quinta-feira, 16 de junho de 2011

Jesus não impõe

Fazia parte do jeito de ser de Jesus a expressão “se queres”. Propôs ao moço rico uma vida mais perfeita, se ele quisesse, respondeu afirmativamente ao leproso que lhe propunha que, se ele desejasse, o curaria, procurou saber dos Doze em dúvida se não queriam ir embora.

Perguntou ao paralítico, na piscina, se aspirava à cura. Não consta que tivesse forçado o centurião romano a se converter, nem a Cananéia nem a samaritana. Jesus tinha outras ovelhas que não eram do seu rebanho e as respeitava.

A pessoa não precisava ser do seu grupo para operar e, nome dele, desde que fosse sincera. Foi o que ele disse aos discípulos quando estes proibiram alguém que não era do grupo de expulsar demônios em nome de Jesus.

Jesus sabia respeitar a escolha das pessoas, não foi nem nunca seria sectário. Soube dialogar com fariseus, escribas, mulheres de má reputação, com a samaritana, cuja vida não era um modelo de virtudes, com Zaqueu, o coletor de impostos, e com gente contrária que não fazia parte do seu povo.

Jesus não saiu por aí ameaçando com o inferno a quem não aderisse a ele. Só foi duro com pessoas mal-intencionadas. Veio para aqueles de boa vontade e respeitou o jeito de ser das pessoas que não o seguiam. Não temos provas de que Nicodemos ou José de Arimatéia tenham se tornado cristãos.

Jesus teve pena do moço rico, mas não o condenou por sua escolha. E não amaldiçoou aqueles que o deixaram. Foi misericordioso inclusive com Judas, que planejava traí-lo. Jesus era um pregador que não impunha a sua fé. Oferecia-a com um sereno “se queres”. Quem não quisesse, ou não pudesse, era amado do mesmo jeito.

Há uma diferença enorme entre Jesus e alguns pregadores modernos que chegam a ofender quem discorda, não adere e não ora do jeito deles. O cristão de verdade é diferente. É fraterno com todos, mesmo com aqueles que não pensam nem vivem como ele.

Vale a pena ouvir Jesus. Seu Evangelho é forte, mas sereno. De fanático, Jesus não tem nada. Alguns de seus seguidores precisam aprender também isso. Jesus era ecumênico e respeitava os outros. Eles é que não conseguem nem desejam!




Palavra de fé: “Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e me abrir à porta, entrarei em sua casa e cearemos, eu com ele e ele comigo”. (Apocalipse 3,20)

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