Na imensa maioria
dos casos a resposta é sim. Na sinusite crônica, o tratamento pode ser
cirúrgico.
O aumento dos casos de resfriados e gripes nos dias mais
frios e secos típicos do inverno traz como consequência a maior ocorrência de sinusites
– inflamação dos seios ou cavidades paranasais (conhecidos como seios da face).
Congestão e dor facial, sensação de mal-estar e fadiga são os sintomas mais
comuns.
Resfriados que se prolongam por mais de 10 dias com
permanência dos sintomas ou que estavam melhorando, mas voltam a piorar depois
do quinto dia, devem servir de alerta para que se busque uma avaliação médica.
Esses sinais podem indicar sinusite aguda bacteriana, cujo tratamento é
basicamente clínico, com soro fisiológico e sprays nasais, analgésicos para
melhorar a dor e, eventualmente, anti-inflamatórios e/ou antibióticos.
Se os sintomas persistirem por mais de oito semanas, a
doença pode se tornar crônica. Além disso, há a sinusite crônica relacionada a
fatores como o desvio do septo, formação de pólipos e degeneração da mucosa,
que obstruem as vias nasais, impedindo que a secreção seja adequadamente
drenada. Além de prejudicar a qualidade de vida, o problema pode levar a
complicações mais graves, como a meningite pneumocócica e a celulite
periorbitária, processo infeccioso na região dos olhos.
Nas sinusites crônicas, a terapia clínica, com corticóides
tópicos, sistêmicos e antialérgicos, pode apresentar resposta em alguns
pacientes. Mas na maioria dos casos a conduta cirúrgica para remoção do fator
obstrutivo é a única alternativa para promover a melhora e reduzir a
possibilidade de recidivas. No Brasil, a sinuplastia endoscópica é a mais
adotada nos grandes centros urbanos, embora em regiões menos desenvolvidas
ainda seja empregada a técnica aberta.
Apesar de ser feita com anestesia geral, a cirurgia
endoscópica permite que a maioria dos pacientes tenha alta no mesmo dia. Mesmo
quando não é possível a total remoção do fator obstrutivo, o indivíduo tem sua
qualidade de vida substancialmente melhorada. No entanto, recidivas podem
ocorrer, principalmente nas sinusites causadas por fungos ou por novas
formações de pólipos.
De qualquer forma, a crença popular de que sinusite não
tem cura está longe de ser verdade. Tratamentos existem e, ainda que em poucos
casos o problema não possa ser totalmente revertido, os benefícios para o
paciente são muito expressivos. Acreditar no mito de que não há cura é
resignar-se a conviver com a sinusite e seus sintomas e com o risco de doenças
ainda mais graves.
Fonte: www.einstein.br
Palavra de fé: “Não há riqueza maior que a
saúde do corpo; não há prazer que se iguale a alegria do coração”.
(Eclesiástico 30,16)
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