quarta-feira, 6 de julho de 2011

Família em paz!

Cinco formas de lidar com um conflito...com os filhos

As discussões ocorrem porque cada um acredita que sua maneira de ver o mundo é a correta. E não poderia ser diferente, pois se você achasse que outra maneira seria a mais correta, certamente você a faria.

O que dá origem ao conflito é que, ao considerar a sua posição como modelo, como a única verdadeira, você acaba passando por cima dos outros e dizendo que eles estão errados e que precisam aprender o que é o certo, como você já sabe.

Às vezes, um simples desentendimento ou mal entendido, pode levar a conseqüências desastrosas.

Observe as formas ou situações de enfrentamento mais frequentemente adotadas e escolha uma que mais se pareça com você.

Forma ou situação 1:

Você chega em casa, seu filho vem gritando e ofendendo-o. Você diz para ele que não está ali para ouvir desaforo e que, na verdade, ele que é incapaz de fazer algo bem feito e, por isso, fica procurando alguém em quem jogar a culpa. E você aproveita o momento e, já que foi ofendido, ofende um pouco mais, porque, afinal, não foi você quem começou, não é mesmo?

Você sai dali, caminha pelo corredor e, ao passar pela sala, sua esposa o chama e diz: “Eu não pude evitar! Ouvi toda a discussão e acho que você pegou pesado demais com seu filho, hein!”. E você responde: “Falei, é pouco! Ele merecia ouvir muito mais! Onde é que já se viu falar comigo daquele jeito?”. (Você, o dono da verdade, não pode admitir que esteja também errado. E fica a pensar: - Errar, eu? Impossível!).

Forma ou situação 2:

Você chega em casa, seu filho vem gritando e ofendendo-o. Você diz para ele que não está ali para ouvir desaforo e que, na verdade, ele que é incapaz de fazer algo bem feito e, por isso, fica procurando alguém em quem jogar a culpa. E você aproveita o momento e, já que foi ofendido, ofende um pouco mais, porque, afinal, não foi você quem começou, não é mesmo?

Você sai dali, caminha pelo corredor e, ao passar pela sala, sua esposa o chama e diz: “Eu não pude evitar! Ouvi toda a discussão e acho que você pegou pesado demais com seu filho, hein!”. E você responde: “Você acha que eu fui muito duro? É que eu ando nervoso! Acho que exagerei na dose. (Bom, muito bom! Depois de você ser alertado por alguém, acabou por aceitar que também ultrapassou os limites. Parabéns, você está melhorando!).

Forma ou situação 3:

Você chega em casa, seu filho vem gritando e ofendendo-o. Você diz para ele que não está ali para ouvir desaforo e que, na verdade, ele que é incapaz de fazer algo bem feito e, por isso, fica procurando alguém em quem jogar a culpa. E você aproveita o momento e, já que foi ofendido, ofende um pouco mais, porque, afinal, não foi você quem começou, não é mesmo?

Você sai dali, caminha pelo corredor e, antes de passar pela sala, antes mesmo de alguém falar qualquer coisa, você diminui o passo, meneia a cabeça e diz para si mesmo: “Puxa! Eu pisei na bola de novo! Preciso aprender a me controlar. Não é fácil não! Mas não devo deixar meu sangue ferver! (Viva! Você nem precisou esperar alguém lhe falar! Sozinho, já se deu conta que também errou. Continue assim, está melhorando!)

Forma ou situação 4:

Você chega em casa, seu filho vem gritando e ofendendo-o. Você pede calma e diz que aquela não é uma boa maneira de resolver uma questão, e que você nem sabe porque ele está falando assim. Seu filho teima em continuar ofendendo-o. Então, você pede licença e sai dali. Lá fora você conta até dez, assobia uma bela canção, vai tomar um copo d´água, um chá ou café, ou ainda, faz uma oração ou usa qualquer técnica pessoal para voltar ao ponto de equilíbrio. Sentindo-se mais calmo e seguro, você volta até seu filho. Se ele continuar alterado, você diz que voltará mais tarde, mas daquele jeito não dá para conversar.

E, passando mais um tempo, você volta, pois é preciso entender o problema e encontrar uma solução para aquele mal entendido. Você deve voltar a falar com o seu filho sobre aquele assunto. Você quer entender o que se passa e estará buscando um jeito de solucionar aquele conflito, pois, conversando, é que se entende. (Que maravilha! Que bom seria se todos estivessem amadurecidos assim. O mundo seria uma beleza para se viver. E será, pode acreditar. Você está fazendo a sua parte, e só isso já é um bom começo).

Forma ou situação 5:

Você chega em casa, seu filho vem gritando e ofendendo-o. Você olha para ele serenamente, aproxima-se, lhe dá um abraço e diz: “O que foi que saiu do controle? Diga-me o que eu posso fazer para ajudar. Afinal, somos uma família e família é para todos os momentos, os bons e os nem tanto”. Você percebe que ele está precisando muito de você, e é nesta hora que você pratica a virtude da tolerância e da paciência, pois talvez seu filho esteja se sentindo acuado, sufocado e constrangido. (Parabéns, você praticou um ato de caridade, isto é, um gesto concreto de amor ao próximo e é exatamente para isso que toda a humanidade é chamada: amar, principalmente os que mais precisam).


Pronto. Depois de analisar as diferentes formas de lidar com o conflito, você já pode perceber com qual delas você mais se identifica.

Se for a forma ou situação 1, não há problema, você tem todas as chances de mudar. Daqui pra frente você só pode melhorar.

Se for a forma ou situação 5 (tomara que você já tinha atingido esse nível), então você tem mais é que comemorar. Sua missão está sendo cumprida.

Se estiver entre a 2 e a 4, então siga em frente e procure passar para o patamar seguinte, a 5. De degrau em degrau, você chega lá.

Alguém poderá dizer que não é correto proceder da forma ou situação 5, porque não é justo amar a quem ofendeu, mas vejamos:

Se você tem dois filhos e um deles adoece e uma imensa febre o acomete e ele, sofrendo, geme em seu leito, e um outro filho saudável dorme tranquilamente um sono repousante; diga sinceramente, em qual cabeceira você passará a noite?
É lógico que você se dirigirá à cama do filho doente, e o abraçará e segurará suas mãos, acariciará seus cabelos molhados de suor, fará longas orações.

Acaso você não ama aquele quanto este? Mas seu coração de pai se apieda daquele que sofre e a ele dirige todo o amor e atenção.

De forma semelhante, quem atingiu maturidade sabe que deve dirigir seu olhar amoroso, principalmente àqueles que estão mais arredios, mais distantes, mais rebeldes, pois eles estão doentes e essa é a forma que eles tem de chamar a atenção de gritar socorro, de pedir colo.

Ouça com a escuta secreta do seu próprio coração, o clamor do seu filho por seu amor. Ame mais, ame já. Seu filho precisa de você inteiro.




Palavra de fé: “Pais, não exaspereis vossos filhos. Pelo contrário, criai-vos na educação e doutrina do Senhor”. (Efésios 6,4)

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