sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Sacramento: Unção dos Enfermos


1. Reflexões Teológicas:

As dores e as enfermidades afligem a vida de todos e são os maiores problemas que angustiam toda a humanidade. Apesar dos avanços da ciência e a tecnologia a serviço da medicina para atenuar e curar muitas doenças, não conseguem sanar os males pela raiz. O povo fica muito distante de bom atendimento, principalmente os menos favorecidos.

Para os que tem fé, enfrentar o mistério da dor e da morte, transforma-se num ato de coragem e esperança, e pela palavra de Jesus Cristo, a confiança e a coragem para supera-las. A solidariedade da comunidade para com os doentes é a força de Cristo em ação.

Os Evangelhos atestam o quanto o próprio Senhor se empenhou em cuidar corporal e espiritualmente dos doentes. Assim, aquele que obedece gravemente necessita de assistência especial dos irmãos e da graça de Deus para enfrentar a sua situação.

Por isso, da comunidade a solidariedade de amor de Cristo e fortalecimento com o Sacramento da Unção dos Enfermos, poderoso auxílio. Lembrem: “Tiago 5,14-15”.

Este Sacramento dá ao enfermo a graça do Espírito Santo. Proporciona também, em caso de necessidade, o perdão dos pecados e a consumação da reconciliação cristã.

Dificuldades encontradas:

Muitos fiéis ficam sem estes sacramentos: reconciliação, eucaristia e unção dos enfermos, por causa de idéias distorcidas.

Os fiéis, em geral, têm uma idéia distorcida sobre o sacramento da Unção dos Enfermos, quase sempre o associam à idéia de morte. E até por vezes a visita do sacerdote ao enfermo assusta e traumatiza.

Muitas famílias não aceitam a doença como um fato natural e uma realidade a ser assumida com simplicidade e, por isso, isolam ao máximo seus doentes do convívio social, o que acaba por dificultar a ação pastoral tanto do sacerdote quanto da comunidade. Descobrir os doentes nas famílias, muitas vezes, torna-se um desafio.

A própria formação dos sacerdotes quanto à importância evangélica e ao valor humano das pastorais dos doentes deixa a desejar.

Em geral, a assistência espiritual dos enfermos é protelada até a última hora, quando pouco ou nada se pode fazer.

Faltam serviços organizados de pastoral. Poucas pessoas nas Paróquias se interessam por essa pastoral, por sequer uma ação externa a Paróquia, ou seja, ninguém vê. Por outro lado, as pastorais internas na Paróquia, todos disputam para aparecer.

Há no entanto sinais de esperança, como a tentativa de criar ministério não ordenado dos doentes.

A formação e a organização prática dos agentes da pastoral de saúde e dos doentes está longe de ser ideal.
Orientações pastorais:

Necessidade de preparação da Comunidade:

Ao cuidar dos doentes, a Igreja imita e serve Cristo.

A Comunidade deve organizar-se para tal tarefa: Exemplos nas parábolas: “Vai e também tu faze o mesmo”.

O próprio Cristo considera feito a Si próprio todo e qualquer gesto de caridade para com o doente: “Estive enfermo e me visitaste”.

O padre é o principal animador desta pastoral. Compete a ele conscientizar os fiéis das exigências evangélicas e humanas desta pastoral. Animando-os a assumi-lo com espírito de fé e caridade fraterna.

Formação de equipe:

Devem ser pessoas sensíveis e dispostas. Equilibradas e de fácil relacionamento humano. Principalmente pessoas de fé e gosto pelo apostolado junto aos doentes. Ter alguma disponibilidade de tempo para a ação.

O número de pessoas depende das necessidades na Comunidade. Aconselha-se para cada par de agentes (ou dupla como os discípulos), ter de 3 a 5 doentes, ao seu encargo e que, na medida do possível, sejam os mais próximos da sua residência. Para dar-lhes uma boa assistência, sobretudo nos casos mais graves.

Convém que o padre escolha, por indicação dos voluntários, um coordenador e um substituto para planejar a ação pastoral e estabelecer uma reunião mensal para avaliar o atendimento aos doentes.

As visitas aos doentes, se possível duas vezes por semana, tem por finalidade animá-los na fé, confortá-los na caridade e atendê-los nas necessidades espirituais.

A visita aos doentes pelo sacerdote torna-se oportunidade para aproximar os fiéis da Comunidade cristã. A própria visita dos agentes leigos, quando bem orientada, assume grande eficácia para o crescimento da vida comunitária. Muitas vezes, junto ao doente crônico, brota a semente de uma comunidade cristã, que bem cultivada, traz bons frutos.

Contem conosco para ajudar e fornecer subsídios para formar uma pastoral ativa.


Próxima semana: Matrimônio.

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