A espiritualidade de leigos e leigas é, antes de tudo, o
“caminhas com Jesus” nas estradas da vida, no vigor do Espírito Santo rumo ao
Pai, construindo o seu reino, o paraíso. Os discípulos e as discípulas de hoje
são como os discípulos de Emaús: pessoas que caminham desalentadas, mas que ao
encontrarem um desconhecido que as acompanha, faz arder-lhes o coração enquanto
lhes fala da Palavra de Deus e da missão de Jesus Cristo, pedindo que permaneça
com eles; finalmente o reconhecem no gesto de partir o pão: “Lucas 24,29-33” , leia e medite. Depois
deste reconhecimento, voltam para anunciar aos outros: “Aquele que morreu
ressuscitou... está vivo!”.
Hoje, como naquele tempo, as pessoas que se sentem
chamadas ao seguimento de Jesus, entram na caminhada para experimentar sua
presença e permanecer unidas a Ele, aos seis ensinamentos e ao seu amor: “João
15,1-15” ,
este é um verdadeiro poema de amor por nós. Daí, partir determinado para
anunciá-lo ao mundo. O Espírito Santo ensina-nos como segui-lo e desperte em
nós uma espiritualidade mais integrada em todas as dimensões humanas: união
comunitária, afetividade, emoção, racionalidade, criatividade e sociabilidade.
Os discípulos de Emaús caminharam com Jesus,
experimentaram sua presença, aprenderam o sentido da cruz e regressaram à
comunidade animados e encorajados. Encontro com Jesus é a experiência do
mistério que nos envolve e aquece os corações, que seduz e encanta as pessoas,
proporcionando um novo sentido às nossas vidas. O amor e o encantamento por
Jesus leva-nos a viver a compaixão, a solidariedade e a fazer partilha fraterna
entre os irmãos.
Entre os elementos da espiritualidade que todo cristão
deve assumir destaca-se a oração, que lhe permitirá reconhecer a Deus em cada
instante e em todas as coisas; de contemplá-lo em cada pessoa, de procurar
cumprir a sua vontade.
A espiritualidade não afasta da vida cotidiana. Leigos e
leigas devem buscar a santidade dentro de suas próprias condições de vida. É o
que ensina o Concílio Vaticano II: “Todos os fiéis santificar-se-ão dia a dia,
sempre mais, nas diversas condições de sua vida, nas suas ocupações e
circunstâncias, e precisamente através de todas essas coisas, desde que as
recebam com fé das mãos do Pai celeste, e cooperem com a vontade divina,
manifestando a todos, no próprio serviço temporal, a caridade com que Deus amou
o mundo”.
A convivência familiar e o primeiro espaço para viver essa
espiritualidade, numa atitude de abertura ao Pai e aos irmãos. A experiência da
família nesta espiritualidade será diferente e possibilitará um diálogo e
participação de todos os membros, criando um clima mais amoroso e afetuoso.
A espiritualidade no seguimento de Jesus, vivificada
gestos concretos de caridade e fidelidade, impressiona e inspira a vida e a
prática de muitos cristãos e cristãs.
Palavra de fé: “Meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador”. (Lucas 1,47)
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