Também chamado de sacramento da maturidade na fé. É o sinal da plenitude do Espírito que foi dado aos Apóstolos e a Igreja. A confirmação da promessa de Jesus: “João 14,16”.
Em 15 de agosto de 1971, o Papa João Paulo VI, no documento chamado: “A participação da natureza divina” (DCN), aprova, a pedido do Concílio do Vaticanos II, um novo rito da Crisma.
A partir do novo rito da Crisma, se pode celebrar o que se crê e crer no que se celebra, conforme o antigo princípio da liturgia: a maneira de crer determina a maneira de rezar e a maneira de rezar determina a maneira de crer.
Este sacramento tem dois nomes de uso corrente: confirmação e crisma.
Confirmação com sentido de concluir, completar. Isto numa referência ao batismo – confirmação do batismo.
A palavra Crisma vem do grego “Chrisma”, que indica o óleo, isto é, aquilo que se unge. Indica o próprio fato de ungir a unção, o gesto ritual pelo qual é realizado o sacramento que dá o Espírito Santo.
O Espírito Santo, no batismo, é dado como vida. Na Crisma, é dado como força. Esta força é dada aos crismandos principalmente com a finalidade de os tomar capazes de viver em plenitude com o Evangelho e nos tornar Apóstolos e pregadores da Palavra de Deus.
No batismo, o Espírito Santo é dado como sendo a vida de Deus, a fim de arrancar a todos da morte e do pecado e introduzir em sua comunhão e comunidade divinas.
Assim, o batismo é um novo nascimento, a partir do Espírito Santo, como Jesus ensinou a Nicodemos: “João 3,1-8”.
Na crisma, o Espírito Santo é dado como força de Deus: “Ato dos Apóstolos 1,8”.
O Espírito Santo foi dado como força aos apóstolos, a fim de que estes fossem fortes com a força do próprio Deus, e, assim, tivessem a capacidade e a coragem de viver o Evangelho e dar testemunho, ao mundo, do Cristo crucificado: “Mateus 10,17-20” e também “Lucas 12,12”.
Assim se exprime o Concílio Vaticano II: “Os leigos, inseridos pelo batismo no corpo místico de Cristo e pela confirmação na força do Espírito Santo, recebem do próprio Senhor, a delegação para o apostolado”.
Cristo também foi assistido pelo Espírito Santo em seu apostolado:
No batismo: “Marcos 1,10” e “João 1,32”.
Quando anunciamos a salvação ao povo de Nazaré, deu a entender que era a Ele, Jesus, que se referia o “oráculo de Jesus”: “Lucas 4,17-21”.
Cristo também garantiu aos apóstolos o envio do Espírito Santo: “Lucas 12,12”.
Também na véspera da sua paixão: “João 15,26”.
E que ficasse eternamente: “João 14,16”.
Depois da sua ressurreição, a confirmação e a missão: “Ato dos Apóstolos 1,3” e “Lucas 24,49”.
As duas imposições das mãos: no rito da crisma, existem duas imposições das mãos:
1ª. Com as duas mãos durante a oração, antes da unção;
2ª. Com uma das mãos, que o bispo faz no momento em que unge a fronte do crismando.
Unção com óleo da crisma: é o gesto ritual que, juntamente com o da imposição da mão é essencial no rito.
As palavras essenciais: no momento em que impõe a mão na cabeça do crismando e unge a fronte com o óleo da crisma. São as seguintes:
“Nome do crismando, recebe por este sinal o dom do Espírito Santo”, inspiradas em “Ato dos Apóstolos 2,38”.
A íntima relação entre batismo, crisma e eucaristia chamamos de “Sacramentos da iniciação cristã”.
Assemelha-se ao desenvolver da vida humana natural. Com efeito: renascidos no batismo, fortalecidos na crisma e alimentados ou nutridos na eucaristia.
Transformação em apóstolos: é o sacramento do apostolado leigo. Jesus ungido para a sua missão messiânica e o cristão ungido para a sua missão no mundo. E ser testemunhos de Cristo.
Os pais: sua participação ao longo da preparação e no dia da celebração de suma importância para o crismando e para Deus.
O vigário (Padre): é o responsável imediato pela comunidade a que pertencem os crismandos. Por isso, cabe-lhe que:
- oriente a liturgia da crisma;
- apresente os crismandos, seus pais e padrinhos, ao bispo e à comunidade;
- estenda as mãos sobre os crismandos durante a oração dos bispos.
A Comunidade: é o cenáculo eclesial que se reúne e une na oração para receber os novos apóstolos de Cristo, os crismandos.
Os padrinhos: são os representantes da comunidade. O padrinho conduzirá o crismando para receber o sacramento e o apresentará ao bispo para confirmar a segunda unção.
Qualidades necessárias do padrinho ou madrinha:
- ser suficientemente maduro para desempenhar esta função;
- pertença a Igreja Católica e já tenha recebido os três sacramentos de iniciação cristã;
- não tenha impedimento canônico para exercer a função ou missão do padrinho.
Orientações pastorais: A crisma requer uma boa preparação:
- a semente só produz se o terreno estiver preparado;
- o exemplo dos apóstolos é essencial na preparação;
- que seja uma ação concreta;
- respeite os carismas de cada um;
- apropriada às características do jovem;
- inserida na sua realidade;
- apoiada na fé e nas Palavras de Jesus;
- uma boa reflexão;
- definição de seu modo de ser na Igreja e no mundo;
- que seja uma decisão necessária.
Após a crisma: que haja cuidado de conservar os crismandos engajados na Comunidade Paroquial e atuantes.
Próximo sacramento: Reconciliação (Penitência ou Confissão).
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