Mensagem para as catequistas
A missão principal dos catequistas na preparação das crianças, para a Primeira Eucaristia, deve ser a de criar um sentimento amoroso e de admiração com Jesus Cristo ressuscitado.
Devem os catequistas falar de Jesus com ternura e admiração para criar nas crianças uma afeição por Jesus, um amigo especial, seu Salvador, seu Mestre. Conseguindo o catequista criar esta relação de amizade viva e profunda, terá por certo colocado um forte alicerce de toda a vida cristã e de toda a visa eucarística. Esse íntimo encontro das crianças com Jesus vivo e ressuscitado, é a “evangelização fundamental”.
Será possível uma criança “apaixonar-se” por Jesus Cristo, se ela se apaixona pela Xuxa, Turma da Mônica e outros personagens de revista e programas de TV? Por que não se apaixona por Jesus e sua história contada por um catequista inspirado pela fé e objetivando tocar o coração de uma criança?
É necessário oferecer aos catequistas uma formação e atualização nas formas e na motivação de catequese para envolver as crianças ao redor de Jesus.
Vejamos, por exemplo, a catequese das crianças na Igreja Batista. É uma catequese firme e bem ordenada onde as crianças se encontram com Jesus. Uma das causas dessa firmeza é que as famílias caminham juntas. E nós, católicos, por que não conseguimos?
Em primeiro lugar, talvez, pelo fato dos pais das nossas crianças não as acompanharem. A maioria chega na Igreja só, ou quem sabe, temos que admitir deficiências na formação das catequistas, na objetividade motivacional das crianças e na linguagem de nossa evangelização, tendo em vista as carências familiares das crianças.
Fé e razão devem ser a motivação e o sentimento de união das catequistas e o Padre, principalmente, para encurtar os caminhos entre Jesus e as crianças.
Leia e medite: “Lamentações 4,4b”. E ainda: “Mateus 19,13-15”. Este deve ser o verdadeiro sentimento de um catequista.
Aprofundar no coração da criança, com simplicidade, a importância, o valor da caminhada e o significado da Palavra.
Comunhão significa “comunicação profunda” entre duas pessoas ou ainda “união comum profunda” de dois corações que se acolhem mutuamente o de Jesus e o das crianças para viver uma vida de felicidade, amor e esperança.
Na Comunhão Eucarística a criança “comunga Jesus” e Ele também comunga a criança. A perfeita comunhão é quando os dois corações se completam, sendo que Jesus, nesta relação, se entrega completamente.
O catequista que se entrega amorosamente a catequese também se aprofunda mais e mais na aceitação de Jesus, do Seu Evangelho, dos Seus sacramentos, de Sua Igreja e de todos os irmãos na fé.
A principal causa da falta de perseverança das crianças, após a Primeira Eucaristia, bem como dos jovens após o crisma, está na fragilidade do primeiro contato com Jesus e a Sua história, que é um Jesus vivo que deveria inspirar uma relação profunda de alegria, felicidade, benção e proteção entre Jesus e o catequizando.
Várias são as formas de comunhão com Jesus e todas elas devem ser reveladas às crianças, para melhor conhecerem o sentido da Comunhão Eucarística.
- Comunhão no coração: realmente Jesus está presente no coração da criança batizada, como num sacrário vivo e consagrado pela unção do óleo santo, no dia do batismo: “1 Corintios 3,16”? Confira! Cabe aos pais e aos catequistas revelar essa maravilha às crianças e educá-las a abrir cada vez mais esse templo pra Jesus habitar e agir em suas vidas (como nas nossas). Ensinar a oração espontânea com Jesus como exercício da fé. Isso é Comunhão!
- No Sacrário: falar-lhes que em verdade Jesus está ali presente. É importante esse exercício da catequista levar as crianças bem pertinho do sacrário de Jesus e ensina-las a falar com Ele – oração espontânea e direta da criança para Jesus. Esse contato é uma comunhão não sacramental, mas mística, espiritual, que toca as crianças e também os catequistas.
- Comunhão fraterna: proclame sempre no início de cada aula: “Mateus 18, 19-20”. Verifique que aqui Jesus se apresenta e passa a fazer parte do grupo, necessitando apenas da voz de ternura e generosidade do catequista para interagir nas crianças. Estimular a resposta, após a leitura desse trecho no Evangelho: “Amém”. “Ele está no meio de nós”, resposta que se repete três vezes na Santa Missa. Aqui, mesmo sem Sacrário, Ele se faz presente na Comunidade reunida em seu nome. Apresentar-lhes o Jesus vivo, motivando-os a darem as mãos um ao outro e também ao catequista, formando um círculo. E então, o catequista proclama: “Eis Cristo Jesus aqui”. Todos nós unidos pelo Espírito Santo: “mãos dadas – sinal de união”. Em seguida, o catequista solta a mão direita da mão esquerda da criança próxima (os outros continuam de mãos dadas) e proclama apresentando sua mão solta: “eis a mão direita de Jesus!”. E apontando para a criança à sua direita com sua mão solta, também proclama: “Eis a mão esquerda de Jesus!”.
Quando unidos, de mãos dadas com os irmãos, vivificamos o próprio Jesus. Lembrem-se do que Ele disso no Evangelho!
O catequista deve exortar e manifestar este exercício com convicção e fé para tocar o coração da criança e ser tocado também no sei apostolado catequético.
Lembrem-se sempre: “Levemos Jesus para dentro do coração das crianças, antes que entre o mal”. (São Pio X – O Papa que decidiu sobre a Santa Eucaristia)
Palavra de fé: “Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. O ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanece na videira. Assim também vós: não podeis tampouco dar frutos, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira; vós os ramos”. (João 15, 4-5a)
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