segunda-feira, 9 de abril de 2012

O livre arbítrio é também necessário. O querer e o poder nas boas obras.




Evitando que alguém conclua que o ser humano nada pode fazer por sua vontade livre, o Salmo 94/95,8, nos diz: “Não endureçais os vossos corações”. E o próprio Ezequiel aconselha: “Ezequiel 18,31-32”, leia e confira!


Lembremo-nos do que Ele diz: "Convertei-vos e vivei ao que dizemos: Restaura-nos, ó Deus". (Salmo 79/80 e Salmo 84/85,5)

Lembremo-nos que Ele diz: “Lançai para longe de vós todas as vossas prevaricações (más ações, pecados, etc); pois é ele que justifica o ímpio (incrédulo, sem fé, herege, etc). Lembremo-nos de que aquele diz: “Fazei-vos um coração novo e um espírito novo”, também diz: “Dar-vos-ei um coração novo e porei um novo Espírito no meio de vós”. Como pode dizer: “Fazei-vos” o mesmo que diz: “Dar-vos-ei”? Por que manda, se ele vai outorgar (conceder)? Por que dá, se o homem há de fazer? Não será porque ele dá o que manda, visto que ajuda a fazer o que manda?

A nossa vontade é sempre livre, mas não é sempre boa. Ou é livre da justiça, quando se sujeita ao pecado, e então e má, ou é livre do pecado quando serve à justiça, e nesse caso é boa. A graça de Deus, porém, é sempre bia e faz com que tenha boa vontade quem antes tinha má. Com seu auxílio, a vontade que começou a ser boa, cresce em tanta bondade que chega a cumprir os mandamentos divinos que quiser, quando o desejas com decisão. Vem a propósito: “Eclesiástico 15,16”, comprove!

Aquele que quiser e não puder, reconheça que ainda não quer plenamente, e assim reze para ter boa vontade suficiente para cumprir os mandamentos. Desse modo, recebe ajuda para fazer o preceituado (os ensinamentos, mandamentos). É útil o querer, quando podemos; é útil o poder quando queremos. O que adianta querermos o que não podemos ou não querermos o que podemos?

Do livro: A Graça II, de Santo Agostinho.


Palavra de fé: “Um único homem sensato fará povoar a pátria, enquanto que um país de mais torna-se-á um deserto”. (Eclesiástico 16,5)

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