ficção sobre um grupo terrorista que toma de assalto a igreja de Saint Patrick, e o escritor descrevia tão bem o cenário que me chamara a atenção sobre muitas coisas que jamais havia visto em minhas visitas ao local. Assim, tomara a decisão de passar por ali aquela manhã.
Ficamos quase uma hora juntos, tomamos dois cafés, e eu conduzi a conversa o tempo todo. No final, nos despedimos, e desejei uma excelente viagem ao rapaz. 
- Obrigado – disse ele, afastando-se.
Foi quando eu notei que seus olhos estavam tristes; alguma coisa tinha dado errada, e eu não sabia exatamente o que. Só depois de caminhar algumas quadras foi que me dei conta: o rapaz se aproximara dizendo que precisava muito falar comigo.
Durante o tempo que passamos juntos, eu assumira o controle da situação.  Em nenhum momento, perguntei o que ele queria; na tentativa de ser simpático, preenchi todos os espaços, não permiti um momento de silêncio, onde o rapaz finalmente pudesse transformar um monólogo em diálogo.
Talvez ele tivesse algo muito importante para compartilhar comigo. Talvez, se naquele momento eu estivesse realmente aberto para a vida, eu também teria algo para entregar ao rapaz. Talvez, tanto minha vida como a dele, tivesse mudado radicalmente depois daquele encontro. Nunca vou saber, e não vou ficar me torturando com o fato de que não soube aproveitar um momento mágico do dia; erros acontecem. 
Mas, desde então procuro manter viva na memória, a cena da minha despedida, e os olhos tristes do rapaz; quando eu não soube receber o que me era destinado, tampouco consegui dar aquilo que eu queria, por mais que me esforçasse.   

Encontro no Posto Seis
O padre José Roberto, da Igreja da Ressurreição no Rio de Janeiro, saía certa manhã bem cedo, quando seu carro foi cercado por três adolescentes.
- Passamos a noite em claro, padre – disse um deles, em tom desafiador. –   Pode imaginar onde estivemos?
Como qualquer ser humano normal, José Roberto preferiu ficar quieto. Imaginou o que significa uma noite em claro naquela idade, sentiu medo pelos riscos que os garotos devem ter corrido, pensou na preocupação dos pais.
O adolescente que iniciara a conversa terminou por responder à própria pergunta:
- Ficamos na Igreja de N. Sra.Copacabana, adorando a Virgem. Saímos de lá tão eufóricos que viemos caminhando até aqui (aproximadamente 3 km.), cantando alto, rindo, falando com todo mundo. Pelo menos uma das pessoas nos perguntou: “como é que vocês, tão jovens, não têm vergonha de estarem bêbados a esta hora da manhã?”
O padre José Roberto deu partida no seu carro, e seguiu em direção ao seu compromisso. No caminho, se perguntou muitas vezes: “ Eu também me deixei levar pelas aparências, e cometi uma injustiça em meu coração. Será que algum ser humano vai finalmente entender a frase de Jesus, “vocês serão julgados com a mesma medida com que julgam seu próximo?””

Paulo Coelho

Coração inflamado




Febre, mal-estar, cansaço, enjoo. Esses sinais dificilmente são associados a problemas cardíacos, mas podem ser um alerta para miocardite ou pericardite.

Pouco se fala sobre as doenças inflamatórias do coração. Entre os problemas mais comuns estão a miocardite e a pericardite. A primeira é uma infecção no miocárdio, músculo da parede cardíaca. Já a pericardite afeta, como o próprio nome diz, o pericárdio, membrana que envolve a parte externa do coração. Acredita-se que, de todas as doenças que acometem esse órgão, a frequência de ambas seja de 1 a 4%.

Essas infecções têm tratamento e cura, desde que descobertas no início. No entanto, identificá-las não é simples, pois seus sintomas se confundem com outros males. Febre, mal estar, cansaço e enjôo são alguns sinais. Algumas pessoas chegam, até mesmo, a ter diarreia. Esses sintomas dificilmente são associados, em um primeiro momento, ao coração. No entanto, existem alguns alertas que dão indícios de que o problema é cardíaco. Na pericardite é comum apresentar, também, dor torácica. E a miocardite costuma vir acompanhada de cansaço extremo, falta de ar e alteração nos batimentos cardíacos. Exames como o ecocardiograma, o eletrocardiograma, o raio x do tórax e a ressonância magnética auxiliam a comprovar a existência do problema.

Esse tipo de inflamação costuma ocorrer por meio do contágio de vírus, como o Coxsackie – presente no aparelho digestivo –, o citomegalovírus, o adenovírus e o influenza, ou seja, vírus que causam gripe, sinusite e outras doenças. Uma infecção na garganta, por exemplo, pode ser o foco de origem desses vírus, que seguem pela corrente sanguínea e se alojam no peito. Outras formas de contágio são por bactérias, como as que causam a tuberculose, ou fungos, como a candida. A miocardite se desenvolve em 3 a 5% das pessoas que têm infecção pelo Coxsackie. O uso de drogas, como a cocaína, também pode levar ao problema.

Não é raro que a infecção não tratada se instale e acabe, ao longo do tempo, comprometendo o bom funcionamento do coração e se transformando em uma doença séria, que algumas vezes pode ser fatal. Pesquisas indicam que a miocardite é a causa de 8 a 12% da morte súbita de pessoas com menos de 40 anos.

Qualquer pessoa corre o risco de desenvolver uma infecção no coração. No entanto algumas estão mais vulneráveis à doença do que outras, como quem tem tendência às infecções por repetição, tem tuberculose ou apresenta baixa imunidade. Descobrir o dano ao coração ainda no início é essencial para o sucesso do tratamento, que comumente se faz com o uso de anti-inflamatórios. Em casos específicos, o médico pode lançar mão de medicamentos como os imunossupressores. E o repouso é essencial, pois a recuperação completa se dá quando o organismo diminui seu ritmo e o coração reduz o esforço.



segunda-feira, 5 de novembro de 2012

O mundo, como está, não está bem




Deus deseja que as pessoas sejam felizes, vivendo em alegria e se querendo bem. Quer as pessoas amigas e realizando os desejos bons que o coração tanto luta para conseguir.
Percebemos que as pessoas estão repletas de medo e insegurança, invadidas pela tristeza, angústia e solidão.
Deus nos criou para vivermos em família. Todos desejam ter uma família. Estar juntos. Ajudar-se. Colocar-se a serviço uns dos outros. Fazer da família um aconchego, um lugar de realização pessoal.
Percebemos a existência de famílias desacreditadas, cujos lares foram invadidos pelo egoísmo e individualismo. Há casamentos sem objetivos, nos quais cada um vive para si. Explora-se o outro. O resultado está ali: casamentos, separações, filhos na rua da vida, sociedade esfacelada, base da sociedade em perigo.
Deus nos fez para viver em sociedade, na qual cada pessoa possa ter a sua parte e exercer seus direitos e deveres. Sociedade em que a política vise ao bem comum a economia esteja a serviço de todos, a educação, a cultura e o lazer possam estar ao alcance da população.
No entanto, percebemos a violência tomando conta da sociedade. A justiça se comprometendo com a corrupção. A política sendo instrumento de poder. Os bens sendo acumulados em prejuízo da grande multidão faminta. A mentira perpassando todas as esferas sociais. O medo e a insegurança tomando conta das pessoas. A desigualdade social crescendo e criando uma sociedade de mercado, em que a pessoa é considerada um instrumento de produção e consumo, e não uma criatura de Deus, filha de Deus, destinada à felicidade e à realização de seus desejos mais profundos de vida e amor.

Do livro: Caminho de Certezas, Wilson João Sperandio.

Palavra de fé: “Então Pedro tomou a palavra e disse: “Em verdade, reconheço que Deus não faz distinção de pessoas””. (Ato dos Apóstolos 10,34)

Útero, o ninho preciso





Preciso, sinônimo de necessário, importante, indispensável, essencial. Preciso, também, significando precisão, exatidão.
Exato, na medida certa, o suficiente, sem por nem tirar, sem mais nem menos.
O útero é tão importante que durante toda a gravidez, guarda uma nova vida com amoroso cuidado.
Você foi amado e protegido. Você não foi abortado. Já agradeceu por isso?
Você pode agora orar por sua mãe. Agradeça aos céus também pelo seu pai, parceiro e cúmplice na sua concepção. Agradeça diretamente a eles. Agradeça pessoalmente pelo telefone, por carta ou por e-mail, mas agradeça se ainda houver tempo. Se você teve a sorte de o ventre que o gerou ser da mesma mulher, cujos seios o amamentavam, ótimo! Mas tem gente que é mais agraciado ainda, pois tem uma mãe de barriga e outra do coração, tem um pai biológico e outro pai adotivo. Tem quatro pessoas pelas quais orar.
Se você tem um filho adotivo, não esconda dele essa realidade. Ele foi gerado em outro ventre, mas concebido em seu coração. Fale a verdade. Nenhum relacionamento duradouro pode ser construído sobre a mentira. Alguém, pode dizer que age assim para não magoar. Mas a verdade é um atributo indispensável nas relações humanas e, muito mais necessário ainda, no seio familiar. A verdade deve ser dita sempre, nem que doa, pois essa dor passará, mas a dor de uma falsidade é bem difícil de curar.
Se não souber como falar, procure orientação, entre em contato com um grupo de apoio à adoção e você se sentirá mais seguro.
A todos os filhos gerados ou adotivos, ensine a oração do agradecimento. Eles devem aprender a valorizar o dom da vida e o agradecimento sincero é o passo primordial.

Do livro: Pais com paz, de Bia Botta e Paulo Riani.

Palavra de fé: “Meu filho, aproveita-te do tempo e evita o mal”. (Eclesiástico 4,23)

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Saiba sobre:




Ano Sabático: No Antigo Testamento, o sétimo ano, como o sétimo dia da semana, era um período sagrado de descanso e resgate. Nesse ano que começava no mês de Tishri (primeiro mês do ano civil judaico, e o sétimo do ano religioso, setembro-outubro, chamado nos primeiros tempos “Ethanim”, confira em: “1 Reis 8,2”), a terra não devia ser cultivada, e era proibido cobrar dívidas dos israelitas (citada em Êxodo 23,10; Levítico 25,1-7; Deuteronômio 15,1-22). Também, na Festa dos Tabernáculos, a Lei devia ser lida a o povo de Israel, veja em: “Deuteronômio 31, 10-13”. Este ano de descanso lembrava aos israelitas que todas as coisas pertenciam ao Senhor, e que eles possuíam os objetos e a terra como simples administradores de Deus.

Apostasia: A rejeição da fé cristã por parte de uma pessoa batizada. Assim, todo católico que se torne ateu ou racionalista é um “apóstata”. O católico que apostatou está de fato excomungado e lhe será negada a sepultura cristã se morrer sem mostrar sinais de arrependimento. A apostesia (a total perda da fé) difere da heresia que é a negação de uma ou outra verdade da fé. São Paulo em “2 Tessalonicenses 2,3”, adverte que a segunda vinda de Cristo será precedida por uma grande apostasia. Cristo parece ter-se referido a esta mesma apostasia em “Mateus 24,11-12” e “Lucas 8,8”, confira na Bíblia.

Palavra de fé: “Não vos lembrais de que vos dizia estas coisas, quando estava ainda com vocês?”. (2 Tessalonicenses 2,5)

Ágape




Palavra grega citada no versículo 12 da Epístola de São Juás: “Esses fazem escândalos nos vossos ágapes. Banqueteiam-se convosco despudoradamente e se saciam a si mesmos. São nuvens de água, que os ventos levam! Árvores de fim de outono, sem fruto, duas vezes mortas e desraigadas!”. Para melhor entendimento leiam: “2 Pedro 2,13”. Ágape usada para designar a reunião de cristãos cuja descrição podemos ler em “1 Coríntios 11, 20-22” e ainda “1 Coríntios 11,33-34”. Ágape era uma ceia litúrgica, fraternal e sóbria que, como na última ceia de Jesus, precedia a celebração da Eucaristia. Nesta ceia se recitavam salmos e orações, e todos os presentes, pobres e ricos, comiam na mesma mesa, devendo estes (os que estavam reunidos), providenciar e distribuir o alimento que faltasse para os pobres. Este ritual não chegou a ser costume universal tendo, finalmente sido banido no século VII por causa de abusos. Eis o alerta do Apóstolo Paulo: “Aquele que come e bebe sem distinguir o corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação”. (1 Coríntios 11,29)

Palavra de fé: “Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpável do corpo e do sangue do Senhor”. (1 Coríntios 11,27)

Os sete diáconos





Os sete jovens, cuja ordenação pelos Apóstolos é descrita nos “Atos dos Apóstolos 6,1-6”, seus nomes são: Estevão, Filipe, Prócoro, Nicamar, Timão, Parmenas e Nicolau.

Quando, logo nos primeiros tempos da Igreja reclamaram os judeus da Diáspora (fora da Palestina) convertidos ao cristianismo, que as viúvas e os pobres desta classe estavam sendo preteridos na distribuição diária das esmolas e administração da palavra divina, pediram aos Apóstolos que os fiéis escolhessem sete homens virtuosos para esse serviço, e assim ordenaram os sete primeiros diáconos.

A descrição dos “Atos dos Apóstolos 6,1-6”, nos dá a impressão de que seu único ofício era de ordem temporal (servir as mesas), mas quer pelo rito, por que foram ordenados, quer pelas qualidades exigidas dos candidatos (Atos dos Apóstolos 6,3; 1 Timoteo 3,8-13), quer pelo trabalho de Estevão e Filipe (Ato dos Apóstolos 6,7-8.53; Atos dos Apóstolos 8, 5-40), quer pela última ligação entre a Eucaristia e o Ágape, vê se claramente que o ofício dos diáconos não era meramente de ordem temporal e material, mas também e principalmente um ministério sagrado e espiritual.

Palavra de fé: “Os que se haviam dispersado iam por toda a parte, anunciando a Palavra de Deus”. (Atos dos Apóstolos)

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O profeta Elias volta na pessoa de João Batista




Elias, profeta excepcional que viveu no tempo de Acab, rei de Israel (de 873-854 a.C) e do seu sucessor Ocazias. Época de grande afastamento do culto a Deus de Israel, e de proliferação de cultos pagãos. Deus fez surgir Elias para defender a religião revelada contra os falsos cultos pagãos, especialmente o de Baal, divindade fenícia. Foi-lhe dado o poder de operar milagres, como ressuscitar mortos, fazer descer o fogo do céu para consumir o holocausto, de correr à frente do carro do rei por 25 Km, abrir uma passagem a pé enxuto através do Jordão (2 Reis 2,7-8). Com estes milagres convenceu Israel que Javé é o verdadeiro Deus.

De aparência pessoal extraordinária, Elias vestia-se bem; usava um cinto de couro, cabelo longo e crespo, impressionava a todos pela dedicação a exercícios espirituais, mortificando o corpo. Descuidado das necessidades corporais foi alimentado por um corvo, por uma viúva e por um anjo (1 Reis 17,6.15; 19,5).

Seu carisma irritou a perversa Jezebel, mulher de Acab, e dela teve que fugir para não ser morto. Pelo aparente fracasso de sua missão, clamou a Deus que lhe assegurou que nem tudo estava perdido e que alguns ficariam leais a Ele (1 Reis 19,18). Revelou-se a Elias como Deus misericordioso, mas poderoso e terrível, e ao mesmo tempo, paciente e compreensivo com todas as criaturas.

No fim de sua missão, Elias foi arrebatado por um turbilhão de vento (2 Reis 2,1). Elias esteve presente na transfiguração de Jesus Cristo (Mateus 17,3). A volta de Elias, segundo a profecia (Malaquias 3,23-24), já se realizou na pessoa do Precursor, João Batista, segundo a palavra do próprio Jesus (Mateus 17,11-13 e Marcos 9,11-13).

Palavra de fé: “A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê”. (Hebreus 11,1)

IGREJA: Comunidade de irmãos




O Concílio Ecumênico Vaticano II nos oferece maravilhosos ensina-mentos sobre a Igreja. Apresenta-nos a Igreja como comunidade à imagem da Trindade santa, a comunidade perfeita; Igreja comunidade de irmãos, aberta às alegrias e sofrimentos de toda a humanidade. Igreja firmada na Palavra de Deus, alimentada pela eucaristia. O concílio nos fala de Igreja onde todos são irmãos, onde três realidades são comuns a todos e uma nos diferencia.

As três realidades comuns a todos:

- Vocação à santidade: todos, na Igreja, somos chamados à santidade. O projeto radical de Jesus a nosso respeito é que sejamos santos. “Sede perfeitos como o Pai celeste é perfeito”. Santidade que é graça de Deus, o Espírito Santo nos transformando, levando-nos à vida de oração, ao amor a Deus e ao próximo.

- Missão: é a segunda realidade comum a todos. Pelo batismo e pela crisma, somos feitos discípulos missionários de Jesus, a serviço da construção do reino de Deus.

- Dignidade: na Igreja, todos temos a mesma dignidade. Somos todos irmãos. Papa, bispos e padres não são mais dignos do que os leigos. Todos somos filhos e filhas de Deus.

Uma realidade nos diferencia na Igreja: os dons, carismas, vocações que o Espírito distribui a todos e a cada um. Ninguém recebe todos os dons, mas cada um recebe algum dom para pô-lo a serviço comum. O papa, os bispos e os padres são chamados a servir com as responsabilidades que lhes são próprias, em consonância com o dom recebido, e toda a Igreja reza de maneira especial por eles.

D. Angélico Sândalo Bernardino, Bispo emérito de Blumenau e membro do Instituto Jesus Sacerdote.

Seja bem-vinda Eterna Criança




Há um ano lembrei que meu sonho de criança era ser escritora. Voltei a entrar em contato com minha Eterna Criança e a acreditar novamente em alguns sonhos.
Desde então, para o bem de minha alma, comecei a escrever um blog sobre crianças. (www.criancasdasestrelas.blogspot.com).

No mês das crianças vou aproveitar para lembrar aqui da Eterna Criança que existe em nós.

Como era sua criança?

Qual desenho gostava de assistir?

Qual o seu doce favorito?

Lembra dos seus amigos e seu “primeiro amor”?

A comida predileta que a mamãe fazia?

Quais suas cantigas de roda e brincadeiras preferidas?

Você se lembra qual era o seu sonho de infância?

Para deixar essa criança invadir nossa mente e alma, vamos lembrar tudo que a nossa criança faz e vive e que já nos esquecemos, ou simplesmente não percebemos.

A criança:

Olha o mundo com total encantamento e brilho nos olhos.

Não tem medo de levantar ao cair e não desiste enquanto não consegue.

É capaz de firmar laços eternos de amizade.

Sorri de si mesmo, estende a mão sem preconceito.

Desvenda os mistérios como o cientista.

Vê magia em tudo na vida e vive sonhando acordada.

Coloca alegria em tudo que faz, vê graça nos mínimos detalhes e sorri sempre.

É portadora da pureza, solidária e otimista por natureza.

Tem olhar maroto, não olha para trás e não se arrepende do que faz.

Possui instinto de superação e dificilmente se entrega à enfermidade.

Não se preocupa com o amanhã, o momento presente é único e isso ajuda a eliminar as preocupações de querer mudar aquilo que não depende de nós, vive como se fosse o último dia de sua vida.

Celebra as conquistas, das menores às grandiosas.

Não guarda rancor e basta um “dedinho” para ficar de bem, perdoar.

Abusa dos seus dons e vivencia plenamente todas as formas de arte em tudo que faz.

E agora, para resgatar essa criança, vamos pular em poça, rolar na grama, pintar o sete, cantar bem alto, gritar, espernear, se lambuzar, subir em árvore, virar estrela, pular corda, ver desenho nas nuvens, soltar bolhas de sabão...

Seja bem-vinda Eterna Criança entre e fique à vontade!

Cuidemos da Eterna Criança que existe em nosso coração, para que nosso adulto volte a sorrir e a sonhar em sintonia com a dádiva da vida!

E um feliz dia das Crianças!

“Todos tem uma criança alegre dentro de si, mas poucos a deixam viver”. (Augusto Cury)


Dra. Chiclete é formada em Direito e Marketing. É também escritora do blog: “Crianças das estrelas”.


Palavra de fé: “Disse-lhes Jesus: Deixai vir a mim estas criancinhas e não as impeçais, porque o Reino dos céus é para aqueles que se lhes assemelham”. (Mateus 19,14)


quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Eunuco





Homem impotente natural ou por castração. A castração era proibida na Lei Antiga (Levítico 22,24). No reino Messiânico, onde o homem é julgado por seus valores espirituais, os eunucos como também os estrangeiros, devem ter os mesmos direitos, vejam em: “Isaias 56,3-4”.

Assim, um eunuco, que também evite pecados de pensamento, é digno de grande louvor (Sabedoria 3,14). Os oficiais das cortes das rainhas eram, muitas vezes, por razões práticas, eunucos (Atos dos Apóstolos 8,27). Em sentido espiritual, Nosso Senhor chamou de eunucos aqueles que por amor a Deus voluntariamente renunciam ao matrimônio com Ele mesmo, abraçando um estado muito mais perfeito. Só os que fielmente corresponderem à graça divina serão capazes dessa perfeição conforme advertência do próprio Jesus: “Mateus 19,11-12”.

Crescimento da próstata é tratado com remédios, cirurgia ou laser.



Essa doença é conhecida como hiperplasia benigna da próstata. Uma das moléstias mais comuns na glândula atinge 20% a 30% dos homens após os 45 anos e quase 90% a partir dos 80. Ela pode causar dificuldade para urinar. É tratada com medicamentos, cirurgia e laser. Todos os tratamentos cirúrgicos, infelizmente, muitas vezes levam a problemas como ejaculação retrógrada.


A próstata, glândula anexa ao aparelho genital masculino, produz substâncias que compõem o líquido que o homem ejacula. Ela envolve a porção inicial da uretra, canal que transporta a urina da bexiga para o exterior. Como grande parte dos tecidos e órgãos, está suscetível a doenças. Uma das mais comuns é seu crescimento anormal, conhecido como hiperplasia benigna da próstata, que atinge 20% a 30% dos homens após os 45 anos e quase 90% após os 80.
Sob a ação do hormônio testosterona, vale relembrar, a próstata cresce desde o primeiro momento de vida do bebê. Por volta dos 20 anos ela atinge o tamanho (de uma noz) e o peso (15 a 25 gramas) normais. O problema é que continua crescendo e começa a comprimir o canal uretral, que aos poucos pode ficar obstruído e perder a capacidade de transportar urina. O crescimento da glândula prejudica também o mecanismo do ato de urinar, ou seja, contração da bexiga para expulsar a urina e relaxamento da uretra para que saia pelo canal.
Os sintomas da hiperplasia são: levantar muito à noite para urinar; fazer força para expelir a urina, com jato mais fino; hesitância para urinar, isto é, interromper e continuar várias vezes o ato; aumento do número de micções durante o dia; e, mais grave, porém incomum, interrupção urinária total.
Não se sabe o que leva ao crescimento da próstata. O fato de crescer, porém, não significa que os homens vão ter sintomas. As estatísticas indicam que, aos 45 anos, 20% deles têm algum grau de dificuldade para urinar; já aos 70 anos esse número sobe para 40%.
Ainda não se pode evitar a hiperplasia. Quem tem sintomas deve consultar um urologista, até porque a doença às vezes leva a outros problemas graves, como infecções, sangramento ao urinar, espessamento dos tecidos da bexiga, com prejuízo para sua contração; formação de divertículos e cálculos na bexiga; retenção urinária aguda; e dilatação dos rins, que pode levá-los a perder a função.
O diagnóstico de hiperplasia é feito com toque retal e exames de imagem. Sempre é preciso descartar a presença de um câncer. Quando o homem tem crescimento da próstata e apresenta sintomas leves com os quais é capaz de conviver, não se trata. No caso de sintomas intermediários que interferem na qualidade de vida, trata-se com remédios. Existem dois tipos: os que facilitam o relaxamento da uretra e os que podem reduzir em 20% o tamanho da próstata. Recorre-se à cirurgia para a redução da glândula e/ou a abertura do canal uretral quando os sintomas são exuberantes ou surgem complicações. Há três tipos de cirurgia: convencional, endoscópica e por laser. A convencional é empregada quando a próstata é muito grande, pesando mais de 80 g. Nas situações em que tem em torno de 30 g, faz- -se apenas, por endoscopia, um corte profundo para abrir o canal da uretra. Quando tem 30 g a 80 g, emprega-se a ressecção endoscópica, técnica mais utilizada e que proporciona os melhores resultados. Neste caso, outra alternativa é o laser. É muito caro, mas fundamental para o tratamento de portadores de hiperplasia que têm problemas de coagulação sanguínea.
Infelizmente, os tratamentos cirúrgicos podem levar a problemas que devem ser informados ao paciente, como a ejaculação retrógrada, em que, quando ejacula, o esperma vai para a bexiga, de onde sai com a urina.

Palavra de fé: “O Senhor o assistirá no leito de dores, e na sua doença o reconfortará”. (Salmo 40/41, 4).

Sobre a presença de Deus




A resposta

Certa vez, um homem interrogou o rabino Joshua ben Karechah:

– Por que Deus escolheu um espinhal para falar com Moisés?

O rabino respondeu:
– Se ele tivesse escolhido uma oliveira ou uma amoreira, você teria feito a mesma pergunta. Mas não posso deixá-lo sem uma resposta: por isso  digo que Deus escolheu um mísero e pequeno espinhal para ensinar que não há nenhum lugar na terra onde Ele não esteja presente.

Uma breve definição de Deus

Durante a Feira do Livro em Buenos Aires de 1995, conheci um jovem escritor chamado Gabriel Rugiero. Saimos para jantar juntos com amigos, entre eles alguns que não acreditavam no mundo espiritual.

Algumas garrafas de vinho depois, uma destas pessoas desafiou Gabriel a definir Deus.
– Não se pode definir – disse ele. –Mas eu diria que Deus é a poesia que deu origem aos versos. Deus é uma lanterna perdida que,  pouco a pouco, vai fazendo com que mais e mais pessoas se preocupem em buscá-la.

Onde Deus vive

Entre a França e a Espanha existe uma cadeia de montanhas. Nesta cadeia de montanhas existe uma aldeia chamada Argeles-Gazost. Nesta aldeia, existe uma ladeira que leva até o vale.

Todas as tardes, um velho passeia por ali. Quando fui a Argeles a primeira vez, não reparei; na segunda vez, vi que  sempre cruzava comigo. E cada vez que eu visitava aquela aldeia, reparava em mais detalhes: a roupa, a boina, a bengala, os óculos.
Hoje em dia, sempre que me lembro da cidade, também penso no velhinho – embora ele não saiba disto.

Uma única vez conversei com ele. Querendo brincar, perguntei:

– Será que Deus vive nestas lindas montanhas a nossa volta?

– Deus vive nos lugares onde deixam Ele entrar – foi a resposta.

A visita do anjo

O Verba Seniorum – coleção de textos sobre os monges viviam no deserto, no começo da era cristã – conta a história de um ermitão que conseguiu passar um ano comendo apenas uma vez por semana.

Depois de tanto esforço, pediu que Deus lhe revelasse o verdadeiro significado de determinada passagem bíblica.

Não escutou nenhuma resposta.

“Que desperdício de tempo”, disse o monge para si mesmo. “Fiz todo este sacrifício e Deus não me responde!  Melhor sair daqui e encontrar algum outro monge que saiba o significado deste texto”.

Neste momento, apareceu um anjo.
– Os doze meses de jejum só serviram para você acreditar que era melhor que os outros e Deus não escuta os vaidosos. Mas quando você foi humilde, pensou em pedir ajuda ao seu próximo, Deus me enviou.

E o anjo revelou ao monge o que ele queria tanto saber.

Paulo Coelho

Palavra de fé: “Pela fé reconhecemos que o mundo foi formado pela palavra de Deus e que as coisas visíveis se originaram do invisível”. 

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Ósculo Sagrado e o Sinal da Cruz




O “beijo santo”, como é conhecido o ósculo sagrado, é muito comum nas celebrações cristãs, assumindo uma tradição pagã no Oriente Médio. Em algumas comunidades, sobretudo na Igreja da África, o ósculo sagrado é um gesto de saudação entre os fiéis. Para nós, interessa a tradição romana, na qual a saudação é feita ao altar do sacrifício eucarístico. O celebrante-presidente inclina a cabeça e beija o altar. É um gesto reverencial e silencioso. Em alguns rituais antigos, encontramos que este beijo ao altar era também repetido entre vários ministros celebrantes, como sinal de comunhão espiritual e afetiva. Hoje, o altar é beijado apenas pelos sacerdotes no início da celebração.

Saudação trinitária

O sinal da cruz é o ritual efetivo mais intenso de abertura da ceia eucarística. Nem sempre é feito com a devida atenção. Nos últimos tempos, despertou-se a necessidade de cantar esta saudação. Mesmo sendo pouco aceitas por alguns estudiosos, as melodias serviram para valorizar este breve ritual.

Este gesto inclui duas realidades de nossa doutrina:

- Gesto da cruz: quando recitamos o gesto da cruz, recordamos o mistério da nossa salvação. Tecendo sobre o rosto o sinal da cruz, fazemos anamnesis deste grande acontecimento que marca a história da salvação.

Mais que demarcar o início do ritual, o sinal da cruz é parte da oração. Não podem ser gestos imperceptíveis, maltraçados e sem elegância. Este gesto deve recordar o traço entrecortado da cruz, com suas duas hastes, para reviver espiritualmente a paixão e morte do Senhor.

- Nome trinitário divino: as palavras que acompanham o gesto da cruz revivem o mistério da nossa fé, que é a Trindade Santíssima. Nas pontas das hastes da cruz, aclamamos o nome de Deus, que é Pai, que é Filho e Espírito Santo, revelando que os três participam e são solidários na entrega do Filho Jesus Cristo, na cruz. A Trindade está presente por inteiro no evento do Calvário. Recordamos os nomes das três pessoas da Santíssima Trindade, para recordar em nome de quem estamos iniciando nossa celebração.

Na dimensão mística, o sinal da cruz tem o valor de consagração ou santificação, suplicando a proteção divina, bem como se entregando ao Senhor. Por esta motivação, fazemos sempre este sinal diante das igrejas, no início de nossas atividades e em momentos cruciais da vida. Quem já não observou um goleiro traçando o sinal da cruz na hora do pênalti, ou o artista antes de sua performance? Este sinal significa súplica e entrega a Deus.

Tantas vezes notamos sinais registrando o pertencimento das pessoas a uma entidade ou uma divindade. Vamos recordar, por exemplo, do Faraó (cf. Gn 41,42) que ofertou seu anel a José, delegando sua autoridade de rei. O rei Assuero entregou à rainha Ester a marca do sinete real (cf. 1Rs 21,8). O pai do filho pródigo lhe entregou o anel, como sinal de pertença à família (cf. Lc 15). Estes exemplos nos mostram como o sinal da cruz, traçado sobre a fronte ou em nosso corpo, representa nosso pacto com Deus. Este pacto é recordado no início da celebração para assinalar o significado de nossa fé.


Padres Antônio S. Bogaz, Rodinei C. Thomazella e Professor João H. Hansen.


Palavra de fé: “Saudai-vos uns aos outros com o ósculo afetuoso. A paz esteja com todos vós que estais em Cristo”. (1 Pedro 5,14)

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Saiba sobre:




1. Árvore da ciência – árvore do jardim do Eden, no tempo de Adão e Eva (Gênese 2,9; 3,3). Chamada, também, árvore da ciência do bem e do mal, por causa das conseqüências resultantes do comer seus frutos. Embora Deus tivesse proibido a Adão e Eva de comê-los, Eva cedeu à tentação da serpente, comeu a fruta e deu a Adão que também comeu (Gênese 3,1-6). A consequência da desobediência, foi a expulsão do Paraíso e a condenação a uma vida dura que devia terminar com a morte (Gênese 3,16-18). Devido à semelhança existente entre as palavras latinas “mãlum” (Maça) e “mãlum” (mal), a tradição popular, na Idade Média, identificou essa árvore com a macieira. Dentro da ortodoxia católica, pode-se admitir que seja simples figura literária para designar uma realidade (uma proibição divina), para nós desconhecida.

2. Árvore do Conhecimento – significa também Árvore da Ciência.

3. Árvore da vida – árvore do jardim do Éden, no tempo de Adão e Eva (Gênese 2,9), assim chamada porque seu fruto conferia aos que o comessem, a imortalidade. Adão e Eva foram expulsos para que não comessem o fruto e vivessem eternamente (Gênese 3,22). A árvore da vida é um tipo de Sagrada Eucaristia. Embora achem que vem mencionada sob esta figura no “Apocalipse 2,7; 22,2”, o mais provável é que São João diretamente estivesse se referindo à imortalidade na bem aventurança.


Palavra de fé: “Desde a criação do mundo, as perfeições invisíveis de Deus, o seu sempiterno (infinito) poder e divindade, se tornam visíveis à inteligência, por suas obras; de modo que não se podem escusar”. (Romanos 1,20)