terça-feira, 31 de maio de 2011

Somos a glória de Jesus

Se nós, cristãos, devemos nos orgulhar por alguma coisa ou por alguém, é por Jesus, seu Evangelho e Revelação. Nele encontramos nosso melhor tesouro. Que desgraça seria para nós viver sem encontrá-lo, sem ter a oportunidade de crer nele!

Também somos motivo de glória para Jesus, como nos diz a segunda carta aos Tessalonicenses (1,11ss). Ele está orgulhoso de nós, apesar de tantas falhas como constatamos em nossa vida; essa carta nos anima a não frustrar as expectativas de nosso Senhor Jesus; e seu autor suplica a Deus Pai que nos ajude a cumprir nossos bons desejos e que nossa fé chegue à sua plenitude.

Isso é o mais importante! E não ficar dependentes de supostas revelações, de cálculos apocalípticos, de inquietações milenares. Isso ocorreu no tempo de Paulo, aconteceu ao longo da história da Igreja e continua sucedendo hoje. O desejo de um cristianismo “milagreiro” que só progride à base de relatos de curas, milagres, acontecimentos prodigiosos... é vão e não conduz a nada. Não é por aí, senão pela fé, pelo fato de sermos a glória de Jesus, seu pequeno tesouro aqui na terra.


Palavra de fé: “Aquele para quem e por quem todas as coisas existem, desejando conduzir à glória numerosos filhos, deliberou elevar à perfeição, pelo sofrimento, o autor da salvação deles, para que o santificador e santificados formem um só todo*. Por isso, Jesus não hesita em chamá-los seus irmãos”. (Hebreus 2,10-11)

Observação: * “um só todo” – significa “tem uma origem comum”.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Mãos que afagam

Ah! Quantas crianças andam padecendo. Ah! Quantos pequenos vivem suplicando e, entre soluços contidos, esperam, esperam, esperam por mãos, afagos, bênçãos, atenção.

Você tem nas mãos o poder de cura das dores mais pungentes. Ao tocar o ser amado com doçura, você lhe confere o bálsamo divino.

Toque de leve seu filho, quase sem tocar, suave, sutil, sem pressa, sem pesar.

Uma prece silenciosa, quase um balbuciar, remeterá você a ele ao encontro da paz, da restauração.

Já deu um beijo num dedo machucado? Então você já sabe do que se trata. A dor se esvai, dissipa, desaparece.

Para a dor de um coração magoado só há um bom remédio: colo, carinho. Um ouvido atento restaura a integridade. Um olhar meigo e termo fortalecem e animam.

Você não precisa ir longe à procura de uma solução para os males que afligem seu filho, basta parar, olhar para dentro de si, e lá no fundo, no mais profundo do seu ser, encontrar solução.

Faça de sua mão o melhor e mais poderoso instrumento de promoção de saúde. Saúde física, saúde mental, saúde emocional, saúde afetiva, saúde espiritual.

Toque. Acaricie. Afague. Você pode, você deve. Só você pode fazer isso por seu filho.

Mãos de pai e mãos de mãe não tem “genérico”, não tem similar, não tem imitação, não dá para piratear!

Suas mãos são mãos abençoadas. Use-as em seu filho, como convém a uma mão cuidadosa e você obterá resultados incríveis, acredite!




Palavra de fé: “Eu te suplico, meu filho, contempla o céu e a terra; reflete bem: tudo o que vês, Deus criou do nada, assim como todos os homens”. (II Macabeus 7,29)

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Agradecimento testemunhal

Fonseca,

Agradeço a sua visita de hoje. És bem vindo juntamente com o grupo e família.

Agradeço também por ter me convidado naquela quarta-feira que antecedeu a quinta-feira santa. Obrigada por ter me convidado para participar da adoração.

Aprendo a cada dia. O amor está nas pessoas, nos amigos.

O mistério da fé é o ânimo que dás ao enfermo, a palavra amiga que leva aqueles que precisam. Deus se faz humano. O humano se faz divino quando demonstra esse grande amor.

Obrigada pela demonstração de fé, de coragem.

Deus está presente nas pessoas, nos amigos, no brilho do olhar das pessoas, dos amigos.

Caminhando com Jesus, tudo fica mais leve e agradável.

Ana Célia.

Iluminados e iluminadores

Os cristãos, chamados a ser sinais e faróis
que apontam o caminho,
o papa, os bispos, os sacerdotes, religiosos e religiosas,
pais, educadores, profetas
são valorizados pela sua capacidade de iluminar e deixar-se iluminar.

Por isso, a catequese da luz tem significado profundo na nossa Igreja.
Velas têm um pavio interior que queima para que os outros vejam.
Velas juntas significam a luz mais intensa.
Velas não acesas são apenas um monte de cera.

Só se tornam luz quando aceitam se consumir e se queimar.
Mas o fico de algo que venha do interior da vela.
Ela só ilumina porque tem algo dentro de si, capaz de aceitar a luz.
Velas que se apagam e se curvam para receber a luz de outras velas acesas.
Velas acesas que se curvam para dar a luz à vela que se apagou.
Velas que se iluminam e que iluminam os outros.

Velas, porém, são símbolos. Não podem ser usadas como amuleto.
Velas não salvam. Apenas simbolizam e iluminam.
Faróis não salvam. Alertam. Ajudam a salvar.
Por isso, na Igreja, a vela não deve incentivar superstições.
Não é o tamanho da vela que ajuda. É a fé.
Mas que não se jogue fora o símbolo.

A catequese da luz é importantíssima para os católicos.
Façamos uso dela...
Iluminados e iluminadores juntemos nossas luzes.
Há trevas demais ao nosso redor.

A Palavra final é de Jesus:
“Brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e louvem o Pai que está nos céus...” (Mateus 5,16)



Palavra de fé: “Falou-lhes outra vez Jesus: Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida”.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Ministério, serviço e missão.

Vocação para toda a Igreja. Não há vida cristã sem engajamento no serviço à Igreja e sua missão. Cada um deve assumir sua parte nas responsabilidades e nas tarefas. É exigência do batismo.

Qualquer que seja a forma pela qual queremos viver concretamente o Evangelho, qualquer que seja o nosso “estado de vida”, nenhum de nós pode se negar dessa contribuição para a vida e para a missão da Igreja.

Os leigos, por seu lado, presentes no mundo, chamados a cumprir as mais variadas tarefas e assumir, de acordo com sua situação e suas competências, certas responsabilidades, encontram aí o terreno de sua missão. É primeiramente aí que devem se engajar, de várias formas, às vezes muito simples para ser fermento de evangelização.

A dimensão comunitária deverá se manifestar na Paróquia, aberta as diversas pastorais da Diocese. Cada um é convidado a encontrar a maneira de participar da missão da Igreja. As necessidades e propostas são muitas. O serviço aos pobres, a visita aos doentes, a presença junto às famílias, principalmente as menos favorecidas, animação da Comunidade, de educação, de ensino sob qualquer forma: todos esses são serviços que dependem da competência de qualquer discípulo de Jesus Cristo, qualquer que seja a sua responsabilidade na Igreja.

São verdadeiros ministérios, ainda que não sejam sempre reconhecidos como tais. São ligados a manifestação da Boa Nova.

A catequese, o acompanhamento dos catecúmenos, tudo o que permite aos outros nascer e crescer na fé. A animação das comunidades cristãs e toda a espécie de iniciativa a serviço da comunhão fraterna, assim como as diferentes funções da liturgia, são serviços do qual um cristão não pode se esquivar. Cuidar também dos bens materiais e a estrutura física da Paróquia.

Cabe a cada um de nós, segundo seu carisma, fazer-se disponível para tudo o que a vida e a missão da Igreja exigem.

Todos esses serviços serão chamados “ministérios” na medida em que forem “instituídos” ou “reconhecidos”, o que representa uma resposta ao chamado da Igreja.

Outros “ministérios leigos” são provocados sempre que as necessidades da comunidade os reclame para atendimento ao Povo de Deus. E para quem os exerce é indispensável um mínimo de formação.

E o Ministério da Oração? Tantos cristãos silenciosos comungam, às vezes, mais intimamente a paixão de Cristo e asseguram esses ministérios do louvor e da intercessão sem se esquecerem dos que fizeram desse ministério a sua razão de viver. Sem eles, todas as atividades da Igreja careceriam de inspiração.



Palavra de fé: “O que aprendestes, recebestes, ouvistes e observastes em mim, isto praticai, e o Deus da paz estará convosco”. (Filipenses 4,9)

segunda-feira, 23 de maio de 2011

EU APRENDI

EU APRENDI que a melhor sala de aula do mundo está aos pés de uma pessoa mais velha.

EU APRENDI que quanto menos tempo tenho mais coisas consigo fazer.

EU APRENDI que ter uma criança adormecida em seus braços é um dos momentos mais pacíficos do mundo.

EU APRENDI que só se deve dar conselho em duas ocasiões: quando é pedido ou quando é caso de vida ou morte.

EU APRENDI que eu sempre posso rezar por alguém quando não posso ajudá-lo de alguma forma.

EU APRENDI que não importa quanta seriedade a vida exija de você, cada um de nós precisa de um amigo brincalhão para se divertir junto.

EU APRENDI que dinheiro não compra “classe”.

EU APRENDI que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espetacular.

EU APRENDI que debaixo da “casca grossa” existe uma pessoa que deseja ser apreciada e amada, e não sabe se manifestar.

EU APRENDI que se Deus não fez tudo num só dia, o que me faz pensar que eu possa?

EU APRENDI que ninguém é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa.

EU APRENDI que eu gostaria de ter dito a minha mãe que a amava, uma vez mais, antes dela morrer.

EU APRENDI que as oportunidades nunca são perdidas, alguém vai aproveitar as que você perdeu.

EU APRENDI que um sorriso é a maneira mais barata de melhorar sua aparência.

EU APRENDI que quando você planeja se nivelar com alguém, apenas está permitindo que essa pessoa continue a magoar você.



Palavra de fé: “Que Deus me permita falar como eu quisera, e ter pensamentos dignos dos dons, que recebi, porque é ele mesmo quem guia a sabedoria e emenda os sábios, porque nós estamos nas suas mãos, nós e nossos discursos, toda a nossa inteligência e habilidade”. (Sabedoria 7,15-16)

Irmã Dulce é beatificada em Salvador!

Para refletir em família

Tantas crianças no mundo não têm uma mãe que as acaricia, alimenta e educa. Nunca ouviram a voz do seu pai que as chama, repreende, encoraja; tem os pais separados, duas casas, mas nenhuma família... Para ser uma verdadeira família não basta uma casa, um pai, uma mãe, um filho, mas é preciso que entre eles haja harmonia, amor, respeito, confiança.

Muitas vezes isso falta e muitas vezes não nos damos conta da sorte que temos em ter uma mãe que nos chama à atenção quando deixamos o quarto desarrumado, mas que nos prepara sempre as refeições. Um pai que trabalha todos os dias, mas que quando chega em casa sempre encontra um tempinho para brincar conosco. Um irmão maior que quando brigamos, mas que sempre nos dá o conselho certo.

Isso também acontece com você? Tente responder as perguntas para descobrir:

- A família é a primeira escola de acolhimento, escuta, gratidão e perdão. Existe algum outro lugar onde se possa experimentar da mesma forma o sentimento de acolhida?

- Quais são os gestos com que demonstramos querer bem a toda a família?

- Alguma vez já se perguntou que problemas têm aqueles que estão ao seu redor?

- Quais são os problemas de família que você gostaria de resolver?




Palavra de fé: “Sede, pois imitadores de Deus, como filhos muito amados”. (Efésios 5,1

terça-feira, 17 de maio de 2011

A unidade do Amor na Criação e na História da Salvação

DO PAPA BENTO XVI

AOS BISPOS, PRESBPITEROS E DIÁCONOS, AS PESSOAS CONSAGRADAS E A TODOS OS FIÉIS LEIGOS.

Extraído da Encíclica Papal nº. 189 sobre “O amor Cristão”

“O amor de Deus por nós é questão fundamental para a vida e coloca questões decisivas sobre quem é Deus e quem somos nós. Embora o tema desta encíclica se concentre sobre a questão da compreensão e da prática do amor na Sagrada Escritura e na tradição da Igreja, não podemos prescindir pura e simplesmente do significado que esta palavra tem nas várias culturas e na linguagem atual. Fala-se se amor à pátria, amor à profissão, amor entre amigos, amor ao trabalho, amor entre pais e filhos, entre irmãos e familiares, amor ao próximo e amor a Deus. Porém, o amor entre o homem e a mulher, no qual concorrem indivisivelmente corpo e alma e se abre ao ser humano uma promessa de felicidade que parece irresistível. Surge então a questão: todas essas formas de amor, no fim das contas, unificam-se, sendo o amor, apesar de toda a diversidade das duas manifestações, em último, um só, ou, ao contrário, utilizamos uma mesma palavra para indicar realidades totalmente diferentes?

O amor entre o homem e a mulher, que não nasce da inteligência e da vontade, mas de certa forma impõem-se ao ser humano.

Entre o amor e o Divino existe certa relação: o amor promete infinita eternidade, uma realidade maior e totalmente diferente do dia-a-dia da nossa existência. O caminho para tal meta não consiste em deixar-se simplesmente subjugar pelo instinto. São necessários purificações e amadurecimentos, que passam também pela estrada da renúncia, em vista de sua verdadeira grandeza. Isso depende, primeiramente, da constituição do ser humano, que é composto de corpo e alma. O ser humano torna-se realmente, ele mesmo, quando o corpo e a alma se encontram em íntima unidade. Se o ser humano aspira a ser somente espírito e quer rejeitar a carne como uma herança apenas animalesca, então espírito e corpo perdem sua dignidade. E se ele, por outro lado, renega o espírito e, consequentemente, considera a matéria, o corpo como realidade exclusiva, perde, igualmente, a sua grandeza. Nem o espírito ama sozinho, nem o corpo: é o ser humano, a pessoa que ama como criatura unitária, de que fazem parte o corpo e a alma.

Somente quando ambos se fundem, verdadeiramente, numa unidade é que o ser humano se torna ele próprio plenamente.

Na verdade, encontramo-nos diante de uma degradação do corpo humano, que deixa de estar integrado no conjunto da liberdade da nossa existência, deixa de ser expressão viva da totalidade do nosso ser, acabando como que relegado ao campo puramente biológico.

Ao contrário, a fé cristã sempre considerou o ser humano como um ser individual, em que o espírito e matéria se compenetram mutuamente, experimentando ambos, precisamente dessa forma, uma nova nobreza, mas por isso requer um caminho de ascese (abertura da alma), renúncias, purificações e saneamentos.




O amor torna-se cuidado do outro e pelo outro. Já não se busca a si próprio, não se busca a imersão no inebriante da felicidade; procura-se ao invés, o bem do amado: torna-se renúncia, esta-se disposto ao sacrifício e até o procura. O amor visa a eternidade e para o reencontro de si mesmo, e mais ainda, para descoberta de Deus. Leiam: “Lucas 17,33; Mateus 10,39; Mateus 16,25; Marcos 8,35; Lucas 9,24; João 12,25”. Assim descreve Jesus, o seu caminho pessoal, que o conduz através da cruz à ressurreição.

No fundo, o “amor” é uma única realidade, embora com distintas dimensões; caso a caso, pode uma ou outra dimensão sobressair mais. Mas, quando as duas dimensões se separam completamente uma da outra, surge uma caricatura ou, de qualquer modo, uma forma redutiva de amor. E vimos, também, que a fé bíblica não constrói um mundo paralelo ou um mundo contraposto àquele fenômeno humano originário que é o amor, mas aceita o ser humano, por inteiro, intervindo na sua busca de amor para purificá-la, desviando-lhe ao mesmo tempo novas dimensões. Essa novidade da fé bíblica manifesta-se, sobretudo, em dois pontos que merecem ser sublinhadas: a imagem de Deus e a imagem do ser humano”.


Próximo resumo da Encíclica 189: A novidade da fé bíblica.



Palavra de fé: “A cada um é dada a manifestação do Espírito para proveito comum”. (1 Corintios 12,7)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

O verdadeiro sentido do noivado

Com esta matéria queremos mostrar e incentivar os nossos jovens a buscarem um noivado sólido e fundamentado nos ensinamentos da Santa Igreja Católica.

O mundo moderno desestimula o sacramento que, para muitos, é algo ultrapassado. Se analisarmos algumas estatísticas, vemos que 70% das separações ocorrem nos três primeiros anos de casados, isso porque o namoro e o noivado foram algo superficial; um não conheceu o outro r muito menos a sua história.

O noivado não é uma tradição ou simples etapa na preparação do homem e da mulher. Deve ser compreendido, vivido e assumido como um período importante de diálogo, de conhecimento, de partilha de vidas entre os noivos à vista de um planejamento consciente e responsável para o futuro dos casados. É um tempo forte de conhecimento mútuo, de oração, de discernimento e de abertura em nível pessoal e a dois diante de Deus, da Igreja e dos irmãos.

Casamos não para sermos felizes e sim para fazer o outro feliz. Com esse pensamento, a nossa felicidade torna-se muito maior, e exercitamos o amor Ágape, que é o amor de Deus. Casar-se não é decisão de um dia ou opção por um tempo determinado, mas deve ser opção para a vida toda. Na vontade de Deus, o homem e a mulher são chamados a viver segundo sua imagem e semelhança. São chamados a viverem e existirem em comunhão e partilha de vidas. A partir de Cristo o amor de um homem e de uma mulher vai além da atração, da realização e da contemplação mútua. Torna-se pelos méritos da redenção de Cristo na ação do Espírito Santo fonte de santificação e de salvação humano-divino, um grande bem não somente para os noivos, mas para a família e toda a Igreja.

Hoje, as pessoas se preparam para tudo, menos para casar-se. Não basta a atenção, o ajustamento e planejamento a dois, uma profissão estável, a realização sexual em si. É preciso, antes de tudo, a descoberta do verdadeiro valor e do sentido maior da vida humana como um bem que pertence a Deus.

O noivado cristão é e deve ser por excelência o tempo da evangelização dos que desejam consagrar seu amor como cristãos perante si, perante Deus e os irmãos. Sem um sólido conhecimento do que consiste viver o sacramento do amor cristão, os noivos não possuirão o preparo necessário e, por isso mesmo, faltará a solidez de uma espiritualidade amadurecida para viver uma escolha livre de amor a dois – opção essa que é praticamente impossível de se viver sem o horizonte do olhar de Deus, de Cristo, dos evangelhos e da comunhão com a Igreja de Cristo.




Palavra de fé: “Em resumo, o que importa é que cada um de vós ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher respeite o seu marido”. (Efésios 5,32)

segunda-feira, 9 de maio de 2011

A crueldade dos jovens

Conheci uma mulher cujo filho de 14 anos queria um par de tênis de marca. Separada, ganhava pouquíssimo como vendedora. Dia e noite o garoto atormentava com a exigência. Acrescentou mais horas à sua carga horária para comprar os tênis. Exausta, ela presenteou o filho. Ganhou um beijo e outro pedido: agora ele queria uma camiseta “da hora”. E dali a alguns dias a mãe estava abrindo um crediário! Já conheço um número incrível de adolescentes que estabelecem um verdadeiro cerco em torno dos pais para conquistar algum objeto de consumo. Uma garota quase enlouqueceu a mãe por causa de um celular cor-de-rosa. Um rapaz queria um MP3. Novidades são lançadas a cada dia e os pedidos renascem com a mesma velocidade. Pais e mães com freqüência não conseguem resistir. Em parte, por desejarem contemplar o sorriso no rosto dos filhos. Uma senhora sempre diz:

- Quero que minha menina tenha o que eu não tive.

Pode ser. Mas isso não significa satisfazer todas as vontades! Muita gente é praticamente chantageada pelos filhos. A crueldade de um adolescente pode ser tremenda quando se trata de conseguir alguma coisa. Uma vez ouvi uma jovem gritar para o pai: - Você é um fracassado!

Já conheci uma garota cujo pai se endividou porque ela insistiu em ir à Disney. Os juros rolaram e, dois anos depois, ele vendeu a casa para comprar outra menor e quitar o empréstimo. Outro economizou centavos porque a menina quis fazer plástica. Conselhos não adiantaram: - Você é muito nova para colocar implante de silicone.

Ficava uma fúria. Queria ser atriz e, segundo afirmava, não teria chance alguma sem a intervenção. (Não conseguiu. Hoje trabalha como vendedora em uma loja). Procedimentos estéticos, como clareamento de dentes, spas e, claro, plásticas, são muito pedidos, ao lado de roupas de grifes, excursões, jóias, celulares e todo tipo de eletrônico. É óbvio que o jovem tem o direito de pedir. O que me assusta é a absoluta falta de freio, a insistência e a total incompreensão diante das dificuldades financeiras da família. Recentemente, assisti a uma situação muito difícil. Mãe solteira, uma doméstica conseguiu juntar, ao longo dos anos, o suficiente para comprar uma quitinete no centro de São Paulo.


- Vou sair do aluguel! – comemorou. A filha, 16 anos, 2º grau, recusou-se: - Quero um quarto só para mim!

Não houve quem a convencesse. A mãe não conseguiu enfrentar a situação. Continuam no aluguel. O valor dos apartamentos subiu e agora o que ela tem não é suficiente para comprar mais nada.

Muitas vezes os filhos da classe média estudam em colégio particular ao lado de herdeiros de grandes fortunas. Passam a desejar os relógios, as roupas, o modo de vida dos amigos milionários. De repente a minha filha quer tudo o que os coleguinhas têm! Até bolsa de grife.

Uma coisa é certa: algumas equiparações são impossíveis. A única solução é a sinceridade. E deixar claro que ninguém é melhor por ter mais grana, o celular de último tipo, o último lançamento no mundo da informática. Pode ser doloroso no início. Também é importante não criar uma pessoa invejosa, que sofre por não ter o que os outros têm. Mas uma família pode se desestabilizar quando os pais se tornam reféns do pequeno tirano. A única saída para certas situações é o afeto. E, quando o adolescente está se transformando em uma fera, talvez seja a hora de mostrar que nenhum objeto de consumo substitui uma conversa olho no olho e um abraço amoroso.



Palavra de fé: “Filhos obedecei a vossos pais segundo o Senhor; porque isto é justo”. (Efésios 6,1)

sábado, 7 de maio de 2011

Feliz “Dia das Mães”

Sem perceber, a mulher está sempre traçando sua cruz. Cruz que se projeta no tempo através de suas dores e lutas, anseios e amores. Na cruz da mulher-mãe, tão pouco notada e valorizada, ela carrega a vida que transmite em cada respirar!

Quando grávida, ela carrega, dentro de si, uma vida que tira tudo dela. Que precisa de seu sangue para construir seu próprio corpinho. E a mãe enfraquece, enjoa...

Os primeiros meses são difíceis. Há outras crianças para cuidar. Sua vaidade é ferida, acha que vai ficar feia, gorda, sem perceber que está cada vez mais bela. O brilho de seus olhos revela fragilidade, respeito...

É você mulher a grande geradora de santos, de bons e maus. Gerados no corpo, no espírito e na fé! Por isso você precisa ser justa e santa.

Mãe sempre defende! Alguns filhos pedem a sua benção, outros dizem para onde vão, outros batem a porta com força sem dizer quando voltam ou se voltarão. Por estes ela passa o dia rezando e, não raro, chorando.

Algum tempo depois, eles voltam. Rosto fechado, objetos atirados longe, xingam, chutam... “Ele está nervoso!”, justifica a mãe. “foi tão doentinho quando criança! Não tem sorte na vida, mas tem um bom coração. Os irmãos e o pai não têm paciência com ele!”. E assim continua a mãe advogada do filho que ela quer feliz a qualquer preço.

“Qual seu filho preferido?”. Perguntem a qualquer mãe, e, rapidinho virá a resposta sábia e verdadeira: “O pequeno que ainda não cresceu; o que saiu e que não voltou; o doente que ainda não sarou...”.

Mãe não dorme, cochila em estado de alerta, não come senão as sobras, alimenta primeiro toda a família. Está sempre disposta, mesmo caindo de cansaço. Mãe não castiga, apanha junto, meio a meio.

Amor materno não tem raça e nem cor. Rejubila-se ao ver sinais de fé nos filhos e corre contar para as outras mães. Ameace um dos seus filhos e estará enfrentando uma leoa feroz!!! Agora, acaricie um deles e estará acariciando a própria mãe!

Mãe moça, bonita, feia, velha, mãe santa, até o dia em que, consumida no silêncio e na dor, se vai para sempre! Como preencher seu lugar? Nem por “mil” outras mães!

Descrever o mistério materno? Impossível. Jesus nasceu de uma Mãe especial: Seu nome é Maria, a mãe do Salvador, o modelo de todas as mães, difícil de imitar. Mas as mães se esforçam. Rezam e sofrem como Maria.




Pétalas para as mães!


“Mãe não tem limite, é tempo sem hora...” (
Carlos Drummond de Andrade)

“Quem tem mãe não tem medo”.
(Henfil)

“Como não podia estar em toda a parte ao mesmo tempo, Deus criou as mães”
(Provérbio Judaico)

“Os filhos são âncoras que prendem a mãe à vida”.
(Sófocles)

“A maternidade representa uma das mais sublimes maneiras de realização da alma feminina”.
(Roberto Shinyashiki)

“A mãe é tudo nessa vida: consolo na aflição, luz na desesperança, força na derrota. É a fonte da piedade e da compaixão. Quem perde sua mãe, perde um peito onde reclinar a cabeça, e uma mãe que abençoa, e um olho que protege”.
(Gilbran Khalil)

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Alguns motivos pelos quais os homens gostam tanto de mulheres

1. O cheiro delas é sempre gostoso, mesmo que seja só xampu.
2. O jeito que elas têm de sempre encontrar o lugar certo em nosso ombro.
3. A facilidade com a qual cabem em nossos braços.
4. O jeito que tem de nos beijar e, de repente, fazer o mundo ficar perfeito.
5. Como são encantadoras quando comem.
6. Elas levam horas para se vestir, mas no final vale a pena.
7. Porque estão sempre quentinhas, mesmo que esteja fazendo trinta graus abaixo de zero lá fora.
8. Como sempre ficam bonitas, mesmo de jeans com camiseta e rabo de cavalo.
9. Aquele jeitinho sutil de pedir um elogio.
10. Como ficam lindas quando discutem.
11. O modo que tem de sempre encontrar a nossa mão.
12. O brilho nos olhos quando sorriem.
13. Ouvir a mensagem delas na secretária eletrônica logo depois de uma briga horrível.
14. O jeito que tem de dizer: “Não vamos brigar mais não...”.
15. A ternura com que nos beijam quando lhes fazemos uma delicadeza.
16. O modo de nos beijarem quando dizemos: “eu te amo”.
17. Pensando bem, só o modo de nos beijarem já basta.
18. O modo que tem de se atirar em nossos braços quando choram.
19. O jeito de pedir desculpas por terem chorado por alguma bobagem.
20. O fato de nos darem um tapa achando que vai doer.
21. O modo com que pedem perdão quando o tapa dói mesmo (embora jamais admitamos que doeu).
22. O jeitinho de dizerem: “estou com saudades...”.
23. As saudades que sentimos delas.
24. A maneira que suas lágrimas têm de nos fazer querer mudar o mundo para que mais nada lhes cause dor.

É... Diante de tudo isto, nós os homens, só temos que agradecer a Deus por ter criado para nós, algo tão maravilhoso chamado “Mulher!”.
Aliás, até na Bíblia o Senhor nos diz que: “Aquele que encontra uma esposa, acha o bem e alcança a benevolência do SENHOR”. (Provérbios 18:22, Provérbios 18,22 e Eclesiastes 9,9)

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Duas maneiras de marcar o tempo... Kronos e Kairós

Há duas maneiras de marcar o tempo: kronos e kairós.

Kronos é um termo grego para indicar o tempo em que o relógio marca. Daí vem cronômetro. Este tempo é o jeito de se saber sobre o passado, sobre o presente e sobre o futuro. Falamos ontem, hoje, amanhã, e assim nos localizamos no tempo. Sabemos quantos anos temos, em que época vivemos, quando é domingo, quando é segunda-feira, se é dois mil e oito, dois mil e nove, dois mil e dez. Sabemos diferenciar o século XIX, do XX e do XVI. Sabemos os períodos históricos. Sabemos se é dia ou noite, que horas são. O kronos nos ajuda a nos situar no tempo físico, astral.

Já a outra forma de marcar o tempo é o kairós, que é também uma palavra grega para indicar outro tipo de tempo. É tempo de Deus, que só o “relógio” dele marca, é o tempo das manifestações Dele. Esse tempo não tem hora marcada para acontecer, só Deus sabe, é segredo Dele. Nós podemos conhecê-lo quando Ele se manifesta. Por exemplo, o grande kairós foi quando Jesus veio. Foi a grande manifestação de Deus entre nós.

Nós precisamos de dois tipos de tempo. O que nós vivemos no dia a dia e o tempo que pertence à eternidade. O do dia a dia é útil para nos situarmos na história que aconteceu e vai acontecendo agora. Ele nos ajuda a controlar nossos afazeres, nos permite fazer previsões e planos. Precisamos também do kairós que é feito de esperança, porque ele indica uma maneira de existir, um jeito de viver na expectativa daquilo que vai acontecer sem aviso prévio. Embora não tenhamos controle sobre ele, é muito importante que nós o tenhamos em conta, porque, afinal, o tempo físico acaba para nós com a morte. Já o kairós permanece para a eternidade e é para esse tempo que nós precisamos nos preparar ou estar preparados, porque não sabemos nem o dia nem a hora em que ele pode acontecer para cada um de nós.

O kairós, o tempo de Deus, é sempre um tempo novo cheio de novidades. Ele acontece independente de nossa vontade. Nós não o controlamos, mas ele envolve nossa vida.

Há pessoas que só se preocupam com o kronos. E se envolvem tanto com ele que não sobra tempo para pensar no outro tempo, kairós. O kronos gera muito cansaço, porque ele não para e há gente que entra no embalo, corre, corre, se cansa, desanima, se frustra, se estressa, se deprime. E aí fica sem horizontes. O kronos diz que tudo tem limite, mas a ganância pelas coisas é tal que há pessoas que se esquecem disso e ficam doentes. Esquecendo-se de pensar no kairós, não se preocupam com a eternidade e quando o kairós chega para elas, vai encontrá-las despreparadas e aí o kronos pode não ter valido a pena porque não preparou o sujeito para o kairós, o tempo de Deus.

Kronos e kairós, dois tempos que falam de realidades diferentes, ambos dizem respeito à vida. Um mostra como ela é, o outro esconde como ela será. Fique ligado no kronos sem esquecer o kairós.



Palavra de fé: “Cumpri vossa promessa antes que o tempo passe e, no devido tempo, Ele vos dará a recompensa”. (Eclesiástico 51,38)

terça-feira, 3 de maio de 2011

Espaço Ecumênico: O que os muçulmanos pensam a respeito de Jesus?

Os muçulmanos respeitam e reverenciam Jesus e aguardam a sua segunda vinda. Eles o consideram, um dos maiores mensageiros de Deus para a humanidade. Os muçulmanos nunca se referem a Ele simplesmente como “Jesus”, mas sempre acrescentando a frase: “a paz esteja com Ele”.

O Alcorão confirma o seu nascimento de uma virgem (uma surata no Alcorão é denominada “Maria”) e Maria é considerada a mais pura mulher de toda a criação. O Alcorão descreve a anunciação como segue: “Recorda-te de quando os anjos disseram: “Ó Maria, é certo que Deus te elegeu e te purificou, e te preferiu a todas as mulheres da humanidade!... Ó Maria, por certo que Deus te anuncia novas felizes com Seu Verbo, cujo nome será Messias, Jesus, filho de Maria, nobre neste mundo e no outro, e se contará entre os diletos de Deus. Falará aos homens ainda infante, bem como na maturidade, e se contará entre os virtuosos. Ela perguntou: Ó Senhor meu, como poderei ter um filho se mortal algum jamais me tocou? Disse-lhe o anjo: Assim será. Deus cria o que deseja, posto que quando decreta algo, basta dizer: Seja! E é”. (3ª Surata, versículos 42-47)

Jesus (a paz esteja com Ele) nasceu miraculosamente por intermédio do mesmo Poder que criou Adão sem o concurso de um pai.

“O exemplo de Jesus, ante Deus, é idêntico ao de Adão, a quem Ele criou da terra; então disse: Seja! E foi”. (3ª Surata, versículo 59)

Durante sua missão profética, Jesus operou muitos milagres. O Alcorão informa que Ele disse: “Apresento-vos um sinal de vosso Senhor: Plasmai de barro a figura de um pássaro com o beneplácito de Deus, curarei o cego de nascença e o leproso; ressuscitarei os mortos com a anuência de Deus e vos revelarei o que consumis e o que entesourais em vossas casas”. (3ª Surata, versículo 49)

Nem Mohammad, nem Jesus (a paz esteja com Ele) vieram para mudar a doutrina básica da crença em um Deus, trazida pelos profetas anteriores, mas para confirmarem e para renová-la. No Alcorão é narrado que Jesus (a paz esteja com Ele) veio para: “Confirmar-vos a Tora que vos chegou antes de mim, e para liberar-vos algo que nos está vedado. Eu vim como um sinal de vosso Senhor. Temei a Deus, pois, e obedecei-me”. (3ª Surata, versículo 50)

O profeta Mohammad disse: “Aquele que crer que não há outra divindade além de Deus, Único, sem parceiros, que Mohammad é Seu Mensageiro, que Jesus é o servo e mensageiro de Deus, seu Verbo proferido a Maria e um espírito originado d´Ele que o Paraíso e o Inferno são reais, será introduzido no Paraíso”.


Palavra de fé: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura”. (Marcos 16,15)

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Família: lugar de santas divergências

Não há dúvida de que a família é a celular vital da Igreja, da sociedade e que o futuro da harmonia da humanidade depende da harmonia das famílias que, unidades pelo amor, lutam para que haja igualdade e solidariedade.

A civilização do amor, tão desejada pela Igreja, se inicia na família. O grande investimento que é necessário fazer para o futuro, mesmo das vocações, é a família. Das famílias santas, Deus vai chamar jovens para que trabalhem em tempo integral no serviço evangelizador, no sacerdócio, na vida consagrada e no engajamento apostólico. Não há também como duvidar que os meios de comunicação, logicamente não todos, não estão preocupados com o bem estar econômico e estrutural das famílias, mas vivem injetando nas famílias a destruição dos valores para que o individualismo cada vez mais violento divida e rompa a unidade do amor conjugal.

Falar de família unidade não significa uma família no estilo patriarcal, ditatorial, onde o pater familiae manda e desmanda, senhor da vida e da morte, decide tudo o que deve ser feito, não consulta ninguém e determina desde a vocação dos filhos ao que se deve comer e aonde se deve ir. A família está inserida na sociedade hodierna, portanto, influenciada pelos meios de comunicação e em processo de crescimento na busca de uma sua maneira de viver, sem perder a sua identidade de união e amor. Não podemos e nem devemos pensar numa família nivelada por baixo ou por cima, sem o exercício amoroso da liberdade, do diálogo e da busca da verdade.

Neste sentido, na família há santas divergências que devem ser não sufocadas, mas sim compreendidas como uma riqueza que faz crescer a família, os indivíduos. O pluralismo na unidade vale também no que diz respeito à família, cada membro tem direito de expressar a sua opinião, os seus desejos para sua felicidade, e buscar a realização da própria vocação sem ferir a unidade e o amor. O fio de ouro que une as divergências familiares é o fio do amor mútuo, do respeito e da unidade. A família não pode ser um “bloco monolítico” fechado em si mesmo, mas sim aberto a novos caminhos e horizontes. Brigas, desentendimentos, divergências, sempre as encontraremos em todo grupo humano que se une, sejam quais forem os motivos da união. É só pensar na comunidade que Jesus criou com seus apóstolos onde Ele mesmo ensina que o que deve estar no centro não é projeção de um ou de outro, mas sim o serviço é o amor.

Ter opiniões diferentes não é impor e ficar amuado, nervoso se os outros não aceitam o que nós pensamos, mas que estas divergências não firam nem o amor e nem a unidade, e sejam motivos de busca da verdade na caridade. A caridade na verdade. Pensar diferente significa que temos uma cabeça diferente, uma inteligência, uma visão diferente, mas o objetivo deve ser o mesmo, criar uma família onde reina o amor que supera todas as diferenças.



Palavra de fé: “Honra teu pai por teus atos, tuas palavras, tua paciência”. (Eclesiástico 3,9)