Os judeus
honraram o vínculo do matrimônio por ter sido instituído por Deus: “Gênese
2,23-24” ,
e porque estava contido nos Mandamentos: “Êxodo 20,14.17”, e na Lei: “Levítico 20,10” . No entanto, o
matrimônio, na antiga Lei, não era sacramento e não há no Antigo Testamento
menção de alguma cerimônia religiosa em conexão com ele.
Nos tempos
primitivos parece ter sido a cerimônia de casamento pouco mais de que um
compromisso de palavra, um contrato oral, exemplo: “Gênese 24,63-67” .
Com o decorrer
dos tempos, foi dada maior importância ao ato de levar a noiva para a casa do
noivo e à festa das bodas, que parece ter adquirido um caráter ritual. Vejam
em: “Juízes 14,1-20” ;
e também: “Macabeus 18,1-30” ,
mas devia um irmãos tomar a esposa de seu irmão falecido caso este tivesse
morrido sem deixar descendência para que o primeiro filho dela nascido levasse
o nome do defunto: “Deuteronômio 25,5-10” . Caso não restasse irmão vivo, o parente
mais próximo devia tornar a responsabilidade de: “Rute 3,12; 4,4-10” . É a Lei de “levirato”,
cuja execução se tornava mais fácil e mesmo possível por ser permitida a
poligamia desde os tempos patriarcas: “Gênese 4,19; 16,3; 26,34; 28,9; 30,3-5” ; e na Lei Mosaica, vejam:
“Êxodo 21,9-10” ,
embora não fosse encorajada, exemplo: “Levítico 18,18” e “Deuteronômio 17,17” . Os nobres e
especialmente os reis tinham muitas mulheres e concubinas: “2 Samuel 3,2-5” ; “1 Reis 11,3” , apesar das prescrições
contrárias das leis.
Muitos dos
grandes patriarcas só se casaram uma vez (Adão, Noé, Isaac), e as constantes
referências dos profetas aos casamentos como sendo símbolo da união entre Deus
e o seu povo deveria lembrar os judeus o ideal da unidade no matrimônio. O
divórcio era permitido em certas circunstâncias: “Deuteronômio 24,1” , mediante a
apresentação de “carta de divórcio” ou de “repúdio”: “Isaias 50,1” e “Jeremias 3,8” .
Palavra de fé: “Guarde-se
também o rei de multiplicar suas mulheres, para que não suceda que seu coração
se desvie (de Deus). Tampouco ajuntará ele grande quantidade da prata e ouro”.
(Deuteronômio 17,17)
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