domingo, 26 de fevereiro de 2012

Pedofilia: saber lidar com o problema


A pedofilia é um transtorno de personalidade que pode causar graves problemas. É preciso saber lidar com casos assim, para evitar males maiores.


A palavra pedofilia significa uma tendência a se abusar sexualmente de crianças. Suas causas são psíquicas, a pedofilia não vem do fato de as pessoas serem homossexuais ou heterossexuais, casadas ou celibatárias. É um transtorno de personalidade. Esse termo é usado para mencionar comportamentos indesejáveis que escapam em grande parte ao controle das pessoas. O mal da pedofilia inclui sempre uma violência moral, ao violar a inocência da criança, causando-lhe traumas para a vida. Pode-se tornar também violência física, inclusive estupro e morte.

As práticas da pedofilia aumentaram em nossa sociedade. Sabe-se de grupos pedófilos que agem pela internet. Ocorrem também abusos de crianças dentro da família, entre parentes e às vezes até envolvendo os próprios pais. As pessoas que carregam essa tendência buscam instintivamente modos de agir e de esconder seus atos.

A ética diante da pedofilia começa pela própria pessoa que tem a tendência. Ao percebê-la, seu dever moral é de procurar ajuda e assumir medidas para superar o problema. Esta é a sua grande responsabilidade.

Quem está de fora e vê indícios ou mesmo fatos, tem também uma grande responsabilidade, exatamente porque se trata de defender as crianças. Quando se tem apenas indícios, é preciso proceder com cautela para não manchar o bom nome das pessoas com suspeitas apressadas. Mas assim mesmo é preciso agir, no mínimo quem possa ajudar a esclarecer. Quando existem provas, a atuação pode ser mais declarada. Deve-se levar o problema a autoridades competentes. Os Conselhos Tutelares nestes casos podem ajudar muito e estão ao alcance popular.

A pedofilia entre o clero apareceu na mídia internacional com grande destaque por motivos diversos. Primeiro porque se descobriram vários fatos, o que não era de se esperar, pela credibilidade da Igreja. Houve também uma exploração dos fatos por parte de quem queria ganhar dinheiro com os processos, ou então simplesmente desacreditar a Igreja. A maioria dos casos vem de várias décadas passadas; e foi se verificando que mais de dois terços das acusações não tinham consistência.

Mas os casos comprovados constituem sim um grave escândalo. O foco do problema não é o celibato dos padres, mas o fato de se ter acobertado esses comportamentos. Assim, temos que aprender também dentro da Igreja a lidar com transparência na defesa das crianças diante de abusos sexuais, venham de quem vierem. É preciso tratar esses problemas com misericórdia e com responsabilidade civil. Na Igreja a nossa credibilidade não se perde por termos erros, mas se garante pela abertura que temos em reconhecê-los e corrigi-los com decisão.


Palavra de fé: “A loucura de um homem o leva a um mau caminho; é contra o Senhor que seu coração se irrita”. (Provérbios 19,3)

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