quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Sinusite tem cura?



Na imensa maioria dos casos a resposta é sim. Na sinusite crônica, o tratamento pode ser cirúrgico.

O aumento dos casos de resfriados e gripes nos dias mais frios e secos típicos do inverno traz como consequência a maior ocorrência de sinusites – inflamação dos seios ou cavidades paranasais (conhecidos como seios da face). Congestão e dor facial, sensação de mal-estar e fadiga são os sintomas mais comuns.

Resfriados que se prolongam por mais de 10 dias com permanência dos sintomas ou que estavam melhorando, mas voltam a piorar depois do quinto dia, devem servir de alerta para que se busque uma avaliação médica. Esses sinais podem indicar sinusite aguda bacteriana, cujo tratamento é basicamente clínico, com soro fisiológico e sprays nasais, analgésicos para melhorar a dor e, eventualmente, anti-inflamatórios e/ou antibióticos.

Se os sintomas persistirem por mais de oito semanas, a doença pode se tornar crônica. Além disso, há a sinusite crônica relacionada a fatores como o desvio do septo, formação de pólipos e degeneração da mucosa, que obstruem as vias nasais, impedindo que a secreção seja adequadamente drenada. Além de prejudicar a qualidade de vida, o problema pode levar a complicações mais graves, como a meningite pneumocócica e a celulite periorbitária, processo infeccioso na região dos olhos.

Nas sinusites crônicas, a terapia clínica, com corticóides tópicos, sistêmicos e antialérgicos, pode apresentar resposta em alguns pacientes. Mas na maioria dos casos a conduta cirúrgica para remoção do fator obstrutivo é a única alternativa para promover a melhora e reduzir a possibilidade de recidivas. No Brasil, a sinuplastia endoscópica é a mais adotada nos grandes centros urbanos, embora em regiões menos desenvolvidas ainda seja empregada a técnica aberta.

Apesar de ser feita com anestesia geral, a cirurgia endoscópica permite que a maioria dos pacientes tenha alta no mesmo dia. Mesmo quando não é possível a total remoção do fator obstrutivo, o indivíduo tem sua qualidade de vida substancialmente melhorada. No entanto, recidivas podem ocorrer, principalmente nas sinusites causadas por fungos ou por novas formações de pólipos.

De qualquer forma, a crença popular de que sinusite não tem cura está longe de ser verdade. Tratamentos existem e, ainda que em poucos casos o problema não possa ser totalmente revertido, os benefícios para o paciente são muito expressivos. Acreditar no mito de que não há cura é resignar-se a conviver com a sinusite e seus sintomas e com o risco de doenças ainda mais graves.




Palavra de fé: “Não há riqueza maior que a saúde do corpo; não há prazer que se iguale a alegria do coração”. (Eclesiástico 30,16)

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