quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Superstição é pecado?

Pecado é um ato de escolha, feito livremente e por egoísmo.

Quem pratica a superstição, levado por egoísmo, sabendo que não deve fazê-lo, peca. Quem a pratica porque aprendeu daquele jeito e não é católico, provavelmente está bem com Deus, pois não estará mentindo nem a si mesmo nem a Deus. Superstição é o erro de a gente atribuir a coisas, pessoas e práticas o poder que não possuem e buscar nessas coisas, pessoas ou práticas uma solução que só pode vir de Deus.

Por exemplo: superstição é a gente achar que precisa se benzer três vezes diante de uma estátua; virar uma imagem de costas para conseguir um favor; ir a praia e tomar banho, depois vir andando de ré e de frente para o mar, para conseguir um favor. Ou ainda, colocar três pedrinhas de sal no fogo para que uma visita importuna vá embora.

Há tantas superstições no mundo que até dá tristeza ver. Medo de assombração, uso errado de água benta, ramos de arruda nas orelhas, horóscopo, biorritmo, uso errado de velas, de imagens, de orações, corpo fechado e coisas desse tipo. Tudo isso é uma teimosia em dar mais valor às coisas do que à Palavra e a Ação de Deus.

Quem se diz católico e amigo de Jesus e fica dando valor excessivo à vela, à imagem, à água benta e a orações mágicas está errado. Estas coisas podem ser úteis e a Igreja até permite algumas delas, mas não para a gente se desviar de Jesus e sim para chegar mais perto Dele e confiar mais ainda na sua bondade.

Eu, por exemplo, acho errado acender vela para espantar mau olhado. Acho certo acender vela para louvar a Deus. E só. Deixar vela brilhando, enquanto oramos, como um símbolo de nosso amor por Deus, eu acho certo, porque o símbolo tem lá sua razão de ser em nossa vida. Não carregamos alianças, brincos e pequenos símbolos de amor? Então, por que não tê-los diante de Deus?

Contudo, acender vela, porque se a gente acender dez velas ganha uma graça; isto é superstição e é errado. Parece muito mais comércio e barganha do que fé. Tudo depende da intenção correta que a gente tem ao fazer uso de um objeto. Se a gente der a um objeto um valor de barganha, é superstição. Deus não faz negócios com a gente. Ou dá porque precisamos, ou porque Ele quer dar, ou não dá; mas comerciante Deus não é.

Estas correntes de São Judas, de Santo Antônio e outras que a gente recebe por carta e não mandar adiante, interrompendo a corrente, vai perder um filho ou coisa desse tipo, é ignorância e uma crueldade. Acho isso uma verdadeira tolice. Eu, rasgo estas cartas ou as levo ao vigário que em geral rasga na hora. E eu acredito é na bondade de Deus e não nas ameaças de gente que não tem mais o que inventar e por isso, fica pondo medo nas pessoas simples.





Palavra de fé: “Os que confiam no Senhor são como o Monte Sião, eternamente firme”. (Salmo 124/125,1)

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