segunda-feira, 31 de maio de 2010

Reflexão sobre os Evangelhos de domingo 23/05 até 29/05

Domingo, 23 de maio, Pentecostes “João 20, 19-23”: Neste Evangelho encontramos a presença de Cristo Ressuscitado que cria uma nova humanidade. O cristianismo nasce da experiência e da força do ressuscitado. A paz, a alegria, a certeza, são os fundamentos da nova vida. A recepção do dom do Espírito Santo leva as pessoas a saírem de si a se comunicarem. Nasce a nova humanidade do Espírito Santo doado por Jesus Cristo ressuscitado. E o novo tempo do perdão ao povo, que prolonga a sua missão. Viver esse amor de Jesus e comunicá-lo aos outros.

Segunda-feira, 24 de maio, “Marcos 10, 17-27”: Aqui Jesus nos fala do dinheiro, justiça e companheirismo (partilha). Fala-nos de como alcançar a vida eterna. Fica claro que, ninguém poderá consegui-la por si mesmo, a salvação não é uma conquista humana, mas um milagre da graça divina. O homem não se salva, é salvo.

Terça-feira, 25 de maio, “Marcos 10, 28-31”: Jesus nos deixa claro que os que o seguem recebem a recompensa da vida eterna. Neste Evangelho insiste na superação das amarras das coisas mundanas, na libertação dos valores materiais.

Quarta-feira, 26 de maio, “Marcos 10, 32-45”: Mais uma vez Jesus se vê obrigado a instruir e assinalar as condições para chegar à glória e formula o que deve ser a lei da comunidade cristã. Seguir o mestre e deixar que Deus programe livremente o seu futuro.

Quinta-feira, 27 de maio, “Marcos 10, 46-52”
: O cego Bartimeu em seu caminho. Os cegos são símbolos da necessidade dos discípulos se abrirem a Revelação trazida por Jesus. A oração do cego é cheia de fé e comove o coração de Jesus. Sua cura implica uma reintegração, uma libertação social.

Sexta-feira, 28 de maio, “Marcos 11, 11-26”: Aqui contemplamos que os frutos da fé não têm “estação ou tempo certo”. Diante da árvore sem frutos e da folhagem inútil, a comunidade cristã, o novo templo de Deus, precisa caracterizar-se por uma oração confiante e ativa para que os frutos da comunhão fraterna apareçam.

Sábado, 29 de maio, “Marcos 11, 27-33”: Os adversários de Jesus estão preocupados com suas realizações. Querem que Jesus faça, apenas, o que eles querem ou permitem, pois são autoridades. Mas Jesus com toda a sua autoridade mostra que eles não tem autoridade nenhuma diante de Deus, por que não se converteram perante as exigências de João Batista, que fora enviado por Deus.

Para refletir: Como foi e como anda o nosso Pentecostes? Como anda o nosso Apostolado?

Pergunta da semana: Qual o Evangelho desta semana em que se encontra a exclamação “Raboni”?

Responda certo e ganhe uma Bíblia Ave Maria e o livro “Louvemos o Senhor 2009”, enviando a sua resposta até a próxima sexta-feira, dia 04/06/2010, para o e-mail: paula_vts@hotmail.com com o nome completo, endereço, telefone e e-mail (se tiver).

Delicadezas – Descubra-se!

Eu estava correndo e de repente um estranho trombou em mim:

- Oh, me desculpe, por favor, foi a minha reação.

E ele disse:

- Ah, desculpe-me também, eu simplesmente não a vi!

Nós fomos muito educados um com o outro, aquele estranho e eu.

Então, mais tarde, naquele dia, eu estava fazendo o jantar e meu filho parou do meu lado, tão em silêncio, que eu nem percebi.

Quando eu me virei, tomei o maior susto e lhe dei uma bronca.

- Saia do meu caminho, filho!

E eu disse aquilo com certa braveza. E ele foi embora, certamente com seu pequeno coração partido. Eu nem imaginava como havia sido rude com ele.

Quando fui me deitar, eu podia ouvir a voz calma e doce de Deus me dizendo:

- Quando falava com um estranho, quanta cortesia você usou! Mas, com seu filho, a criança que você ama, você nem sequer se preocupou com isso! Olhe no chão da cozinha, você verá algumas flores perto da porta. São flores que ele trouxe para você. Ele mesmo as pegou: a cor de rosa, a amarela e a azul. Ele ficou quietinho para não estragar a surpresa e você nem viu as lágrimas nos olhos dele. Nesse momento, eu me senti muito pequena. E agora, o meu coração era quem derramava lágrimas. Então eu fui até a cama dele e ajoelhei ao seu lado.

- Acorde filhinho, acorde. Estas são as flores que você pegou para mim? Ele sorriu.

- Eu encontrei embaixo da árvore. Eu peguei porque as achei tão bonitas como você! Eu sabia que você iria gostar, especialmente da azul.

Eu disse:

- Filho, eu sinto muito pela maneira como agi hoje. Eu não devia ter gritado com você, daquela maneira.

- Ah, mamãe, não tem problema. Eu te amo assim mesmo!

- Eu também te amo. E eu adorei as flores, especialmente a azul.

Você já parou para pensar que, se morrermos amanhã, a empresa para qual trabalhamos poderá facilmente nos substituir em uma questão de dias.

Mas as pessoas que nos amam, a família que deixamos para trás, os nossos filhos, sentirão essa perda para o resto de suas vidas. E nós, raramente paramos para pensar nisso.

Às vezes colocamos nosso esforço em coisas muito menos importantes que nossa família, que as pessoas que nos amam, e não nos damos conta do que realmente estamos perdendo.

Perdemos o tempo de sermos carinhosos, de dizer um “Eu te amo”, de dizer um “Obrigado”, de dar um sorriso, ou de dizer o quanto isso machuca os nossos entes queridos.

A família é o nosso maior bem!

Se Jesus me aparecesse

Se Jesus um dia me aparecesse, não sei o que lhe diria.

Provavelmente como Pedro, naquela barca, eu pediria perdão pelos meus pecados. Imagino que depois de um encontro real com Jesus ninguém continuaria vaidoso ou exibido.

Pelo que vejo em todas as religiões, quem o encontrou superficialmente, gosta muito de exibir sua fé pretensiosamente missionária. Quem realmente o encontrou é acolhedor, humilde, fraterno e evita alarde.

Anuncia a aurora sem muito cocoricó.

Se Jesus um ia me aparecesse eu talvez não soubesse que atitude tomar. Não sei se sairia por aí contando a todo mundo que o vi. Pra começo de conversa, ninguém acreditaria. E eu não confiaria nos que aderissem logo de cara.

Os que acreditam facilmente em todos os videntes acabam mudando de vidente tão logo apareça alguém que diga que viu mais. Se Jesus me aparecesse eu provavelmente pediria que me ajudasse a crer e aumentasse minha fé.

Tomé errou antes, mas fez certo depois. Aceitou a lição de Jesus. Eu nunca pedi para Jesus me aparecer.

Primeiro, porque não mereço. Segundo, porque já tenho uma Bíblia. Ela tem me bastado para crer em Jesus. Se Ele não quiser acrescentar nada ao que disse ali já está bom para mim. Não sou cristão que precisa ver. Eu creio, mesmo sem ter visto ou sem ver.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Criança levada?

Ouve-se dizer, muitas vezes, que crianças agitadas têm transtorno do déficit de atenção. Mas o que é isto?

O transtorno do déficit de atenção com hiperatividade é uma situação freqüente; ocorre em até 10% das crianças em idade pré-escolar e escolar. São crianças que “não param quietas”, que têm dificuldade de prestar atenção e se concentrar nas tarefas, e que agem de maneira impulsiva, parecendo às vezes descontrolada.

Durante muito tempo essas crianças foram consideradas “levadas” e até castigadas por isso. Sabe-se hoje que se trata de um problema neurológico ainda não muito bem esclarecido, que pode ter componentes genéticos. O distúrbio freqüentemente continua na idade adulta, sendo fonte de frustração para muitas pessoas que não conseguem obter êxito no trabalho.

O importante é saber que este problema tem tratamento. Os remédios usados para o caso agem sobre os neurotransmissores, substâncias químicas que atuam como “mensageiras” entre as células cerebrais. Além dos medicamentos, essas crianças precisam receber amparo psicológico de profissionais, mas também da família e da escola.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Quando um relacionamento vai mal

Alguém que está insatisfeito num relacionamento pode apresentar os seguintes sintomas: sentir raiva a maior parte do tempo, criticar a si próprio constantemente, perder o interesse pela vida, passando por uma fase de desânimo.

Grande parte das dificuldades sérias de relacionamento acontece porque um doa parceiros está cedendo e se doando demais, não respeitando os próprios limites.

A pessoa cede em excesso por achar que o outro vai abandonar a união caso seja contrariado, o que, em geral, é uma fantasia irreal baseada e, experiências passadas.

Nesse processo de doação extrema, o indivíduo “generoso”, “doador”, começa a se ressentir do outro e a se afastar dele emocionalmente. As coisas não faladas, as queixas guardadas, os “nãos” silenciados vão gerando, ao longo do tempo, um volume grande de raiva.

O mais complicado é que, como parte desse processo ocorre de forma inconsciente, a própria pessoa, na maioria das vezes, não consegue nem mesmo explicar porque passou a ter tanta raiva do (a) companheiro.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Reflexão sobre os Evangelhos de domingo 16/05 até 22/05

Domingo, 16 de maio, “Lucas 24, 26-53”: A ascensão concretiza a etapa final da revelação do plano de Deus em favor do homem. O destino de Jesus é o retorno ao Pai, ao qual também nós estamos destinados. As leituras da comemoração de hoje acentuam a missão da Igreja. Agora ressuscitado, Ele vai continuar a obra, permanecendo presente na Igreja e investindo-a com a sua missão.

Segunda-feira, 17 de maio, “João 16, 29-33”: Jesus termina esta narrativa com uma palavra de ânimo: “Coragem!”. A frase mostra o que deve ser a postura que os discípulos devem ter e um convite a cada um de nós. Não basta atender Jesus, mas sim, solidário em sua missão até as últimas conseqüências. Precisamos crer em Deus nos momentos de alegria, de dificuldades e de tristeza.

Terça-feira, 18 de maio, “João 17, 1-11”: Aqui a oração sacerdotal de Jesus sobre a hora de Sua glorificação. Jesus rezar por si e por todos que Nele creram. Reza também pela unidade sinal da divindade de Cristo. Há no ser humano um desejo de unidade que garante a paz interna e externa como um ideal que não morre.

Quarta-feira, 19 de maio, “João 17, 11-19”: Continua aqui a oração sacerdotal iniciada ontem. Rogo que os discípulos sejam preservados do mal. Toca num doa temais mais difíceis do Cristianismo: a escolha dos cristãos para viver e levar adiante a missão de Jesus no mundo. Devemos, pois ser fermento no mundo e, ao mesmo tempo, preservar a identidade da nossa fé.

Quinta-feira, 20 de maio, “João 17, 20-26”: Ainda a oração sacerdotal. Conhecer a Deus, acolher e anunciar a Sua Palavra consiste em levar a todos a unidade com Cristo. Para que isso aconteça, é preciso acreditar que todos os homens são candidatos a viver unidos a Cristo e que o mundo crerá na medida do nosso testemunho da fé.

Sexta-feira, 21 de maio, “João 21, 15-19”: Neste diálogo com Pedro, Jesus ensina-nos que amar é servir. A missão de Pedro é uma missão de amor ao próximo. A ressurreição de Jesus é garantia de sua presença no meio de nós, que cremos no Seu nome e da força do Espírito Santo nascem e acontecem a disposição de amar a todos como uma maneira concreta de dizer “sim” a Deus.

Sábado, 22 de maio, “João 21, 20-25”: As palavras de Jesus indicam a maneira de segui-lo, sempre visando à união. Ser apóstolo significa testemunhar a vida de Cristo, o ressuscitado. Este texto mostra que o mistério de Cristo é muito mais do que ouvimos, anunciamos ou entendemos.

Para refletir: Será que nos sentimos atraídos pela missão de Cristo?

Pergunta da semana: Qual Evangelho que fala da glorificação de Jesus?

Responda certo e ganhe uma Bíblia Ave Maria e o livro “Louvemos o Senhor 2009”, enviando a sua resposta até a próxima sexta-feira, dia 28/05/2010, para o e-mail: paula_vts@hotmail.com com o nome completo, endereço, telefone e e-mail (se tiver).

Reposta da semana passada: “João 16, 20”.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Vinde Espírito Santo

Eis a prece das comunidades cristãs. Aproxima-se o domingo de Pentecostes, quando, 50 dias depois da Páscoa, veio o Espírito Santo sobre os apóstolos, reunidos com Maria, no cenáculo.

É o momento de agradecermos o dom do Espírito Santo, prometido por Jesus Cristo (Jo 14,16). Nestes dias da novena, cada um se dispõe a crescer na fé, acolhendo sempre mais a presença do Espírito Santo que nos é dado no batismo e na confirmação.

Procuremos entender melhor a ação do Espírito Santo de união que nos ajuda a superar distâncias e ressentimentos e sermos capazes de compreensão, amor e perdão. Ele é Espírito de paz. Peçamos, nesta semana, maior união em família, fruto de conversão pessoal e de um relacionamento de verdadeiro amor. O Espírito nos dá a força do amor que faz brotar de novo a vida, onde o tronco parecia ressequido e estéril.

As comunidades tem se empenhado em valorizar os dons do Espírito Santo, já proclamados por Isaías (11, 1-2). Nas celebrações litúrgicas da crisma, os jovens trazem grandes velas acesas ou faixas e estandartes simbolizando os sete dons. Unamos nossa fé para pedir graças de que necessitamos.

O dom da sabedoria faz-nos ver a vida e a história à luz de Deus. Como os raios que procedem do sol, assim percebemos que fomos criados e destinados à comunhão plena com Deus. Tudo coopera para o bem, quando temos a experiência do amor infinito de Deus (Rom 8,28).

O dom da inteligência ajuda-nos a penetrar no sentido dos acontecimentos, compreendendo a explicação e os valores de cada situação. No sofrimento captamos o apelo à semelhança com Cristo e à solidariedade; na gratuidade do amor, o segredo da felicidade. “É maior a alegria de quem dá” (Atos 20, 35).

Pelo dom da ciência somos capazes de aplicar as luzes obtidas às condições em que nos encontramos. Assim, conhecemos a ilusão de quem acumula bens excessivos e não reparte, o vazio da sofreguidão do prazer e da ânsia de poder.

O conselho nos facilita discernir os melhores caminhos a percorrer, de modo a alcançar e promover o Reino de Deus. Por este dom, identificamos a própria vocação e os meios concretos de realizá-la.

A fortaleza auxilia-nos a enfrentar as lutas e vicissitudes do cotidiano, resistindo às tentações e à atração do mal. Inspira-nos o perdão, a prece por quem nos calunia e persegue e a fazer o bem a quem nos ofende. É o dom dos mártires que testemunham a fé em Cristo, sem medir sacrifícios.

Precioso é o dom da piedade que nos concede o afeto filial diante do Pai celeste, ajudando-nos a rezar, permanecendo unidos à vontade divina e entregando-nos confiantes a Deus, nas alegrias e sofrimento da vida.

O sétimo dom é o temor de Deus. Não se trata de medo, mas de respeito. Tão grande é o amor, que temos receio de ofender a nosso Pai e benfeitor. Este respeito se estende à vida e dignidade de todos os filhos de Deus. É o dom que está na raiz da defesa e promoção da vida nascente no seio materno até o respeito aos demais direitos humanos.

Nestes dias abençoados cresce em nós, cristãos, o anseio da união fraterna que Jesus Cristo pediu ao Pai (Jo 17,21).

É tempo de graça, de reconciliação e unidade. “Vinde, Espírito Santo”.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Ecumenismo: Um Deus para agradecer

De modo tímido e evasivo, Pedro vinha me fazendo indagações freqüentes sobre um personagem importante em nossas vidas: Deus

O próprio. Decerto mexeram com os seus neurônios os meus pedidos de licença para orar duas vezes ao dia. Decidi, então, convidá-lo para que o fizéssemos juntos. Foi tocante introduzi-lo no território sagrado. Falei-lhe de minhas crenças e de como procuro manifestá-las. Pedro gostou da experiência, que hoje repetimos numa base semanal.

Nossas orações são, digamos, bastante ecumênicas. Em seu rito, lembram as preces islâmicas. Na falta de tapetes apropriados, esticamos toalhas de banho. É esse o nosso espaço de conexão com o sagrado. Iniciamos, ainda de pé, com a frase “aqui estou eu”, proferida pelos islâmicos como uma espécie de senha de acesso ao divino. Sentamo-nos, então, sobre as pernas dobradas e, por sete vezes, levamos a face ao chão, tocando-o com a testa e a ponta do nariz.

“Não sou muçulmano”, disse a Pedro, “mas gosto do jeito com que eles se relacionam com Deus”. Me atrai o conceito islâmico de submissão incondicional a Deus e o respeito profundo com que O reverenciam. A dimensão coletiva dessa fé, sua intolerância e o próprio Corão não me dizem o menor respeito.

A primeira lição que tentei passar foi a de que creio em Deus, não nas igrejas. Sequer sei dizer se meu Deus tem nome, substância ou forma. Sua presença, porém, é perceptível o tempo todo em tudo. E, principalmente, no simples fato de estarmos vivos. De sermos feixes de moléculas momentaneamente agrupadas que, apesar de sua insignificância, conseguem intuir o mistério da criação que as cerca.

Orar é curvar-se ante esse mistério e celebrar a inesgotável magia da vida. Pedi a Pedro que pensasse numa coisa bacana. “Fiquei feliz porque a Pretinha voltou”, ele disse, referindo-se a sua gata, que reaparecera após uma semana de sumiço. “Pois vamos agradecer”, eu disse; e levamos pela primeira vez o rosto ao solo. “Respire com calma”, sugeri. “Os budistas fazem isso”. O importante, frisei, é agradecer mais e pedir menos. Externamos, alternadamente, seis motivos de gratidão. “Agora sim, na última prece, podemos pedir algo”. Diante de sua dúvida, atalhei: “Que tal pedirmos discernimento para tomar as decisões mais acertadas?”. Feita a oração final, recolhemos as toalhas.

Disse por fim Pedro que aquele era o meu Deus e a minha maneira de contá-lo. Que ele poderia ter o seu e reverenciá-lo como bem entendesse. Com um Pai-Nosso ou com um salmo judaico. Deus, procurei explicar-lhe, não se importa com a língua com que nos dirigimos a Ele. Basta que nos sintamos em sua presença. É essa sensação bem guardada em nosso interior, e não a atmosfera lá fora, com seu buraco de ozônio, o verdadeiro céu que nos protege.

O que a Igreja ensina sobre... Legalização do jogo

Introdução:
Passando à frente de uma casa de “bingos”, na cidade de São Paulo, li uma placa com a seguinte advertência: “O jogo pode viciar e causar problemas financeiros e emocionais”.

Analisando tal advertência, eu me perguntava: “Como pode alguém procurar uma atividade que não lhe oferece nenhum benefício além de um pequeno momento de prazer, com possíveis conseqüências agravantes?”. Surge ainda outra pergunta: “Qual o problema moral que existe em relação ao jogo?”. Os sorteios são fatos que se realizam ao acaso. O acaso é absolutamente neutro em termos morais, as coisas que acontecem ao acaso são, de toda a forma, vontade de Deus, seja para o bem ou para o mal.

Por que então condená-lo? Segundo o dicionário Aurélio, jogo de azar é aquele em que a perda ou o ganho dependem mais da sorte que do cálculo, ou somente da sorte, como por exemplo, o jogo da roleta, loteria, bingos, etc.

Proibido desde 10 de abril de 1946, pelo Decreto Lei nº 9225, o jogo de azar, periodicamente, volta à cena. Propõe-se sua oficialização sempre com os mesmos argumentos enganosos, como se a liberalização trouxesse consigo a moralização.

O problema do jogo é que a pessoa em questão põe valores monetários, fruto do trabalho humano passado, na busca de mais valores ao sabor do acaso, através de um ato deliberado da sua vontade. Ou seja: sem o suor do seu rosto, sem a autoridade e o empenho necessários. O indivíduo, no caso, arrisca o que tem para ter mais, sem esforço continuado. E, muito freqüentemente, as pessoas encontram a ruína financeira nessa prática que se torna viciosa e explorada por outro grupo de pessoas, os empresários de atividades relacionadas ao jogo.

Ou seja, o proprietário da casa de jogos sempre ganha, sem nenhum trabalho produtivo e distribui uma parcela desses valores aos ganhadores pontuais aqui e acolá. De um lado, portanto, temos pessoas desejando fortuna sem trabalho, e de outro lado, exploradores privados desse vício humano. Também existem suspeitas de que as atividades do jogo são controladas por grupos que atuam em outras atividades à margem da lei, trazendo consigo uma série de atividades ilícitas.

Alguns defensores da volta das casas de jogo se justificam porque essas atividades criam empregos, geram renda, impostos, enquanto outros afirmam que o mesmo poderia dizer da prostituição, do tráfico de drogas, do turismo sexual. Pode haver algum benefício social, mas o aspecto negativo não compensa, definitivamente.


Doutrina da Igreja Católica:
Em matéria divulgada a propósito do projeto de lei (Decreto Lei 9225), assim se expressa o Cardeal D. Eugênio Sales, Arcebispo Emérito do Rio de Janeiro: “Essa é a porta aberta para lavar dinheiro de drogas, seqüestro, tráfico de armas, enfim, atividades do crime organizado”. No mesmo jornal há um elucidativo parecer de um criminalista: “Essa idéia de descriminalizar e ao mesmo tempo permitir os jogos de azar, é um contra-senso do legislador brasileiro.

Na prática, vai privilegiar o Estado que poderá explorar mais esse negócio direta ou indiretamente (por licitação). Para quem sabe da força do lobby em favor da legislação do jogo de azar, não causa surpresa, mas essa tentativa que, em apenas três meses, chegou ao final de sua transmissão no Senado. Os graves malefícios resultantes da jogatina clandestina, como da prostituição e das drogas, são menores se permanecerem na ilegalidade.

Pelo menos a contaminação é dificuldade e, ainda assim, sofre barreira de uma rejeição social. No sentido contrário tudo se nivela: Senhores de bem e comerciantes de tóxicos, ou vendedores de sorte e de sexo serão equiparados perante a Lei.

Jogo de azar conforme o Catecismo da Igreja Católica:

Veja 2413: “Os jogos de azar...”

E mais: 2414: “O sétimo mandamento proíbe...”

Catequese Popular: Conversando sobre Maria, a Mãe de Jesus


1. Para nós, católicos, quem é Nossa Senhora?

Para nós, católicos, Nossa Senhora é a Mãe de Jesus e, por ser a Mãe de Jesus, é também nossa Mãe.

2. Onde e quando ela viveu?
Nossa Senhora viveu há dois mil anos, em Nazaré, na Palestina. O seu pai se chamava Joaquim, e sua mãe Ana. Foi deles que ela recebeu o nome de Maria.

3. Por que Maria foi escolhida para ser a Mãe de Jesus?
Maria foi escolhida para ser a Mãe de Jesus porque Deus assim o quis. Ela, entre as tantas jovens do seu tempo, abriu o seu coração a Deus de uma maneira toda especial, sendo então escolhida para acolher em seu ventre o Salvador do mundo.

4. Maria foi obrigada por Deus a ser mãe de Jesus?
Não. Maria foi convidada por Deus para ser a mãe de Jesus, e não obrigada. Ela disse SIM ao convite de Deus, mostrando-se generosa.

5. Por que Jesus quis ter uma mãe?
Jesus quis ter uma mãe para fazer-se em tudo semelhante a nós. Ele assumiu a natureza humana com as suas limitações e necessidades. Quis ter uma família, e para tanto encontrou em Maria e em José o casal ideal.

6. Assim como Maria é a mãe de Jesus, José é seu pai?

Não. Jesus é o Filho de Deus, isto é, Deus é o seu Pai. Por obra do Espírito Santo, Ele foi concebido no seio de Maria. José é, portanto, o pai adotivo de Jesus.

7. Maria era moça como as outras moças do seu tempo ou tinha algo de especial?

Maria era uma moça como as outras moças do seu tempo, porém tinha algo de muito especial: além da generosidade e da bondade de coração, ela havia sido concebida sem o pecado original. Ou seja, desde a concepção fora preparada para ser a Mãe do Salvador.

8. Como foi a vida de Maria?
Maria viveu, com José e Jesus, em Nazaré. Ela acompanhou toda a vida de Jesus. Teve momentos de muita tristeza, como quando seu Filho foi condenado e morto, mesmo sendo inocente, e teve momentos de muita alegria, como quando viu o seu Filho vencer a morte.

9. Onde e quando Maria morreu?
Não sabemos onde e quando Maria morreu. Sabemos, porém, que ela foi levada para junto de seu Filho. A sua ida ao céu, pelo poder de Deus, é chamada de assunção.

10. Os católicos adoram Maria?

Não! Os católicos adoram somente a Deus, e a mais ninguém. Maria é a criatura de Deus, como nós o somos. É verdade que ela é especial, porém nem por isso deixa de ser criatura. Quem adora uma criatura de Deus se engana porque confunde o que é criado com Aquele que cria: Deus.

12. O que queremos dizer quando afirmamos que nós, católicos, veneramos Maria?

Venerar é admirar, é olhar com carinho, é observar para imitar. Nós católicos, veneramos Maria, ou seja, nós a admiramos por sua fé e generosidade, nós a temos como intercessora junto de Jesus, e nós a imitamos no amor e no segmento de seu Filho.

13. Por que Maria tem tantos títulos?
Maria tem muitos títulos – como Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, de Aparecida, de Guadalupe, de Belém, etc. – porque ela é amada e imitada por todos os povos do mundo. Daí que cada um a chama a seu modo, sempre de forma materna e carinhosa.

14. Existe, portanto, uma única Maria, mãe de Jesus?
Sim! Maria é uma só; os seus títulos é que são muitos. Sempre que a invocamos, seja de que forma for, vamos estar invocando a Mãe de Jesus.

15. Maria pode ser chamada de “Mãe de Deus”?
Sim! Maria é chamada de Mãe de Deus porque Jesus é Deus (a segunda Pessoa da Santíssima Trindade). Por essa razão a Igreja a venera como Mãe de Deus.

16. Maria é também a Mãe da Igreja?
Sim! Maria é a mãe da Igreja porque a Igreja é de Jesus. Sem Jesus a Igreja não é nada. Daí que, sendo a Igreja a família de Jesus, Maria é a sua mãe.

17. Maria é o centro da história da Salvação?
Não. Maria está no centro, como todos nós estamos, mas não é o centro: o centro é Jesus, o Filho de Deus. Só Ele é o Salvador!

18. Qual é a melhor maneira que temos de venerar Maria?
A melhor maneira que temos de venerar Maria, além de pedir a sua intercessão e de admirar a sua generosidade, é imitar a sua vida. Ela é, para nós, modelo de amor e doação. Nós a veneramos ao máximo quando fazemos o que ela pediu aos serventes, em Caná da Galiléia: “Fazei tudo o que Ele (Jesus) vos disser”. Seguir Jesus, vivendo em comunhão com Ele e observando os seus ensinamentos: eis a melhor forma de venerar Maria.

19. Olhando para Maria, o que podemos aprender dela? Que lições de vida ela nos dá?
Olhando para Maria, aprendemos a lição da HUMILDADE, do SERVIÇO, do DESPOJAMENTO e da FÉ. HUMILDADE: mesmo sendo a Mãe do Salvador, ela não se deixou dominar pelo orgulho e pela arrogância; antes, fez-se simples e discreta. SERVIÇO: mesmo sendo a Mãe de Redentor, ela não se deixou dominar pelo egoísmo e pela vaidade; antes, fez-se serva e servidora. DESPOJAMENTO: mesmo sendo a Mãe do Libertador, ela não se deixou dominar pela ganância e pelo ter, antes, fez-se pobre e desprendida. FÉ: mesmo sendo a Mãe do Filho de Deus, ela não se deixou dominar pela soberba e pela auto-suficiência, antes, fez-se dependente e orante.

20. Também nós devemos acolher Jesus como Maria o acolheu?
Sim! Também nós – homens e mulheres – devemos acolher Jesus como Maria. O acolheu. Ela é, para todos nós, modelo de abertura, recepção e cooperação para com a graça divina. A melhor forma que temos de homenageá-la e venerá-la é imitar a sua disponibilidade em oferecer ao mundo o maior presente que ele poderia receber: o Filho que vem para revelar que Deus é amor.


21. Que textos bíblicos podemos ler e refletir para conhecer e imitar Maria?
Para conhecer e imitar Maria podemos ler os seguintes textos bíblicos: “Mt 1,18-25; 2, 13-23; 27, 32-56”, “Mc 3, 31-35”, “Lc 1, 5-80; 2, 1-52”, “Jo 2, 1-12; 19, 25-27”, “At 1, 12-14”.

22. Por que chamamos Maria de “Nossa Senhora”?
Chamamos Maria de “Nossa Senhora” porque a temos por Mãe. É o modo respeitoso, e ao mesmo tempo carinhoso, de que nos utilizamos para reconhecê-la como a Mãe de Jesus, bem como para venerá-la, imitando-a na humildade e no serviço.

23. Para refletir
“Como Virgem e Mãe, Maria permanece um ‘modelo perene’ para a Igreja. Pode, portanto, dizer-se que sobretudo sob esse aspecto, isto é, como modelo, ou melhor, como ‘figura’, Maria, presente no mistério de Cristo, permanece também constantemente presente no mistério da Igreja” (Para João Paulo II).

Reflexão sobre os Evangelhos de domingo 09/05 até 15/05

Domingo, 9 de maio, “João 14, 23-29”: O Evangelho de hoje nos apresenta a Revelação de Jesus. O amor de Jesus revela-se no acolhimento de Sua Palavra, que se exprime pelos mandamentos. O Espírito Santo vem para ajudar-nos a descobrir a presença de Deus em nós para ajudar o crescimento da comunidade. A vida deve ser comunhão para ser entendida e vivida plenamente. A prática do amor une o fiel a Deus e a comunidade.

Segunda-feira, 10 de maio, “João 15, 26-16,4”: É o Espírito que nos permite conhecer a verdade e aderir a ela. Uma fé dessa maneira assimilada, levará os discípulos a dar testemunho de Jesus.

Terça-feira, 11 de maio, “João 16, 5-11”: A missão do Paráclito consistirá em demonstrar que o mundo se equivocou em relação a Jesus. O mundo cometeu um grande pecado ao não crerem em Jesus, como o Revelador e o Enviado do Pai. Jesus é a manifestação da justiça de Deus.

Quarta-feira, 12 de maio, “João 16, 12-15”: O Espírito que Jesus nos enviou ampara-nos, de modo que sempre saibamos como encarnar a fé em nossa vida. Jesus veio do Pai e deu a conhecer seu projeto de vida. Voltando para o Pai, envia o Espírito que em nós retoma esse mesmo projeto.

Quinta-feira, 13 de maio, “João 16, 16-20”: A alegria e a tristeza se encontram provocadas pela partida e pelo retorno de Jesus. Esse aparente paradoxo traz consigo a possibilidade de nos fazer crescer na fé. Para quem crê, não é difícil descobrir a misteriosa, mas a real presença de Cristo entre nós com todo o seu mistério revelado na sua vida visível.

Sexta-feira, 14 de maio, “João 15, 9-17”: É impossível para nós cristãos amar Jesus como Ele nos amou. O permanecer no Amor de Crist deve nos levar a viver uma vida, numa constante e perfeita doação de vida pelos irmãos (amigos). Amor doação. Amar é a experiência central e decisiva do cristianismo.

Sábado, 15 de maio, “João 16, 23-28”
: Jesus promete que Deus (o Pai) atende ás nossas orações e pedidos. Orar em nome de Jesus expressa a nossa fé Nele, que provém de Deus. Jesus exorta os discípulos a rezarem ao Pai em Seu nome. Portanto, a fé e o amor de Jesus nos abrem para o amor ao Pai.

Para refletir: Será que cremos no poder da oração?

Pergunta da semana: Qual Evangelho e versículo em que Jesus nos fala de tristeza e alegria?

Responda certo e ganhe uma Bíblia Ave Maria e o livro “Louvemos o Senhor 2009”, enviando a sua resposta até a próxima sexta-feira, dia 21/05/2010, para o e-mail: paula_vts@hotmail.com com o nome completo, endereço, telefone e e-mail (se tiver).

Reposta da semana passada: “João 14,8”.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

São Matias, Apóstolo

Hoje, 14 de maio, festejamos São Matias – Apóstolo.

Depois da ascensão de Jesus Cristo, Matias foi escolhido, por sorteio, para preencher, entre os doze apóstolos, o lugar de Judas Iscariotes.

Concorreu com ele José, chamado Barsabás, que tinha como sobrenome Justo.

Vejam todos os detalhes da eleição de Matias: “Atos dos Apóstolos 1, 15-26”.

Não são muito confiáveis os relatos sobre as suas atividades e martírio por crucificação. Parece haver uma certa confusão entre ele, Matias e Mateus, em alguns escritos. Também a ele foi atribuído um Evangelho fictício, agora perdido.

Que a vida de São Matias Apóstolo e sua caminhada com Jesus, pela força do Espírito Santo possa ser, para nós, um estímulo ao apostolado no mundo de hoje.

São Matias intercedei por nós!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Os limites de Maria

Li um trecho de Paulo no qual o apóstolo afirmava não termos outro intercessor neste mundo além de Jesus. (...) É por Ele, com Ele e nEle. (...) O assunto parou em Maria e alguém perguntou se era válido chamar Maria de dispensadora de todas as graças do céu. Não, não é.

Falei, então, dos limites de Maria e um zeloso defensor da ortodoxia ameaçou mandar meu nome para a Congregação para a Doutrina da Fé, substituta do Santo Ofício. Achou que eu estava pregando heresia ao diminuir o papel de Maria no plano da salvação. Para ele, Maria pode tudo com sua oração. Quando ela pede, Deus se inclina e concede... E eu discordei. O próprio Jesus pediu ao Pai que, se possível, afastasse o cálice de dor, e o Pai não afastou (...). Deus continua soberano. A decisão de atender ou não atender continua sendo dEle.

Determinadas afirmações sobre Maria definitivamente precisam ser explicadas. Podem confundir, e é esta uma das razões porque a nossa devoção a Maria encontra objeção em muitas outras igrejas irmãs. Há muita gente séria que não se opõe por se opor à devoção a Maria. É que detectam imprecisões que contrariam a Bíblia. Cabe a nós, católicos, esclarecer, e bem, o porquê de algumas expressões que usamos. Assim, as expressões “Medianeira de todas as graças”, “Onipotência Suplicante” e “Corredentora” precisam ser explicadas.

Aquele bispo que pedia às mães de família que imitassem Maria em tudo, ouviu de uma fiel na sacristia: “Sr. Bispo, se eu seguir o seu conselho, meu marido e eu nunca mais teremos filhos. Não se deve imitar Maria em tudo. O chamado dela para ser mãe e virgem foi especial. O meu é outro!”. E toca o bispo a explicar a sua frase...

Um colega meu afirmou numa conferência que todas as graças vinham do céu por meio de Jesus, mas passavam por Maria. Embananou-se quando um professor meticuloso quis saber onde estava isso na Bíblia ou na Tradição católica. Pelo que ele sabia, os textos bíblicos falam que tudo que nos vem pelo Filho e não pela mãe. E não está escrito que Jesus tem que pedir a Maria que nos entregue cada graça que Ele nos concede. Nem Maria quer este papel. Ela é a mãe de Deus, mas não é sei papel ficar distribuindo todas as graças que Deus deseja conceder ao mundo. Deus quis precisar de Maria para nos dar Jesus, mas não precisa dela a este ponto para governar o mundo. Nem Jesus. Ou cremos nisso ou acabaremos colocando Maria como Quarta pessoa da SS. Trindade, que ela não é. Ela é linda, e é, depois de Jesus, a cristã que mais sabe orar. De Jesus ela entende e ninguém está mais perto dele do que ela. É por isso que quem está perto de Maria nunca está longe de Jesus, mas quem ousa colocar Maria num plano igual ou mais alto que o do Filho que ela gerou, está longe dos dois. Errou de ênfase, ensina doutrina errada, virou herege! Maria não é toda poderosa. Só Deus é Todo Poderoso.

Não foi isso que aprendi da Santa Igreja Católica. Amar e exaltar Maria é uma coisa. Exagerar é outra. Humilde como ela é, não deseja um culto desses. Ela continua apontando para o Filho. Profetiza, ela diz: “Eu sou apenas seta. O caminho é Ele!”. A verdadeira Maria não contradiz a Bíblia! Maria tem limites!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Por que a história de Jesus faz tanto sucesso?

O Oriente Médio é um celeiro de figuras paradigmáticas que abriram caminhos novos na compreensão do potencial humano para criar modos de ser, sentir, pensar e estar no mundo inspirados pela dimensão do sagrado. Nesse espaço, o advento de Jesus determina um marco do qual reverberam significados cuja experiência ainda transborda nossa capacidade de entendimento. O fascínio que desperta em nós é proporcional à indefinição dos contornos de sua vida, que – apesar dos milhares de estudos e pesquisas – guarda muito mais mistérios do que revelações.

Seja como for, Jesus traz à consciência de sua época um novo patamar de compreensão e, com ele, uma nova ordem social que substitui à aridez da Justiça retributiva pela ousadia criativa do Amor. Aquele “olho por olho, dente por dente”, fruto da inteligência e da cultura que havia, conseguido colocar um freio à barbárie desmedida, agora era desafiado por uma força mais poderosa e desconcertante: o sentimento de sermos todos filhos de um mesmo e único Pai que nos ama, incondicionalmente.

Subverter a ordem temporal (a Lei) e ultrapassar a ordem natural (a morte) são feitos que orbitam no campo da razão e no da fé – binômio que sustenta a identidade de nossa cultura ocidental e, em conseqüência, o modo pelo qual percebemos e a nós mesmos.

Em tempos como estes, quando a desagregação parece tomar conta de todos os setores da vida, a imagem acolhedora e revitalizante do Amor convida a realizar novas buscas no espaço interno de cada um, redefinindo prioridades e clarificando objetivos. É ali, no centro de si próprio, onde a imagem de Jesus pode recriar-se uma e outra vez, encorajando nossa jornada junto com os outros, pois é na convivência que fazemos do Amor a prática mais reveladora de nossas convicções e intenções. “Ama teu inimigo” – afirmação de um sentimento radical que ainda nos perturba e nos aguarda no horizonte de uma consciência prenhe de luz e de mistério.

O louvor nas reuniões de oração

A 10 de outubro de 1973, no primeiro encontro que os responsáveis pela Renovação Carismática tiveram com Paulo VI, o Papa destacou como característica da Renovação: “O gosto por uma oração profunda, pessoal e comunitária, um retorno à contemplação e uma ênfase colocada no louvor a Deus!”.

Se há alguma coisa que se pode – em grande escala – creditar à Renovação Carismática na espiritualidade do catolicismo dos últimos tempos, essa é, sem dúvidas, o resgate e a prática da oração de louvor, pessoal ou coletivo, espontâneo e inspirado... Primordialmente, a vocação de nossos grupos de oração é proclamar as maravilhas, a grandeza e o poder de Deus, através da adoração, do louvor, de ação de graças. O louvor, em si, é a exaltação, a glorificação de Deus pela sua criatura, que brotam da admiração pelo que Ele é e opera na História da Salvação!

Diz o Pe. Alírio Pedrini que “louvar é elogiar, aplaudir, parabenizar, é falar bem de alguém. É engrandecer e exaltar”. E, falando dos muitos motivos que temos para glorificar a Deus, divide-os em três grupos: “Primeiro, você louva a Deus por aquilo que Ele é; depois, por aquilo que Ele fez e faz; e, por fim, você louva a Deus por aquilo que Ele lhe faz...”.

Falando à Renovação Carismática, na Itália, a 14 de março de 2002, disse João Paulo II: “Faço votos cordiais para que a Renovação no Espírito seja na Igreja uma verdadeira ‘escola’ de oração e de ascese, de virtude e de santidade. De maneira especial, continuai a amar e fazer com que se ame a oração de louvor; forma de prece que mais imediatamente reconhece que Deus é Deus; canta-O por Ele mesmo; glorifica-O pelo que Ele é, antes mesmo do que por aquilo que Ele faz”.

Quando nos reunimos em louvor, estamos, em certo sentido, cumprindo a finalidade para a qual fomos criados. Paulo, falando aos Efésios (cf. 1, 3-14), nos ensina que fomos eleitos desde antes da criação do mundo (...) e adquiridos para louvor de Sua Glória. Esse, aliás, foi o primeiro ato da Igreja recém-contemplada com o dom da Promessa do Espírito, em Pentecostes: “Todos nós os ouvimos apregoar, em nossas línguas, as maravilhas de Deus” (At 2,11), disseram os presentes.

Há, na literatura carismática, abundante material a respeito da importância e da prática do louvor. É necessário que os responsáveis por nossas reuniões de oração se empenhem em permanentemente instruir nosso povo a respeito desse notabilíssimo componente da identidade carismática. Não se deve ter por suposto que as pessoas que freqüentam as reuniões de oração já sabem louvar, e já compreendem o seu valor. É claro que, aprende-se também a louvar pela observação dessa prática na vida dos outros. “Progredir na expressão de louvor é um dom de Deus, mas podemos tomar medidas condizentes para torná-lo mais fácil para Ele no-lo dar”, dizia, nos primórdios da Renovação, Bert Ghezzi. “Não só é conveniente treinar as pessoas em atividades espirituais, como também é não-espiritual deixar de fazê-lo”, complementava ele. Quando, instruídos, demonstramos boa vontade em aprender, permitimos ao Senhor que, mais facilmente, nos ensine...

Aprendamos a louvar. Exercitemo-nos no louvor. Afinal, parece ser esse – segundo Agostinho – o nosso futuro eterno:
Como será intensa aquela felicidade, onde não haverá nenhum mal, onde não faltará nenhum bem, e onde não faremos outra coisa senão louvar a Deus, que será tudo para todos!”.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Reflexão sobre os Evangelhos De domingo 02/05 até 08/05

Domingo, 2 de maio, “João 13, 31-33.34-35”: O amor de Jesus é sinal de união entre o céu e a terra. Por meio desse amor é que a realidade divina vive na terra, dando-nos a certeza de que o paraíso se constrói aqui no exrecício da fé. Somos cristãos à medida que expressamos o nosso amor por Jesus: fazendo a vontade do Pai, construindo seu reino, deixando cair a mentira e fugindo do pecado.

Segunda-feira, 3 de maio, “João 14, 6-14”: Basta um pouco de fé para percebermos que “Deus é amor”. E Jesus diz para pedirmos em seu nome, e Deus tudo fará. Mas é necessário que nos esforcemos para fazer primeiro a vontade de Deus, depois então, a graça como mérito. Fazendo coincidir sua vida com o objetivo de Deus, você será atendido em suas preces, recebendo o grande dom de colaborar com Deus no seu plano de amor.

Terça-feira, 04 de maio, “João 14, 27-31”: A paz dada por Jesus é a sua graça aceita na fé, a bondade misericordiosa de Deus participada pelo homem. A todas as nossas necessidades, Jesus responde: “Eu sou”: o pão, a paz, o pastor, a porta (de acesso ao Pai), a ressurreição e a vida, o caminho, a verdade e a vida, a verdadeira videira. E mais: encarnou-se (se fez carne), se tornou homem e morreu por nós.

Quarta-feira, 05 de maio, “João 15, 1-8”: Com esta comparação, Jesus mostra-nos como Ele quer a comunidade cristã viva. Os ramos da videira são podados de tal modo que possam produzir frutos. Do mesmo modo, precisamos morrer para muitas coisas, para que a “seiva” de Cristo possa ser a principal corrente de nossa vida.

Quinta-feira, 06 de maio, “João 15, 9-14”: Para Cristo, amar a Deus significa acreditar em seu amor, deixar-se amar por Ele. A vivência dos mandamentos nos permite ter, com Deus e a humanidade, uma vida de trindade.

Sexta-feira, 07 de maio, “João 15, 12-17”: Muitas vezes quando rezamos o Pai Nosso, fazemo-lo da boca pra fora, porque não temos vontade de perdoar coisíssima nenhuma. Achamos melhor ficar como está: o outro lá e eu cá. Como é difícil amar. João não cansava de dizer: “Filhinhos, amai-vos uns aos outros”.

Sábado, 08 de maio, “João 15, 18-21”: As perseguições decorrem da própria fé do discípulo que segue a Palavra de Cristo, que luta abertamente contra o inimigo e age de acordo com a vontade de Deus. Um discípulo é um olhar de Deus na terra. O cristão verdadeiro continua e prolonga na história o mistério de Cristo, que provocou divisões e atraiu ódios, não só sobre Si, mas também para todo aquele que se tornou seu seguidor e testemunha do seu amor por nós.

Para refletir: Como retribuir concretamente ao amor de Deus? Como manifestar o nosso amor?

Pergunta da semana: Quem perguntou a Jesus: “Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta”.

Responda certo e ganhe uma Bíblia Ave Maria e o livro “Louvemos o Senhor 2009”, enviando a sua resposta até a próxima sexta-feira, dia 07/05/2010, para o e-mail: paula_vts@hotmail.com com o nome completo, endereço, telefone e e-mail (se tiver).

Reposta da semana passada: “João 11,5”.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Mãezinha querida!

Neste dia em que comemoramos o “Dia das Mães”, quero abrir o meu coração e falar-te do meu amor, da sua importância para a minha vida, reconhecer as minhas faltas e pedir-lhe perdão. Sim, mãezinha, por não ter retribuído, ao menos um pouquinho, por tudo que você me deu e sofreu por mim.

Mesmo sabendo do alerta de Deus: “Genesis 3,16”, você corajosamente me concebeu, formou em seu ventre e me acolheu com amor. Obrigado, Mãe!

Nesta situação o teu exemplo muito se parece com Maria, mãe de Jesus, ao dizer “sim”, assumiu todas as dores do mundo.

Perdoe-me, querida mãe, por minhas falhas, por não ter sido mais carinhoso, companheiro e principalmente reconhecido. Sê, como sempre, paciente e generosa. Reza por mim para que tenha gestos e atitudes de um verdadeiro filho reconhecido. Que eu possa agir como Deus lembra a todos os filhos: “Eclesiástico 7,30”.

Que Deus te abençoe e te recompense por tudo, mãezinha, meu primeiro berço, meu primeiro e grande amor!

Diz o poeta: “A mãe é tudo nesta vida: consolo na aflição, luz na desesperança, força na derrota. É a fonta da piedade e da compaixão. Quem perde sua mãe, perde um peito onde reclinar a cabeça, e uma mão que o abençoa e um olho que o proteje...” (Gilbran Khalil)

Oração

Deus Pai, Todo Poderoso, Jesus Cristo, o filho exemplar:
Nós, os filhos, vos pedimos que abençoai e protegei as nossas mães (as vivas e as saudosas) do mundo, Também, vos pedimos pelas mamães abandonadas, sofridas e marginalizadas. Olhai também com misericórdia para as mãezinhas que não puderam ou souberam lutar pela preservação dos flhos ao seu lado, abandonando-os ou abortando. Para estas últimas, pedimos o Vosso perdão e que elas possam encontrar na Vossa misericórdia a salvação e a paz!
Tudo isto Vos pedimos, ó Pai, pela intercessão da Virgem Maria, mãe de todas as mães, exemplo e modelo, por Jesus Cristo, o seu filho e nosso Senhor. Amém!

Ave-Maria...

quinta-feira, 6 de maio de 2010

O Senhor é meu Pastor

“O Senhor é meu pastor: nada me faltará”. Esse primeiro verso de Davi é o mais conhecido e cantado de todos os tempos. Sobre o conteúdo desta frase, no entanto, pouca gente pensa. Pelo menos, não com a profundidade vista no novo livro de Leonardo Boff (O Senhor é meu pastor, ed. Sextante). Nele, o autor detalha toda a emoção e a simbologia contidas em cada frase dessa forma de oração – “A mais alta que a humanidade já produziu”. Escritos originariamente em hebraico, os salmos são um meio de súplica e louvor, fonte de consolo e ainda de pura poesia religiosa.

Atribuído ao rei Davi, que escreveu cerca de 70 salmos durante sua vida (no século 10 a.C), o salmo 23 se tornou tão popular, segundo Boff, porque une simplicidade com poesia e mensagem espiritual de forma bem sucedida. “Tudo nele é transparente e comovedor”.

E libertador, já que após tantos perigos vêm o alívio e a esperança. “O salmo tem como pano de fundo um drama: há o vale tenebroso, da morte, há inimigos, há perseguição. É no contexto dessa situação que Deus comparece como pastor e como hospedeiro”, descreve Boff. Para o teólogo, assim como a oração mostra dois riscos (o vale da sombra e a perseguição), há também duas promessas: o Senhor está conosco e habitaremos a casa Dele por todo o tempo de nossa vida. Os trechos selecionados a seguir são resumos do livro.

O Senhor é meu pastor
Quando rezamos esse verso, ressoam dentro de nós vários significados. “Embora vivamos em sociedade urbanas e as referências pastoris tenham ficado restritas a pequenos grupos ou longe no passado, ainda assim a categoria ‘pastor’ continua nos suscitando poderosas e benfazejas energias”.

A figura do pastor simboliza cuidado, acolhimento, segurança e confiança. Vale lembrar que em áreas desérticas, como a Palestina bíblica, o pastor é tudo para as ovelhas. É guia, companheiro de destino, segurança e proteção. “É guia porque conhece como a palma da mão os caminhos, quais são seguros, quais perigosos. (...) É companheiro de destino: passa as mesmas necessidades das ovelhas – fome, sede, verão abrasador. Para defendê-las, á diferença do mercenário, o pastor põe sua vida em risco (...) Trasmite segurança e proteção porque cuida das ovelhas, das prenhes que caminham mais devagar, das doentes que se retardam, dos filhotes que podem se extraviar, daqueles que se desviam e ele com seu bastão reconduz ao rebanho.

O pastor também representa Deus, que cuida de nós e nunca nos abandona. “Quando ouvimos: o Senhor é meu pastor”, não podemos deixar ainda de ouvir junto a palavra de Jesus, que disse: “Eu sou o bom pastor”, completa o teólogo.

Nada me faltará
Boff afirma que nessas três palavras “se esconde o fundamento da confiança e da entrega incondicional de quem reza a Deus”.

“O sentido literal e direto de ‘nada me falta’ parece ser este: quem se sente sob os cuidados do bom pastor não precisa temer nada. Pois Ele olhará para que nada falte. Tudo o que alguém pode desejar é sentir-se conduzido e carregado por um Deus que é bom e solícito como um pastor”.

Leonardo Boff
Do livro: “O Senhor é meu pastor”.

Educação: Drogas, como dizer NÃO!

Se a dependência de drogas lhe parece algo distante, uma espécie de fantasma que ronda as famílias quando os filhos chegam perto da adolescência, pare já. Reflita. É bem possível mesmo que o seu filho fique longe delas, mas até lá você ainda pode fazer muita coisa para que ele não seja facilmente seduzido pelo bem-estar que a experiência proporciona nas primeiras vezes. Boa auto-estima, persistência para ir atrás dos sonhos e exemplos saudáveis de como lidar com situações difíceis, além de uma boa dose de informação sobre os males causados pela droga, vão fazer toda a diferença.

Vícios, como se sabe, dão um “barato” que costuma sair bem caro. Começam por tirar a liberdade: pode ser maconha, cocaína, crack, solventes, antidepressivos, ansiolíticos, anfetaminas. E não são apenas as lícitas. Álcool e tabaco também estão na lista. Droga não tem esse nome à toa. Todos sabem que as perdas com o consumo de substâncias que alteram a percepção da realidade podem ir até o fundo do poço: acidentes de carro, overdoses, agressão física e até a morte.

Eu me amo

Como se previne o desenvolvimento de um “perfil dependente”?. Para a psicológoca Vera Zimmermann, coordenadora do ambulatoório do Centro de Referência da Infância e Adolescência, Cria, da Universidade Federal de São Paulo, é preciso valorizar os filhis desde o nascimento. “No futuro, isso vai refletir-se em boa auto-estima. Eu me amo, portanto vou me cuidar!”, ensina Vera.

Nos primeiros anos, os pais devem ajudar a criança a diferenciar situações que lhe são saudáveis daquelas que põem em risco a sua saúde: quem brinca com fogo pode se queimar, quem come demais pode passar mal, e assim por diante. “Tudo isso passa, aos poucos, mensagens de proteção amorosa, mesmo que as reações da criança sejam de recusa e briga”. Outro passo importante é incentivar a criança a expressar desejos, medos e angústias. Assim ela consolida o pensamento: “Posso me angustiar, mas encontro saída para meus problemas”.

Se o filho tem dificuldades de relacionamento, vale discutir opiniões, ouvir, argumentar e, se necessário, reconhecer seus erros. É importante que ele aprenda que todos podem errar, até mesmo os adultos. Isso desenvolve a capacidade de enfrentar situações difíceis e evita a fuga de responsabilidade por seus atos e o encobrimento de falhas. “Tudo pode ter uma solução, mesmo que seja preciso enfrentar uma situação desgastante!”, afirma Vera.

Exemplo é tudo

Os modelos familiares são fundamentais. Se os pais não dão o exemplo, as informações sobre os malefícios das drogas serão apenas mais uma entre tantas. Elas são fundamentais, devem ser dadas com toda a clareza e a medida que a criança pergunta. Informar só surte efeito quando o jovem acolhe o que lhe dizem como algo sintonizado com aquilo que está arraigado dentro dele, Só assim o Grilo Falante consegue ser ouvido: “Se droga pode me fazer mal, eu não vou usá-la”.

Mudando hábitos

Para o psiquiatra Auro Lescher, coordenador do Projeto Quixote/Unifesp, que trabalha na recuperação de crianças de rua envolvidas com drogas, é hipocrisia a mãe que toma um remédio para dormir há anos ou o pai que bebe o seu uísque toda noite criticar o filho por uso de maconha. “Normalmente, quando o filho torna-se dependente, toda a família precisa de ajuda, pois há um problema de gestão emocional”, afirma o médico. Segundo Lescher, o fato de vivermos em uma sociedade que oferece e estimula soluções químicas para tudo criou uma situação absurda. “Cerca de 80% dos antidepressivos são receitados sem necessidade á menor queixa de problema emocional”, diz. Se os pais desaprendem a lidar com a tristeza, controlar o estresse ou domar os nervos de forma saudável, como vão ensinar os seus filhos? Não é papo careta, mas hoje cada vez menos as pessoas sabem lidar sozinhas com as suas angústias. Pense nisso. Mudar hábitos e dar o exemplo aos filhos de que é possível encontrar as ferramentas para se equilibrar dentro de si e não em pílulas, bebidas, cigarros ou drogas mais pesadas pode fazer toda a diferençacom a frustração do amanhã.


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terça-feira, 4 de maio de 2010

Reflexão sobre os Evangelhos de domingo, 25/04 até 01/05

Domingo, 25 de abril, “João 10, 27-30”: Jesus como o Bom Pastor cumpre a promessa do profeta Esequiel (capítulo 34). É o próprio Jesus que se declara para libertação e abundância para o povo. Nesta relação de Jesus com as ovelhas, que escutam a voz do pastor, tem que haver reciprocidade. Jesus é o pastor e as ovelhas são os discípulos e o povo que ouve a sua Palavra.

Segunda-feira, 26 de abril, “João 10, 1-10”: Neste Evangelho somos convidados a refletir sobre os verdadeiros e falsos pastores (líderes), de ontem, hoje e também do amanhã. Para compreendermos o texto de hoje, é preciso ter fé. Jesus é o pastor. Jesus é enviado de Deus, para a salvação e a vida eterna. Jesus é o único salvador e mediador para a vida.

Terça-feira, 27 de abril, “João 10, 22-30”: As afirmações de Jesus, mesmo num período de descrenças e conflitos, vem confirmar que a sua verdade não passa como tantas outras, mas garante que a Sua Palavra é a força do alto. O fato de sermos ovelhas de Cristo, indica que pertencemos a Ele e que nada poderá nos desviar desta certeza. Aos que seguem o Pastor lhes será dada a vida eterna. O Pastor conhece as suas ovelhas e dá a vida por elas.

Quarta-feira, 28 de abril, “João 12, 44-50”
: Este Evangelho mostra a riqueza e o poder libertador da Palavra de Jesus. A Palavra de Jesus é luz. Jesus provoca fé e contradições. Para o incrédulo, a escuridão. A palavra de Jesus à Deus é unidade real. Não se pode aceitar uma e rejeitar outra. A Palavra de Jesus é a Palavra de Deus.

Quinta-feira, 29 de abril, “João 13, 16-20”: Aqui dois ensinamentos: o servo não é maior que o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou. Jesus é o mestre e os discípulos não podem estar acima Dele ou fingir um caminho que não seja o que Ele ensinou. O caminho que Ele nos envia é o da fraternidade e do serviço. Visto no seu exemplo no “lava pés”. É a relação entre a vida e a fé. Se a Eucaristia é sinal da presença de Jesus, também o próximo é. As obras precisam ser a manifestação da fé.

Sexta-feira, 30 de abril, “João 14, 1-6”: Há necessidade de acreditar em Jesus. Somente assim se pode entender que sua partida é para o bem dos discípulos. Jesus é o único caminho para o Pai, e é tudo de que o homem necessita para a salvação.

Sábado, 01 de maio, “Mateus 13, 54-58”: Os contemporâneos de Jesus conhecem a sua família, mas não entendem como o filho de um carpinteiro e de uma mulher simples, pode ter tanta sabedoria e poder de ensinar com autoridade e realizar milagres. Como resposta, Jesus cita um antigo provérbio sobre o profeta desprezado em sua pátria.

Para refletir: Qual a importância de Jesus e suas palavras para a nossa vida?

Pergunta da semana: Quem disse: “Senhor, não sabemos para onde vais?”.

Responda certo e ganhe uma Bíblia Ave Maria e o livro “Louvemos o Senhor 2009”, enviando a sua resposta até a próxima sexta-feira, dia 07/05/2010, para o e-mail: paula_vts@hotmail.com com o nome completo, endereço, telefone e e-mail (se tiver).

Reposta da semana passada: “João 6, 52-59”.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

São Filipe e São Tiago, Apóstolos - Comemoração festiva

Filipe, apóstolo – Século I, comemoração festiva neste dia, juntamente com Tiago (menor).

Filipe, era natural de Betsaida. Após ter recebido o chamado para ser apóstolo, levou Natanael até Cristo: “João 1,43-49”.

Quando alguns gregos quiseram ver Jesus, pediram sua intercessão: “João 12,21-22”.

Na última ceia, suplicou a Cristo: “João 14,8-9”. É possível que Filipe tenha pregado o Evangelho na Frígia e que tenha morrido, martirizado ou não, em Hierápolis, cidade que reinvidica abrigar, seu túmulo e de suas filhas.

Algumas vezes Filipe, o apóstolo, é identificado como Filipe, o diácono, cujo nome apareça frequentemente nos Atos dos Apóstolos, mas tal concepção parece ser errada.

Tiago (menor), apóstolo. Morreu em Jerusalém no ano de 62 (?). Festejado juntamente com São Filipe.

Filho de Alfeu, é citado nos Evangehos entre os doze apóstolos de Cristo. Algumas vezes é tido como o mesmo Tiago, “o irmão do Senhor”, muitas vezes citado no Novo Testamento.

Tal identificação é correta, mas deixam sobre ela muitas dúvidas, como: foi realmente Tiago (menor) que presidiu a comunidade cristã em Jerusalém e lá foi martirizado?

O historiador judeu, seu contemporâneo, Josefo, diz que o bispo Tiago foi morto a pedradas. Um século depois, um judeu convertido, Hegesipo, afirma que Tiago foi primeiramente colocado na torre do Templo e de lá tentou dissuadir o povo da crença em Cristo. Suas palavras tiveram efeito contrário, e ele foi atirado da torre, apedrejado e espancado até a morte.

A Epístola de São Tiago, no Novo Testamento, é comumente atribuída a Tiago (maior), “o irmão do Senhor”.

São Filipe e São Tiago (menor), inspira-nos na caminhada!

Prece do Trabalhador

Jesus, divino operário e amigo dos operários, olha com bondade para o mundo do trabalho.

Apresentamos-te as necessidades de todos aqueles que trabalham nos diversos setores da atividade humana.

Sabes como a nossa vida é dura, cheia de cansaços, sofrimentos e perigos.

Também a nós dirige tuas palavras de piedade: “Tenho compaixão deste povo”.

Conforta-nos, pelos méritos e intercessão de São José, modelo dos trabalhadores.

Dá-nos sabedoria, força, amor, que nos sustentem nas jornadas de trabalho.

Inspira-nos pensamentos de fé, de paz, de moderação, de economia, e faze que busquemos não só o pão cotidiano, mas também as riquezas do espírito e da felicidade eterna.

Livra-nos daqueles que procuram roubar-nos o dom da fé e a confiaça na tua providência.

Livra-nos dos exploradores, que desconhecem os direitos e a dignidade da pessoa humana.

Que as leis sociais se inspirem no teu Evangelho e as diferentes classes sociais colaborem sinceramente entre si, a fim de que a caridade e a justiça sejam respeitadas.

Liberta todos os homens do ódio, da violência e da injustiça e ensina-lhes o mandamento do amor.

Que todos sigam o magistério da Igreja capaz de dar ao mundo uma doutrina social justa e humana, que assegure aos trabalhadores sua promoção pessoal e social e a posse do reino dos céus, herança dos pobres.

Amém.

O Homem que sabia rezar

Certo dia, o diabo deu um giro pelo mundo, queria ver como os homens rezavam.

Foi rápido o seu passeio de investigação, porque a maioria já se desacostumara de rezar, e relacionar-se com Deus.

E os poucos que ainda rezavam, faziam-no tão mal que arrancavam bocejos do Pai eterno.

Já regressando para a casa, viu um camponês que gesticulava furiosamente, em seu pequeno roçado.

Curioso e intrigado, o demônio escondeu-se atrás de um arbusto, e ficou observando.

O camponês birgava com Deus, aos gritos, fazendo censuras, dizendo injúrias, soltando afrontas.

O demônio esfregava as mãos, de contente.

Súbito, um padre surgiu na estrada. Apavorado com a cena do camponês gritando com Deus, lá veio o sermão:

- Bom dia, meu filho. Que modos são estes? Você não saber, por acaso, que é pecado insultar a bondade do Criador? Curioso e estranho, esse seu modo de comunicar-se com nosso Pai.

A resposta brotou de imediato, muito diáfana e despojada:

- Claro, padre. Se brigo com Deus é porque creio Nele. Se o censuro, é porque Lhe quero bem. Se grito,é porque sei que Ele me escuta.

- Devo estar delirando – repetiu consigo mesmo o padre, enquanto se afastava.

O demônio, por sua vez, ficou muito alarmado e se arrancou, feito um foguete de fpgp. Descobrira um homem que sabia rezar.

Reflexão:

Mesmo brigando é possível amar.

Mesmo gritando é possível relacionar-se.

O bem-querer de nosso vale-de-lágrimas jamais está isento de espinhos.

Um pouco estranho, tudo isso, esse jeito de amar, de proceder, de se relacionar. Mas é nossa marca registrada na terra dos egoísmos, no planeta das limitações.

Não raro brigamos.

Exatamente porque é grande nosso bem querer aos outros do nosso lado: aquele jovem, aquela criança, aquele homem, aquela mulher.

Pessoas que a gente considera como algo sagrado e não como objeto qualquer.

O timbre da voz, alterado, no fundo não é desamor. Não chega a ser crime ou castigo, é apenas bem querer amarrotado mas sem veneno maior.

Gritamos, num gesto amigo, naquele jeito meio criança de quem, medroso, assustado, porejando insegurança, treme e receia perder. Apenas isso.

Nada mais: amor mal embalado um pouco ruidoso demais, mas existem coração que orem em suaves preces.

Existem pais e filhos que se comunicam maravilhosamente. Existem almas vitoriosas já nos últimos degraus da intimidade com Deus.

A oração é a respiração da alma. Todo desejo de que Deus venha até nós já é oração.

Há uma oração interior que nunca se cala: teu desejo.

Se tu queres orar sem cessar, não cesses nunca de DESEJAR.