quinta-feira, 3 de setembro de 2009

O flagelo das drogas - Desestabilização da família


Cada vez mais, as drogas invadem os nossos lares causando danos de gravíssimo impacto, desestabilizando emocionalmente todos os valores e expectativas das famílias.

É uma triste e infeliz realidade na nossa sociedade, pois nunca imaginamos que o problema existente na família dos outros um dia pode entrar pela nossa porta. E quando sentimos a desconfiança ou a confirmação de que o nosso filho já se viciou, aí bate o desespero, um sentimento de perda de rumo e a pergunta dramática: “O que fazer?”

Por tudo que lemos, ouvimos por médicos, psicólogos, psicoterapeutas em programas específicos para ajuda à família de jovens viciados, sugerimos:

Controle o desespero, não admita o sentimento de culpa ou vergonha;
Não brigue com o dependente, mas sim, o ouça. Demonstre carinho, solidariedade e apoio para vencer o problema. E com energia, exija comprometimento por parte do usuário. Mesmo que o seu coração se derreta por dentro, quando estiver frente a frente com o paciente demonstre firmeza;
Não abandone suas atividades sociais e espirituais, pois serão de grande importância para se descobrir os verdadeiros amigos que querem lhe ajudar;
Não esconda o seu problema. Seja altivo. Não permita situações de constrangimento aos familiares e principalmente contra o dependente;
Avise as famílias dos amigos do seu filho sobre o problema que você vive, pois quem sabe algum ou alguns desses amigos já possam estar envolvidos em drogas e a família não sabe. Isso é ser cristão. Isso é ser responsável e amigo;
Tente, carinhosa e pacientemente, convencer o seu filho a submeter-se a um tratamento, como forma de orientação e apoio;
Caso ele resista, procure seus amigos (não usuários de drogas ou a namorada, caso tenha) e de maneira reservada, peça-lhes que tentem convencê-lo sobre fazer um tratamento. Obs.: Ouvindo recentemente na Rádio Jovem Pan um programa chamado “Pela vida, contra a droga”, uma mãe de dependente testemunhou essa atitude que deu certo para o caso do seu filho.
Para os pais, recomendo buscar aconselhamento e apoio com pessoas equilibradas e de sua confiança. Pode ser o Padre ou Pastor de sua preferência. Se possível procure também um médico, psicólogo ou psicoterapeuta;
Aos pais, no caso do filho aceitar o tratamento, recomendo muita atenção quanto à movimentação de traficantes ou passadores de drogas próximo dele. E caso desconfie, comunique à Polícia. Trata-se de uma atitude de defesa ao seu filho e de muitos outros jovens;
Com amor, carinho e muita paciência, pais e filhos podem vencer essa batalha. Por outro lado, nos lares onde a relação pai e filho não está respaldada em sentimentos amorosos - e ao contrário, predominar o desamor - o problema torna-se dramático e sem boas perspectivas.

Boa Notícia: Lí nos jornais que o Ministério da Justiça vai incluir na PRONASCI, um programa de treinamento de policiais, com noções sobre a Lei de Drogas, que distingue o consumidor do traficante. E assim, evitar o que acontece hoje: prende-se o usuário e deixa-se livre o traficante.


No livro do Dr. Oswald Moraes e Andrade – “Os jovens devem saber tudo sobre os tóxicos”, encontramos anormalidades na conduta dos jovens que podem indicar se eles estão usando drogas ou se já estão viciados:

- é comum os dependentes usarem camisas de mangas compridas para esconderem marcas de picadas;
- ferimentos no nariz, coriza nasal, etc.

O Dr. Oswald também nos apresenta os dez mandamentos da atenção familiar, para se descobrir o possível e dramático problema:

Mudança brusca de conduta do adolescente;
Insônia rebelde (ele próprio se queixa ou os familiares observam);
Irritabilidade sem motivo aparente (por qualquer coisinha surge a explosão nervosa);
Inquietação motora, que faz com que o jovem não tenha paciência para acompanhar seus familiares nas horas das refeições. Mostra-se impaciente, inquieto, irritadiço, agressivo e violento;
Depressão, estados de angústias sem motivo aparente;
Queda do aproveitamento escolar ou desistência brusca dos estudos;
Isolamento. O adolescente recusa-se a sair do quarto, evitando qualquer contato com amigos e familiares;
Mudanças de hábitos. O jovem passa a dormir de dia e fica acordado a noite, ouvindo seus discos com o máximo de volume, pouco se importando se está ou não molestando os outros. Encontro de comprimidos, seringas ou cigarros estranhos entre os pertences do adolescente;
Desaparecimento, em casa, de objetos de valor e mesmo dinheiro. O jovem precisa de dinheiro cada vez mais, a fim de pagar o traficante para aquisição do produto que lhe determinou a dependência;
Más companhias. Às vezes os companheiros são os iniciadores dos adolescentes no mundo do vício.


Queridos pais, fé em Deus. Unem-se no firme propósito de protegerem e salvarem seus filhos. Os filhos são patrimônio de Deus e os pais, os depositários dessa graça.

Ninguém chega a pai ou mãe sem antes ser filho. De mãos dadas, como família poderosa, vamos vencer o dragão (as drogas).

Além do programa da Jovem Pan – “Pela vida, contra as drogas” na Internet e visitando escolas, faculdades, Paróquias e Comunidades, há também um belíssimo programa, especificamente, para orientação das famílias com dependentes (todo tipo de dependência), na Rádio Nove de Julho, aos sábados, no horário das 8 horas com o Frei Estevão, intitulado: “Falando de Esperança e Vida”.

Há também um Grupo de Apoio, chamado PROAD, no Hospital São Paulo, para ajudar os familiares e dependentes através de médicos, psicólogos, psiquiatras e orientadores especializados.

Vamos à luta, tudo pela vida!

“O segredo da existência humana consiste não só em viver, mas ainda em encontrar um motivo de viver”. (Dostoievski)

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