sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Por que rezar?


A grande dificuldade em rezar pode surgir no momento em que pedimos e não somos atendidos. É quando, por meio de nossas orações, entramos em uma negociação com Deus. Então, pedimos e não obtemos resposta. Deus parece permanecer insensível, surdo-mudo, ausente. Será que tem tanta coisa para fazer, que esquece de nós?

É possível que estejamos usando uma forma mecânica de rezar, corriqueira. Talvez em nossa mente fabriquemos um Deus carrancudo, de quem temos medo que nos castigue e não nos deixe ir para o céu.

Será que essa é a forma correta de rezar? Será que rezar é mudar de Deus?

Deus é perfeito, tudo criou, tudo sabe. Deus é misericordioso e não podemos fazer nossas orações como se estivéssemos entregando algo a um desconhecido.

Deus está muito próximo de nós. Ele está em nossos corações, em nossa vida, em nosso irmão. Se não conseguimos encontra-lo é porque, talvez, estejamos buscando um Deus intocável, um Deus distante. Lancemo-nos aos braços do Pai. Façamos nossa oração com amor, alegria, espírito de comunhão. Deixemos que ele guie nossos dias, nossos olhares, gestos e palavras. Abramos nosso coração para que ele entre!

A oração, assim, promoverá mudanças em nosso pensar e agir. Deus deseja a nossa felicidade, o nosso bem, a nossa união. Muitas vezes, porém, individualizamos esse Deus e o fazemos “o meu Deus”, através da “minha” oração, da “minha” confissão, da “minha” Eucaristia, buscando a “minha” satisfação individual.

Se permitirmos, Deus nos curará, não em troca da nossa oração, mas porque seu amor misericordioso é infinito. A oração verdadeira e sincera nasce da nossa fraqueza. Não tenhamos medo de falar dela para Deus, pois Ele conhece a nossa pequenez, mas espera que aceitemos a sua paternidade adotiva. A oração nos liga a Deus.


Elieder da Sônia
Equipe Nossa Senhora da Esperança – Setor G
Porto Alegre - RS


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