segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Direitos e Deveres

A psicóloga Lídia Aratangy, autora do livro Pais Que Educam Filhos Que Educam Pais, responde a seis perguntas comuns entre pais com filhos adolescentes.


Como o pai deve estabelecer limites?
Não tente ser mais liberal do que sua emoção agüenta, só para parecer moderno, nem mais restritivo do que sai convicção diz, só para parecer poderoso. Uma boa discussão com um adolescente ajuda a ter mais clareza dessas balizas. Mas lembre-se: discussão é uma via de mão dupla, ambos os interlocutores tem o direito de ser fazer entender.


Há pais que fumam maconha com os filhos. Isso é saudável?
Pai é pai, filho é filho e amigo é amigo. Às vezes há uma certa sobreposição do papel do pai e o do amigo. O pai que resolver ser o melhor amigo do filho vai deixar o filho sem pai e sem melhor amigo.


Como agir com um filho que não cumpre com as obrigações?
Tem de ter conseqüências diretas e verdadeiras. Se o jovem perde aulas porque fica dormindo em vez de ir à escola, tem de estar sujeito às sanções da escola. Mas dificilmente os pais têm coragem de deixar o filho enfrentar o resultado das escolhas malfeitas. Em geral, preferem procurar uma escola mais fraca para o filho que tirou notas baixas porque foi para a balada em vez de estudar para a prova.


O consumo de álcool pelos adolescentes deve ser tolerado?
Esse consumo é nefasto. O pior é que vem aumentando, porque os pais são mais benevolentes com os porres do que com o uso de maconha. Usada com moderação, a bebida pode dar sabor a uma refeição ou fazer parte de uma comemoração Mas só dentro de certos limites ela faz bem.


Até onde devem ir os limites?
Até onde os filhos puderem arcar com os resultados de suas escolhas. Engravidar a namorada tem conseqüências. Ele pode arcar com eles sem ajuda dos pais? Não. Então essa liberdade ele não deve ter. Quer pintar o cabelo de verde e responde pelas conseqüências? Sim. Então, que pinte. Não se pode dar a mesma importância a tudo.


Dormir com a (o) namorada (o) na casa dos pais deve ser permitido?
Se essa situação for vivida com naturalidade por todos os envolvidos, tudo bem. Mas, muitas vezes, os pais não se sentem à vontade com a presença de um estranho no quarto ao lado. Ou preferem não ter de encontrar, no café da manhã, alguém com quem não tem intimidade. Cada família deve ter clareza dos limites do confortável.



Palavra de fé: “Pois Deus quis honrar os pais pelos filhos, e cuidadosamente fortaleceu a autoridade da mãe sobre eles”. (Eclesiástico 3,3)

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