terça-feira, 24 de abril de 2012

Podemos abraças pessoas leprosas?





Em muitos países da Ásia e da África, ainda hoje as pessoas leprosas são discriminadas pela população. Há lugares em que são presas em campos de confinamento, isolados por cercas de arame.
Num desses campos, entrou Raoul Follereau, o grande amigo e protetor dos leprosos. Ele sabia que a lepra é pouco contagiante.
O diretor do estabelecimento acompanhou Raoul e sua esposa pelo campo. Uma leprosa chamada Stella foi-lhe apresentada como sendo um caso muito interessante. Raoul estendeu-lhe a mão. Mas rapidamente, Stella escondeu suas mãos atrás das costas. “É proibido!”, disse ela.
O diretor ficou envergonhado, mas Raoul disse: “Também é proibido abraças leprosos?”. Embaraçado, o diretor respondeu: “Este caso não está previsto em nossos regulamentos”. “Portanto é permitido”, disse Raoul. E, ternamente, abraçou a mulher doente.
Vendo aquilo, todos os leprosos quiseram abraçá-lo. E Raoul Follereau repetia a todos: “Eu não sou médico, não posso curá-los. Só posso amá-los, pois vocês também são filhos e filhas de Deus”.
Raoul viajou mais de um milhão de quilômetros para visitar leprosos de todo o mundo e para ajudá-los. Sozinho, porém, sem sua mulher, não teria conseguido.
Por ocasião de suas bodas de ouro, disse: “A maior felicidade de minha vida é minha mulher. Nunca viajei sem ela. Minha mulher acompanhou-me em todos os campos de leprosos. Se eu fosse sozinho, os leprosos teriam dito: “Aí vem um funcionário, um curioso ou um intrometido!”. Não, eles viam sempre chegar um casal com as mãos estendidas. Minha mulher logo se interessava pelas crianças. As mães sorriam e os maridos, quando viam suas mulheres sorrindo, também se aproximavam.
“Devemos amar o próximo porque ele é também humano e filho de Deus!”.

Do livro: Aprendendo com a vida, Pierre Lefévre.


Palavra de fé: “Eis que, um leproso aproximou-se e prostou-se diante Dele dizendo: “Senhor, se queres, podes curar-me”. Jesus estendeu a mão, tocou-o e disse: “Eu quero, sê curado”. No mesmo instante, a lepra desapareceu”. (Mateus 8,2-3)

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