O grande objetivo
da missão, como já vimos, é fazer com que os homens se tornem discípulos, isto
é, seguidores de Cristo. E, de acordo com o mandato do próprio Cristo (cf. MT
29,19), para que isso aconteça são necessárias três etapas essenciais:
Primeira: partir
(“Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos”);
Segunda: batizar
(“batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”);
Terceira: ensinar
(“e ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei”).
Para fazer com
que a mensagem e a salvação de Cristo alcancem todos os homens e mulheres, é
preciso partir. O missionário ou a missionária devem ir ao encontro das pessoas
e, como já vimos anteriormente, o “partir” significa deixar a própria terra,
quando se fizer necessário, mas é preciso, antes de tudo, deixar o próprio eu,
sair de si para abrir-se ao outro, ao mundo.
A segunda
exigência da missão é o batismo. Este representa o nascimento do discípulo para
a vida nova em Cristo. O batismo, de fato, é um sacramento de iniciação, pois
introduz o batizado em um universo novo, de criatura ele passa a ser filho de
Deus, passa a fazer parte da comunidade cristã. De fato, ao ser batizado, o
discípulo realiza a plena comunhão com Cristo e é incorporado à Igreja,
tornando-se partícipe da sua missão. Ao ser regenerado pelas águas do batismo,
o discípulo pode repetir com Cristo: “O Espírito do Senhor está sobre mim,
porque ele me ungiu para evangelizar os pobres...” (Lc 4,18). Jesus, ao ser
batizado por João Batista, no rio Jordão, inicia a sua vida pública, inaugura a
sua missão; do mesmo modo, o discípulo, ao receber o batismo e ser ungido pelo
Espírito Santo, é capacitado para anunciar o evangelho e continuar a missão de
Cristo.
A última etapa
deste processo é ensinar. O evangelho deve ser ensinado para que seja observado
e encarnado, de modo que não haja separação entre a palavra e a ação.
O ensinamento
ajuda a conhecer o Mestre, e conhecendo o Mestre, o discípulo vai aos poucos
configurando sua vida à dele, seguindo seus passos, esforçando-se para também
se tornar evangelho vivente. “Os discípulos de Jesus, em qualquer tempo e
lugar, devem reescrever o evangelho com a sua própria vida, de tal forma que
neles se reconheça que Deus continua a sua obra de salvação no mundo”.
(Diretrizes gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil – 1995/98, n. 71)
Marlete Lacerda, missionária da Imaculada – Padre
Kolbe.
Palavra de fé: “Ide
por todo o caminho e pregai o Evangelho a toda a criatura”. (Marcos 16,15)
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