quarta-feira, 18 de julho de 2012

Movimento Ecumênico moderno




Após o movimento ecumênico moderno foi concebido no seio de entidades e igrejas protestantes. O século XIX foi muito importante para países protestantes que se transformaram em potências econômicas e políticas mundiais. Isso levou muitas igrejas evangélicas desses países a enviarem missionários e missionárias a grandes
regiões não cristãs do mundo, como a Ásia, a África e as ilhas do Oceano Pacífico.
As divisões na religião cristã: católicos, protestantes, evangélicos deixou um saldo de grandes perdas na unidade, nos ensinamentos religiosos, na propagação da fé, afinal, quem estava com a verdade? O cristianismo, que sempre pregou a unidade, o Deus único, sofreu muito com a divisão. As conseqüências dessas perdas foram vividas na pele e no coração pelos enviados em missão para proclamar a mensagem cristã. Sentiram a dor de numa mesma cidade ou aldeia descobrirem pessoas de igrejas cristãs diferentes fazendo o anúncio da mesma fé, do mesmo batismo, do mesmo Deus Trino, mas de testemunho dividido. Sentiram logo que algo não estava certo, era como se tivessem perdido o mapa do caminho.
Essa experiência religiosa sensibilizou muitas igrejas evangélicas da Europa e dos Estados Unidos a refazerem o caminho, reaproximando-se cada vez mais umas das outras, inaugurando o grande retorno dos filhos pródigos. O novo caminho havia sido encontrado.
Das várias iniciativas, encontros, debates, discussões, tentativas, algumas tiveram êxito, outras foram esquecidas, embora todas elas tenham contribuído de uma forma ou de outra, para o fortalecimento do projeto de unidade.
A certeza de que algo novo estava acontecendo e necessitava de continuidade se manifestou nas várias reuniões internacionais. Os encontros vinham se disseminando, ganhando força, mesmo com oposições e confrontos, pois, era um fato que, nos campos missionários, os que eram enviados por organizações distantes para proclamar a mensagem cristã tornavam rapidamente consciência de que a maneira competitiva e setorial de realizar a evangelização era um escândalo.
Esses encontros foram importantes para preparar o terreno “para se realizar a Conferência Missionária Mundial, que teve lugar em Edimburgo, em 1910, onde surgiu e se desenvolveu uma das correntes mais fecundas que ajudaram o desenvolvimento do movimento ecumênico neste século”.
A exemplo da Europa e da América Latina, também no Brasil o impulso ecumênico veio das igrejas protestantes.
A Igreja Católica Romana, passado um período de resistência, acolheu com simpatia o esforço de reconciliação feito pelas igrejas ortodoxas orientais e protestantes. No Concílio Vaticano II (1962-1965) a Igreja Católica passa a reconhecer os valores que fazem parte nas demais igrejas cristãs. Afinal, é o próprio Jesus Cristo que nos pede, mostra o caminho e dá o exemplo; cabe a nós, cristãos e crentes em Deus segui-lo: “João 17,21”.

Solange Depieri de Souza, Presidente do Movimento Ecumenismo de Maringá.

Palavra de fé: “Quem pode dizer: Purifiquei meu coração do meu pecado estou puro”? (Provérbios 20,9)

Nenhum comentário:

Postar um comentário