Família: Dom e compromisso, esperança da humanidade

A família onde nascemos é um dos maiores dons que Deus dá a cada um de nós.

É lá na família:

- Que começamos a nos tornar efetivamente pessoas;
- Que aprendemos a amar e ser amados;
- Que vamos nos humanizando.

Como é triste ver alguém cuja experiência familiar não foi saudável e amorosa. As marcas e as carências afetivas são difíceis de se apagar da memória.

O mundo materializado, marcado pelo individualismo e pelo desconhecimento dos verdadeiros valores, nos torna carentes de relações humanas profundas e duradouras, necessárias e indispensáveis à plena felicidade do ser humano.

Precisamos também trazer a esta reflexão quem, por qualquer que seja a razão, não conseguiu realizar o sonho familiar. Para que possamos perceber que, nestes tempos modernos, essa situação excepcional está virando regra comum, a ponto de deixar uma grande insegurança em quem se esforça para viver a comunhão familiar.

A Igreja insiste no compromisso de fidelidade dos cônjuges e uma relação fraterna com a sua família.

Os casais atualmente, não conseguem preservar a relação por longo tempo. Quase tudo que nos cerca virou descartável! E o próprio mundo nos dá a impressão que nos acha também, pessoas descartáveis.

Olhar a família como Dom de Deus, nos dá a esperança de ver, acima de todas essas situações, a verdadeira vocação da família.

A Igreja acredita que se algumas pessoas não conseguiram levar adiante o sonho familiar, não significa que ninguém mais vá consegui-lo. Nossa garantia, como cristãos, é Deus e não o mundo.

É gratificante e fortalecedor quando encontramos famílias que conseguem viver um amor, capaz de superar as provações e as dificuldades.

Nada de sair por aí buscando gente que não erra, não peca, nem sofre. Precisamos isto sim, valorizar tantos lares, que em meio a crises e sofrimentos, vão mostrando o amor de Deus agindo no coração de cada um.

Precisamos viver mais a fé, a esperança e a caridade.

Aproxima-se o Natal, tempo de reflexão sobre a nossa família!