Meu tio que é
evangélico me fez esta pergunta e eu respondi da seguinte maneira: “Acho que é
um bonito costume esperar uma pessoa amadurecer e, só depois de madura, levá-lo
a comprometer-se com Jesus, como fazem vocês. Mas também não acho errado, e até
vejo como sinal de uma grande confiança de Deus, o costume que temos de batizar
uma criança, introduzindo-a desde pequena na Igreja”.
Esses dias um
casal de nossa Comunidade tocou neste assunto. Eles também achavam que não se
deviam batizar crianças. Gostei da resposta do Padre. Disse ele:
“Primeiro – Jesus
foi circuncidado quando criança e imagino que só não foi batizado porque no seu
tempo de criança não havia batismo; apenas circuncisão. Segundo – apontar o fato
de que Jesus se batizou adulto não é válido, pois foi só no seu tempo de adulto
que se começou a administrar o batismo, primeiro através de João e depois
através dos discípulos do próprio Jesus. Terceiro – temos um sacramento chamado
confirmação. Ora, na idade da opção, o jovem ou adulto pode servir-se dessa
opção. A Igreja, portanto, dá ao cristão a oportunidade de aprofundar ou
renovar os sacramentos que recebeu na infância”.
Para mim faz
sentido e acho que é válido continuar batizando crianças. Além disso, trata-se
de um costume histórico que tem sua razão de ser. Não vejo razão para privar
nossas crianças deste sacramento fundamental para a Igreja. Se Jesus foi
apresentado ao templo e circuncidado quando criança, por que negar a nossas
crianças o Batismo? Além disso, Jesus nunca disse que os apóstolos batizaram só
adultos. Não está em nenhum lugar da Bíblia que ele tenha dito tal coisa. Acho
que aquele que disse: “Deixai vir a mim as criancinhas”, não iria objetar este
costume. Ou iria?
Pe Zezinho, SCJ, do livro: Rebeldes e Inquietos.
Palavra de fé: “Fomos,
pois, sepultados com ele na sua morte pelo batismo para que como Cristo
ressurgiu dos mortos pela glória do Pai, assim nós também vivamos uma vida
nova”. (Romanos 6,4)
Nenhum comentário:
Postar um comentário