Em muitos países
da Ásia e da África, ainda hoje as pessoas leprosas são discriminadas pela população.
Há lugares em que são presas em campos de confinamento, isolados por cercas de
arame.
Num desses
campos, entrou Raoul Follereau, o grande amigo e protetor dos leprosos. Ele
sabia que a lepra é pouco contagiante.
O diretor do
estabelecimento acompanhou Raoul e sua esposa pelo campo. Uma leprosa chamada
Stella foi-lhe apresentada como sendo um caso muito interessante. Raoul
estendeu-lhe a mão. Mas rapidamente, Stella escondeu suas mãos atrás das
costas. “É proibido!”, disse ela.
O diretor ficou
envergonhado, mas Raoul disse: “Também é proibido abraças leprosos?”.
Embaraçado, o diretor respondeu: “Este caso não está previsto em nossos
regulamentos”. “Portanto é permitido”, disse Raoul. E, ternamente, abraçou a
mulher doente.
Vendo aquilo,
todos os leprosos quiseram abraçá-lo. E Raoul Follereau repetia a todos: “Eu
não sou médico, não posso curá-los. Só posso amá-los, pois vocês também são
filhos e filhas de Deus”.
Raoul viajou mais
de um milhão de quilômetros para visitar leprosos de todo o mundo e para
ajudá-los. Sozinho, porém, sem sua mulher, não teria conseguido.
Por ocasião de
suas bodas de ouro, disse: “A maior felicidade de minha vida é minha mulher.
Nunca viajei sem ela. Minha mulher acompanhou-me em todos os campos de
leprosos. Se eu fosse sozinho, os leprosos teriam dito: “Aí vem um funcionário,
um curioso ou um intrometido!”. Não, eles viam sempre chegar um casal com as
mãos estendidas. Minha mulher logo se interessava pelas crianças. As mães
sorriam e os maridos, quando viam suas mulheres sorrindo, também se
aproximavam.
“Devemos amar o
próximo porque ele é também humano e filho de Deus!”.
Do livro: Aprendendo
com a vida, Pierre Lefévre.
Palavra de fé: “Eis que, um leproso aproximou-se e prostou-se
diante Dele dizendo: “Senhor, se queres, podes curar-me”. Jesus estendeu a mão,
tocou-o e disse: “Eu quero, sê curado”. No mesmo instante, a lepra
desapareceu”. (Mateus 8,2-3)
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