terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Família: Lugar de diálogo

Sempre devemos fixar o nosso olhar na família de Nazaré para saber descobrir a beleza do estar juntos, caminhar juntos, especialmente encontrar momentos de Deus para dialogar e rezar. Teresa de Ávila era muito atenta; quando falava, ela dizia: “eu não gosto de afirmar, que é assim e assado, prefiro dizer ‘parece-me que é”’. Com ela tenho aprendido que toda afirmação dura é sempre uma expressão ditatorial que impede de viver a alegria da busca. Quem afirma está, às vezes, fechado ao amor e ao diálogo. A família é o lugar mais belo criado por Deus, onde deve existir espaço sagrado para parar e deixar fora os problemas que nos atacam, e ver as coisas não mais com os olhos do amor. Com este olhar do amor percebemos uma nova dimensão, a dimensão do diálogo. Por muito tempo eu jurava que sabia o que era o diálogo, mas hoje devo confessar que na maioria das vezes não dialogava, só monologava sozinho e a minha única tentativa era que o único que poderia ter a última palavra de São João da Cruz, místico experto no diálogo com Deus e com os outros: “É necessário esvaziar-se de si mesmo para poder se comunicar com Deus e, por conseguinte, com os outros”.

Quem não tem humildade de achar que não possui a verdade plena, dificilmente saberá dialogar. Do diálogo nasce a escuta, a oração. Na família, o marido deve escutar a esposa com amor, sem preconceito e nem barreira, para poder compreendê-la melhor. E a esposa deve ser capaz de oferecer o “ouvido do seu coração” para que as palavras e gestos do marido sejam compreendidos e amados. E os pais juntos necessitam se colocar numa atitude de escuta do grito, dos olhares, dos sofrimentos e das esperanças dos filhos que buscam novos caminhos na vida. E os filhos não podem se fechar ao que os pais dizem porque romperiam a harmonia, e a seiva do diálogo não chegaria a todos os membros do corpo.

Família não é pedra, nem casa, nem móveis, nem geladeira e nem TV, mas família é gente que interage na busca da verdade e do verdadeiro amor. Aprende a dialogar com Deus que entra em comunhão com o seu povo e diz: “escuta Israel!”. E com o ser humano que responde para Deus: “escuta Senhor a minha oração!”. Toda escuta nasce do amor e leva ao amor. A porta do diálogo nunca pode ser fechada, ela sempre deve estar aberta para todos e em todas as necessidades.

Família, lugar de escuta, não de domínio; de diálogo, não de imposição. Família nasce da presença do amor que leva a nunca buscar a própria satisfação, mas sim o projeto dos outros. Pare e escute... e só depois de muita reflexão responda e verá a vida nascer de novo e as flores da harmonia e da alegria presentes no jardim de sua família.





Palavra de fé: “Vós me ensinareis o caminho da vida, há abundância de alegria junto de vós, e delicias eternas à vossa direita”. (Salmo 15,11)

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Você sabia?

- Arco Íris: constitui o sinal (visível) da aliança concluída entre Deus e Noé, após o dilúvio. (Salmo 88/89, 38)

- Escabelo de teus pés: segundo o costume oriental, os reis vencedores pousavam os pés sobre a nuca dos vencidos. (Mateus 22,44)

- Sepulcros caiados: os judeus consideravam-se imundos ritualmente, quando tocavam num cadáver ou num túmulo. Para evitar tocá-los por distração, os túmulos eram pintados (branqueados) de cal.

- Trinta moedas de prata: preço de um escravo.

- Receber o Reino significa receber o Cristo, o Evangelho e a graça (Marcos 10,15) como uma criança.

- Raboni significa meu Mestre.

- Mina: moeda grega de quase meio quilo de prata (Lucas 19,13).

- Paráclito: palavra grega muitas vezes traduzida por consolador, mas significa realmente auxílio, sustentáculo, intercessor. O Espírito Santo cumprira a mesma missão de Jesus, que foi também de ser sustentáculo, advogado e intercessor.

- Calvário: esta palavra significa crânio.

- Tiago, que tem sobrenome de Menor, designado no Evangelho como “irmão do Senhor”, foi o primeiro bispo de Jerusalém (Ato dos Apóstolos).

- A montanha de Sião: referência à Igreja de Jesus Cristo.

- Dispersão: desde o cativeiro da Babilônia, os judeus estão dispersos pelo mundo (Tiago 1,1).

- Babilônia: termo de desprezo para referir-se à cidade de Roma.

- Germe divino: o mesmo que o Espírito Santo (1 João 3,9)

- Aleluia, isto é: louvai a Deus; alegria!


Palavra de fé: “Ouvi, pois, ó reis, e entendei: aprendei v[os que governais o universo”. (Sabedoria 6,1)

Qual é a relação entre nutrição e quedas em idosos?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define queda como “vir inadvertidamente ficar no solo ou em outro nível inferior, excluindo mudanças de posições intencionais para se apoiar em móveis, paredes ou outros objetos”.
Segundo os pesquisadores do assunto, aproximadamente 35% das pessoas com mais de 65 anos sofrem pelo menos uma queda por ano. E esse número chega a 42% em idosos acima de 70 anos. Em relatório gerado pela OMS, mais de um terço das pessoas idosas cai pelo menos uma vez ao ano. A queda em idosos pode gerar lesões graves (ex: fraturas e traumatismos cranianos) que causam muitas limitações físicas e psicológicas.
A queda em idosos é um problema de saúde pública e gera consequências que muitas vezes não podem ser revertidas. Por isso, é muito importante tentar minimizar os fatores de risco.

Alguns dos principais fatores de risco para quedas:
- Uso de múltiplos medicamentos;
- Falta de exercício físico;
- Perda de força muscular;
- Perda de equilíbrio;
- Idade;
- Algumas doenças crônicas (Mal de Parkinson, artrite e osteoporose);
- Escadas e pisos escorregadios;
- Iluminação insuficiente;
- Tapetes soltos;
- Uso de bebida alcoólica;
- Calçados inadequados;

O que a nutrição tem a ver com as quedas?
Na verdade essa é uma pergunta muito fácil de responder. Um dos fatores de risco, citado acima, para quedas é a perda de força muscular. Essa perda está intimamente ligada ao estado nutricional e ao consumo inadequado de energia, proteína, vitaminas (principalmente a vitamina D) e minerais (principalmente o cálcio) do idoso. Outro fator predisponente para a perda de força muscular é a falta de atividade física regular.
Por isso, a ingestão adequada de proteína, energia, vitaminas e minerais associada à prática de atividade física regular, são essenciais para a manutenção da força muscular e equilíbrio se tornando importantes aliados na prevenção de quedas em idosos.
Só para lembrar: a proteína (carne, frango, peixe ou ovos) deve estar inserida no mínimo nas duas principais refeições diárias (almoço e jantar). O cálcio e a vitamina D também devem ser consumidos diariamente. Se por algum motivo você não estiver conseguindo atingir as recomendações, consulte seu médico ou nutricionista, eles podem indicar a utilização de um suplemento nutricional que irá ajudá-lo a repor energia, proteína, vitaminas e minerais.

O que fazer para evitar as quedas:
- Praticar atividade física (contemplando exercícios de força e equilíbrio);
- Manter um peso saudável;
- Manter uma alimentação saudável;
- Não consumir álcool em excesso.

Fazer adaptações em casa (retirar ou prender tapetes, colocar barras de apoio no banheiro, não encerar o chão, utilizar calçados adequados, iluminação adequada, deixar as escadas mais seguras)
A mudança de comportamento para um estilo de vida mais saudável é o principal ingrediente para estimular o envelhecimento saudável e ativo e com isso evitar as quedas. Afinal, todos nós valorizamos a nossa independência e autonomia. Faça a sua parte para manter a sua.
Se você tiver dúvidas sobre a sua alimentação, consulte seu médico ou nutricionista. A prática de atividade física deve ser indicada e supervisionada, consulte o seu médico para saber que tipo de exercício você pode fazer.



Palavra de fé: “Se estiveres sentado a uma mesa bem abastecida, não comeces abrindo a boca”. (Eclesiástico 31,12).

Um livro, uma vida

Quando eu tinha doze anos, uma vizinha me emprestou o livro "Reinações de Narizinho", de Monteiro Lobato. Fazia parte de uma coleção encadernada em verde, que enfeitava as paredes da sala. Confesso, embora muita gente vá pensar que sou um dinossauro após o que vou dizer: na minha infância não existia computador pessoal. Nem celular. E, por incrível que pareça, na cidade do interior paulista onde morava não havia televisão! Só chegou depois que saí de lá! Não sou tão velho. No espaço da minha vida o mundo mudou radicalmente. Eu mesmo, hoje, tenho dificuldade em imaginar como era possível se virar antes da internet!
Devorei o livro. Ele me abriu as portas de um mundo novo e fascinante. Em seguida, li todos os volumes da coleção. Até hoje sou fã absoluto de "A Reforma da Natureza". Penso como a Emília: muita coisa poderia ser consertada! A centopeia, por exemplo! Para que tantas patas? Eu tenho só duas e me dou bem. Qual o objetivo de ter 100 pares? Se essa espécie usasse sapatos, já pensou o tamanho da despesa? Eu gostava tanto da Emília que adquiri parte de sua personalidade. Passei a questionar o que ouvia. Minha mãe quis descobrir o motivo da mudança. Leu Lobato. A partir daí reclamava:
— Ele era um menino tão bonzinho! Depois da Emília, tem resposta para tudo! Outros livros vieram.
Meus pais não eram letrados. Alguns professores me indicavam títulos. Outros, acabava pegando na biblioteca pública, por curiosidade. Sem saber do que se tratava. Viajei pelos grandes clássicos, e um me levou a outro. Inesquecível foi "Os Miseráveis", de Victor Hugo. Já assisti ao musical e a vários filmes inspirados na obra. Nenhum se iguala ao texto, lindíssimo. Até agora me emociono com a cena em que, diante dos policiais, o abade presenteia um castiçal de prata a Jean Valjean, que roubara o outro.
Jean Valjean, egresso da prisão, ia ser preso. Voltara a assaltar. Diante da palavra do abade, que afirma tê-lo presenteado, é solto novamente. E nesse instante descobre que pode ser um homem melhor. Até hoje eu digo a quem me conhece:
— Um gesto de generosidade transforma uma pessoa.
Soterrado sob os livros, decidi ser escritor. Meu pai suspirava.
— Mas como você vai sobreviver?
— Escrevendo!
Meu pai tinha muito medo. Mas corri atrás do meu sonho. E acho que valeu a pena!
Nunca me esqueci de uma afirmação de Lobato: para escrever bem é preciso ler muito. Disparei pela literatura nacional e internacional. Devorei inúmeros romances que hoje seriam considerados inadequados para minha idade. Quando ouço dizer que criança não pode ler isso, não pode assistir àquilo, lastimo a molecada de hoje. Meu horizonte ampliou-se por meio dos livros. Nenhum foi inadequado. Apenas o meu entendimento na época era um.
Mais tarde, reli vários títulos e minha compreensão foi outra. Todos contribuíram para minha formação. Recentemente, fiquei chocado ao ver um livro com um conto de Ignácio de Loyola Brandão, comprado pela Secretaria Estadual de Educação, ser vetado para escolares. Inclusive judicialmente. Eu li toda a obra de Jorge Amado quando era adolescente. Hummm... Não nego que, para um rapazinho em fase de crescimento, era o máximo. Mas me fazer mal? Nenhum título me fez! Mal faz a proibição.
Em certo Natal minha mãe me deu uma coleção lindamente encadernada. Os livros estavam repletos de fadas... nuas! Eu adorei. Ela passou o ano inteiro reclamando. E daí? Leio sem parar até hoje. Sempre me perguntam como me tornei escritor. Respondo:
— Quando menino, me apaixonei por Monteiro Lobato e resolvi seguir o mesmo caminho.
E sempre agradeço interiormente à amiga que me emprestou aquele primeiro livro. Um livro pode mudar uma vida. Eu mesmo sou a prova disso.


Palavra de fé: “Educa o teu filho, esforça-te por instruí-lo, para que te não desonre com sua vida vergonhosa”. (Eclesiástico 30,13)

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Viver e ser. A janela e o espelho.

Eis uma parábola judaica de uma grande sabedoria e que nos pode ajudar a viver e a ser. Lei:
“Um dia, um jovem muito rico foi encontrar-se com o Rabi (mestre) e pedir um conselho para orientar sua vida.
O bom homem levou-o para diante da janela e perguntou-lhe:
- Que vês através dos vidros?
Respondeu: - Vejo homens que vão e vêm, e um cego a pedir esmolas na rua.
Então, o Rabi estendeu-lhe um grande espelho e novamente perguntou-lhe:
- Olha neste espelho e dize-me agora o que vês.
- Vejo-me a mim mesmo - respondeu o jovem.
- E já que vês os outros!
Repara que a janela e o espelho são ambos feitos da mesma matéria prima, o vidro, mas o espelho, porque há uma camada de prata colada ao vidro, não vês nele mais do que tua pessoa, enquanto que através do vidro transparente da janela vês os outros.
Deves comparar-te a estas duas espécies de vidro. Pobre, vias os outros e tinhas compaixão deles. Coberto de prata, rico, não vês senão a ti mesmo. Só valerás alguma coisa, concluiu o Rabi, quando tiveres a coragem de arrancar o revestimento de prata que tapa os teus olhos e o coração para poderes de novo ver e amar os outros”.

Oremos:
Senhor e Pai, quanta sabedoria na sabedoria de alguns homens. Somente dos homens simples. Quebre, ó Pai, a prata que suporta o vidro de nossa vida, para que, pobres, possamos ver os outros e sermos felizes. Jogue a pedra de sua Palavra no espelho de nossa existência, que nos impede de olhar os outros, e nos leva a contemplarmos só o nosso rosto e nos fecharmos e nos enclausurarmos e perdermos o rumo da conquista da felicidade e da alegria. Abra o nosso coração e dilate a nossa verdade. Amém.


Palavra de fé: “Aquele que pratica a verdade, vem para a luz. Torna-se assim claro que suas obras são feitas em Deus”. (João 3,21)

Os dez mandamentos da serenidade

1. Apenas hoje procurarei viver meu dia, sem querer resolver o problema de toda a minha vida de uma só vez.

2. Apenas hoje terei o máximo de cuidado com o meu aspecto. Vestir-me-ei com sobriedade, não levantarei a voz, serei cordial, não criticarei ninguém, não me proporei a corrigir ninguém a não ser a mim mesmo.

3. Apenas hoje serei feliz na certeza de que fui criado para ser feliz, não apenas no outro mundo, mas também neste.

4. Apenas hoje me adaptarei às circunstâncias sem pretender que todas as circunstâncias se adaptem aos meus desejos.

5. Apenas hoje realizarei uma boa ação e não direi nada disso a ninguém.

6. Apenas hoje dedicarei dez minutos do meu tempo para uma boa leitura, lembrando-me que se o alimento é necessário para a vida do corpo, também a leitura é necessária para a vida do espírito.

7. Apenas hoje farei ao menos uma coisa que não desejo fazer e se eu me sentir ofendido nos meus sentimentos, farei tudo para que ninguém perceba.

8. Apenas hoje farei uma programação: talvez não a siga totalmente, mas a farei. E procurarei resguardar-me dos dois prejuízos: a pressa e a indecisão.

9. Apenas hoje acreditarei fortemente, não obstante as aparências que a Divina Providência se preocupa comigo como se não existisse ninguém no mundo.

10. Apenas hoje não terei temores. De modo particular não terei medo de gozar daquilo que é bonito e de acreditar na bondade. Eu posso fazer bem por doze horas aquilo que me desanimaria se pensasse que devo fazer por toda a minha vida.

Motivo: por que somos filhos de Deus que está sempre conosco.

Palavra de fé: “Vivei sempre contentes. Orai sem cessar!” (1 Tessalonicenses 5,16-17)

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

A Trindade

A Bíblia Sagrada não usa a palavra “trindade” para indicar as três pessoas divinas. Contudo, no Novo Testamento as três divinas pessoas são nomeadas distintivamente, vejam em: “Mateus 3,16-17”. E mais: “1 Corintios 12,4-6”. E por fim, São Pedro em: “1 Pedro 1,2”.

- Deus, pai invisível, não gerado; revelado pelo Filho. Comprove: “João 1,18”. Para nos dar a vida eterna: “João 6,40”. Pai da consolação, guarde: “2 Corintios 1,3”;

- Deus, Filho Unigênito do Pai: “João 5,26”. Salvador dos homens, veja: “João 3,16”;

- Deus, Espírito Santo, que procede do Pai e do Filho: “João 14,16”. O Santificador: “Lucas 1,15.41.67”.

Assim, atribui-se:

- ao Pai: a escolha eterna para a salvação: “Atos dos Apóstolos 2,23-24”;

- ao Filho: a redenção no seu sangue: “Efésios 1,7”;

- ao Espírito Santo: a santificação e comunicação da vida: “Romanos 15,16”.

Por isso, a evangelização autêntica e objetiva deve ser principalmente anunciar “a boa nova do amor do Pai manifestado por seu Filho Jesus Cristo, chamando os homens á vida eterna pela continuação do Espírito Santo”. (João Paulo II, 11/07/80)

Como as três pessoas da “família” divina, assim também os membros de uma comunidade devem viver em boa harmonia.


Palavra de fé: “Com efeito, o Espírito Santo enche o universo. E Ele, que tem unidas todas as coisas, ouve toda voz”. (Sabedoria 1,7)

Família: lugar de silêncio

Estamos doentes por causa do barulho que nos impede de escutar a voz que nasce no nosso coração. Para poder conhecer de verdade os outros, a nós mesmos e a Deus, precisamos deixar tudo e encontrar um espaço de silêncio onde seja possível conviver e onde se ouça a voz da nossa consciência, que nos chama a assumir as nossas responsabilidades.

Somos todos os dias bombardeados por barulhos de todo tipo, o toque do telefone celular, o rumor dos ônibus, a música elevada ao volume mais alto. Mas o barulho pior é aquele que está dentro de nós. Precisamos reencontrar espaços de silêncio, especialmente na nossa família, na nossa casa.

O silêncio é segredo para saber escutar-nos um ao outro. É saber acolher silenciosamente as alegrias e sofrimentos dos demais. É abrir a casa do nosso coração para que as pessoas se sintam bem, amadas, acolhidas, respeitadas. As nossas famílias necessitam com urgência destes momentos em que ninguém fala, mas todos escutam, envolvidos pelo silêncio do amor.

O silêncio, como sinal de comunicação e de esperança, nos ajuda a compreender que em tudo se faz necessário um tempo de gestação para que as nossas palavras, quando forem pronunciadas, sejam carregadas de vida, de luz e de paz. É importante que os pais de família eduquem as crianças a saberem permanecer em silêncio para poderem assimilar o que se escuta, para filtrarem o que entra nelas e verificarem se é verdade ou não. O silêncio cura as nossas feridas e faz escoar os nossos maus humores acumulados durante as tensas jornadas de trabalho.

Descobrir a família como lugar de silêncio é fazer da nossa família o lugar de escuta, de amor que serve, não com palavra, mas com disponibilidade, observando e vendo o que os outros necessitam.

Na intimidade da família não se deixa entrar pessoas que prejudicam a nossa convivência, por isso deveríamos evitar que entrem as dezenas de pessoas que, através das novelas ou outros programas de TV, têm como finalidade desestruturar o equilíbrio das nossas famílias. Devemos examinar quem nos visita. Como seria bonito se na família houvesse todos os dias pequenos espaços de silêncio onde todos reunidos lessem e meditassem silenciosamente a palavra de Deus, ou refletissem sobre os mistérios do rosário. Depende de você, pai e mãe, iniciar os filhos nos verdadeiros valores da vida.

Quem não sabe silenciar e refletir antes de falar é destinado a dizer muitas besteiras de que mais tarde deverá se arrepender.




Palavra de fé: “E quem entrar nesse repouso descansará das suas obras, assim como descansou Deus das suas”. (Hebreus 4,10)

A VERDADE SOBRE ROMEU E JULIETA

Sabem porque Romeu e Julieta são ícones do amor? São falados e lembrados, atravessaram os séculos incólumes no tempo, se instalando no mundo de hoje como casal modelo de amor eterno?

Porque morreram e não tiveram tempo de passar pelas adversidades que os relacionamentos estão sujeitos pela vida afora. Senão provavelmente Romeu estaria hoje com a Manoela e Julieta com o Ricardão.

Romeu nunca traiu a Julieta numa balada com uma loira linda e siliconada motivado pelo impulso do álcool.

Julieta nunca ficou 5 horas seguidas esperando Romeu ,fumando um cigarro atrás do outro, ligando incessantemente para o celular dele que estava desligado.

Romeu não disse para Julieta que a amava, que ela especial e depois sumiu por semanas. Julieta não teve a oportunidade de mostrar para ele o quanto ficava insuportável na TPM.

Romeu não saia sexta feira a noite para jogar futebol com os amigos e só voltava as 06h da manhã bêbado e com um sutiã perdido no meio da jaqueta (que não era da Julieta). Julieta não teve filhos, engordou, ficou cheia de estrias e celulite e histérica com muita coisa para fazer.

Romeu não disse para Julieta que precisava de um tempo, que estava confuso, querendo na verdade curtir a vida e que ainda era muito novo para se envolver definitivamente com alguém. Julieta não tinha um ex-namorado em quem ela sempre pensava ficando por horas distante, deixando Romeu com a pulga atrás da orelha.

Romeu nunca deixou de mandar flores para Julieta no dia dos namorados alegando estar sem dinheiro. Julieta nunca tomou um porre fenomenal e num momento de descontrole bateu na cara do Romeu no meio de um bar lotado.

Romeu nunca duvidou da virgindade da Julieta. Julieta nunca ficou com o melhor amigo de Romeu.

Romeu nunca foi numa despedida de solteiro com os amigos num prostíbulo.

Julieta nunca teve uma crise de ciúme achando que Romeu estava dando mole para uma amiga dela.

Romeu nunca disse para Julieta que na verdade só queria sexo e não um relacionamento sério, ela deve ter confundido as coisas. Julieta nunca cortou dois dedos de cabelo e depois teve uma crise porque Romeu não percebeu a mudança.

Romeu não tinha uma ex- mulher que infernizava a vida da Julieta.

Julieta nunca disse que estava com dor de cabeça e virou para o lado e dormiu.

Romeu nunca chegou para buscar a Julieta com uma camisa xadrez horrível de manga curta e um sapato para lá de ultrapassado, deixando- a sem saber onde enfiar a cara de vergonha...

Por essas e por outras que eles morreram se amando...



Palavra de fé: “E o perfume de tua boca como odor das maçãs; teus beijos são como um vinho delicioso que corre para o bem amado, umedecendo-lhe os lábios na hora do sono” (Cântico dos Cânticos 7,10)

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Desafiou o câncer, por amor à vida do seu filho. E arriscou a própria vida!

Ao ver João tão saudável, ninguém diz que a gestação foi em meio a sessões de quimioterapia, radioterapia e remédios para combater um câncer de mama. Mesmo contra a vontade dos médicos e sabendo que eu poderia morrer, decidi levá-la adiante. Nunca tiraria um filho para continuar viva.

Eu me preparava para a cirurgia de retirada da mama, quando, durante o exame pré-operatório, descobri a gravidez. Já estava com três meses. Era loucura, porque passava por um processo de menopausa induzida! Meu médico foi taxativo: “Você tem a opção de tirar a mama e correr o risco de perder o bebê por falta de oxigenação ou prosseguir, mas o tumor pode crescer!”. Ou seja, era morte dos dois lados. Em casa, chorei muito. Meu namorado se desesperou e disse que não criaria uma criança doente se eu partisse. Nosso namoro terminou, mas não desisti – pedi a Deus que me desse forças para continuar. À medida que minha barriga crescia, pensava: “O que meu bebê fez para que eu prefira a minha vida à dele? E saía feliz dos exames de ultrassonografia, lembrando do médico dizendo: “Olhe os bracinhos dele, os dedos...”

Minha doença evoluiu, mas eu já não estava mais preocupada. Não sei de onde vinha tanta certeza. Sabia que ficaria bem e tudo daria certo. Com sete meses de gravidez, os médicos optaram pela cesárea. A sala de parto estava preparada para caso algo desse errado, porque eu podia morrer na mesa. Foi uma tensão indescritível. Felizmente o João nasceu perfeito, com 46 centímetros e 2,245 quilos. Ao ver o rosto do meu filho, chorei. Depois que ele saiu da UTI, onde passou dez dias internado, voltei a fazer quimioterapia. Agora que o tumor regrediu para 2 centímetros, aguardo o momento de fazer a mastectomia.

Antes, eu vivia deprimida – hoje, sou outra. Tenho um objetivo, vejo que recebi uma benção. Estava quase estéril, gravemente doente e, de repente, me descobri gerando um ser. Como poderia pensar em morte? Estou terminando o curso técnico de enfermagem e já faço estágios para ajudar outras pessoas com câncer. Quero mostrar que nenhuma dor resiste à grandeza da vida.



Palavra de fé: “Sofre as demoras de Deus; dedica-te a Deus, espera com paciência a fim de que no derradeiro momento tua vida se enriqueça”. (Eclesiástico 2,3)

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

As palavras e o Ser Humano

"No início, era o Verbo": todos nós conhecemos esta frase da Bíblia. O mais interessante é que Deus não é comparado com uma figura, um efeito da natureza, e sim com uma expressão gramatical. No meu ofício de escritor, sou obrigado a concentrar-me na importância das palavras, mas creio que todo ser humano deva sempre prestar atenção ao que diz e ao que ouve.

Precisamos dividir. Mesmo que sejam informações que todos já saibam, é importante não se deixar levar pelo pensamento egoísta de chegar sozinho ao fim da jornada. Quem faz isto, descobre um paraíso vazio, sem qualquer interesse especial – e em breve estará morrendo de tédio.

Não podemos pegar as luzes que iluminam o caminho e carregar conosco. Se agirmos assim, vamos encher nossas mochilas com lanternas, e teremos que nos livrar do alimento que nos dá força para seguir adiante: amor.

Precisamos receber estímulos, conselhos, informações. Mas às vezes, por insegurança, interrompemos uma conversa no meio, com medo de mostrar ao nosso interlocutor que desconhecemos aquele assunto. Qual o problema de aprender? Por que nos sentimos humilhados quando alguém toca em temas que desconhecemos? Ninguém tem obrigação de conhecer tudo.

Disse Albert Einstein: "Cem vezes por dia eu me lembro que minha vida interior e minha vida exterior dependem do trabalho que outros homens estão fazendo agora. Por causa disso, preciso me esforçar para retribuir pelo menos uma parte desta generosidade – e não posso deixar nenhum minuto vazio."

E, enquanto não inventarem um novo processo de comunicação mais direto que a palavra, teremos que nos contentar com ela, mesmo que às vezes seja pobre demais para descrever o que sentimos. O poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade diz, em uma carta ao seu neto:

"Admiro que ame nos vegetais a carga de silêncio, Luis Maurício / Mas há que tentar o diálogo, quando a solidão é um vício."

Conheço pessoas que não dão importância à palavra. Mas conheço também pessoas que têm medo das palavras.

Sim, é verdade que às vezes dizemos: "Puxa, faz tempo que não discuto com fulano"; ou "nunca mais tive uma gripe". De repente, no dia seguinte, pegamos uma gripe ou discutimos com fulano.

Então concluímos: se comentarmos as coisas boas que acontecem conosco, isto trará má sorte.

Nada disso. Na verdade, antes de qualquer problema, a Alma do Mundo nos mostra quanto tempo ficamos sem nos aborrecer com determinada coisa. Ela quer nos dizer como a vida tem sido generosa até aquele momento – e continuará sendo, se superarmos com bravura o obstáculo.

Fale. Dialogue. Participe. Nada mais desprezível que o "observador" acomodado e covarde. Sua coragem em expressar opiniões vai lhe ajudar a crescer em qualquer dificuldade. Fale das coisas boas da sua vida para todos que quiserem ouvir: a Alma do Mundo precisa muito de sua alegria; Deus ficará contente ao ver seu sorriso. Fale dos momentos difíceis que pode estar vivendo: dê uma chance aos outros de dar aquilo que você precisa, nem que seja apenas uma frase de conforto.

A palavra é poder. As palavras transformam o mundo e o homem. Os vencedores falam com orgulho dos milagres de suas vidas. Quanto mais energia positiva ao seu redor, mais energia positiva será atraída, e mais alegres vão ficar aqueles que lhe querem bem. Quanto aos invejosos, aos derrotados – estes só poderão lhe causar algum dano se você lhes der este poder.

"Minha dança, minha bebida, e meu canto, são o colchão onde minha alma repousará, quando voltar ao mundo dos espíritos", diz um sábio indonésio.

Portanto, use verbos, sujeitos, predicados, e cante suas alegrias e tristezas, mas cante todos os dias de sua vida.





Palavra de fé: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus”. (João 1,1)

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Dislexia: quando as palavras não fazem sentido

Quanto mais cedo o problema for tratado, melhor será o rendimento escolar, profissional e até social da pessoa.

O texto com parágrafos longos ou vocabulário recheado de termos novos pode ser um desafio e tanto para um disléxico. O problema anda em moda nas escolas e boa parte das crianças com algum tipo de dificuldade de leitura ganha esse rótulo. Na prática, estudos recentes, capitaneados pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, mostraram que, de cada 100 alunos encaminhados ao médico com suspeita de dislexia, apenas três apresentaram o distúrbio. De qualquer forma, o diagnóstico precoce é essencial para barrar um ciclo bem conhecido entre os que sofrem de dislexia: a criança tem dificuldade de aprender, não se arrisca, para de estudar e perde o interesse pela escola por medo, puro medo. Na sala de aula, o disléxico, diante de um texto, pode ter dor de barriga, suar e sentir um mal-estar.

A dislexia é um distúrbio de linguagem sem causa definida, que traz dificuldades para ler, escrever e também soletrar. Os especialistas não sabem ao certo o que leva algumas pessoas a desenvolver isso. Existem pesquisas apontando que o problema pode ser herdado de pai para filho. Não tem cura, mas tem tratamento, ou seja, aprende-se a superar as dificuldades e a traçar novas rotas cerebrais para entender com perfeição um texto. O disléxico apresenta uma falha na decodificação da linguagem escrita. Isso significa que nem sempre identifica as letras de uma palavra e também pode não relacionar o som à letra. Vale saber que não tem nada a ver com déficit intelectual. Mesmo assim, é comum a criança passar a se inferiorizar, o que, em um futuro próximo, pode se traduzir em baixa estima. Existem, inclusive, adultos que são disléxicos e não sabem. E amargam frustrações – sociais e profissionais – ao longo da vida.

Para cada 100 alunos encaminhados para avaliação, três apresentam o distúrbio.
Descobrir o problema precocemente é o ideal para evitar que os danos emocionais se instalem. O diagnóstico, porém, nem sempre é tão simples. Por volta dos 7 anos de idade acontece a alfabetização. E esse é um processo bem individual: algumas crianças pegam o jeito das palavras rapidamente e outras tropeçam até conseguir formá-las e interpretá-las corretamente. Além disso, problemas de visão, audição, déficits intelectuais, alterações de comportamento e métodos de ensino pouco estimulantes podem prejudicar o aprendizado do abecedário nessa fase.

O que os especialistas recomendam, em caso de suspeita de dislexia, é uma avaliação cautelosa, realizada por médicos e psicólogos. O tratamento também envolve esses profissionais e tem como objetivo ajudar a pessoa a traçar um novo caminho e, assim, ativar outras áreas cerebrais que deem apoio para a leitura. No caso, esse objetivo seria formar a palavra e desenvolver a fluência no texto. A escola também tem papel importante em toda essa etapa, ajudando a identificar as falhas da criança durante a aprendizagem, ou ao longo do tratamento. Uma coisa é certa: com a ajuda adequada qualquer disléxico pode driblar suas dificuldades e, finalmente, conseguir reunir as palavras de uma maneira que faça todo o sentido.




Palavra de fé: “Que teus olhos vejam de frente e que tua vista perceba o que há diante de ti!” (Provérbios 4,25)

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Urias e o adultério do Rei Davi

Urias, um dos mais valorosos generais do exército de Davi, era casado com Betsabé, mulher de rara beleza e formosura. Residia em Jerusalém nas proximidades do palácio real.

Em certa tarde, estando Urias na guerra, Davi, do seu terraço, viu Betsabé banhando-se. Ficou encantado por ela! Mandou seus mensageiros chamá-la e com ela dormiu nessa noite. Ficou totalmente apaixonado por Betsabé, em seguida escreveu mensagem a Joab, comandante e chefe de suas forças para que lhe mandasse Urias a sua presença. Depois escreveu a Joab uma carta, que remetei pelo próprio Urias, ordenando que fosse ele colocado na linha de frente, com a maldosa recomendação de expô-lo ao maior perigo e em seguida desprotegê-lo, para ser ferido e morto.

Joab assim fez e não tardou o infeliz Urias ser ferido e vindo a morrer em combate contra os Amonitas. Ao saber da morte do marido, Betsabé chorou. Ao passar o período do luto, Davi, fê-la recolher ao harém real, onde se tornou uma de suas concubinas. E já grávida de Davi.

O profeta Natan por ordem de Deus apresentou-se a Davi e narrou-lhe a célebre parábola do rico que possuía numerosos rebanhos e não satisfeito arrebatou ao pobre a única ovelha que tinha. Indignado, o Rei Davi, contra esse proceder de Natan exclamou: “Pela vida de Deus! O homem que fez isso merece a morte. Ele restituirá sete vezes o valor da ovelha por ter feito isso e não ter tido compaixão”. Pois este homem é tu!, exclamou Natan, o emissário do Senhor, que passou então a recriminar o revoltante procedimento.

Davi reconheceu o seu pecado e, penitenciando-se dele compôs o Salmo 50 (Misere): “Salmo 50/51,3”.

Apesar dessa ação pecaminosa, continuou Betsabé como sua concubina. O primeiro filho, fruto da primeira noite com Davi, nasceu morto como profetizou Natan. Betsabé sofreu, mas recebeu o consolo de Davi. Depois, Betsabé concebeu e deu a luz outro filho, Salomão, que sucedeu Davi no trono.


Palavra de fé: “Só contra vós pequei: o que é mau fiz diante de vós. Vossa sentença assim se manifesta justa, e reto o vosso julgamento”. (Salmo 50/51,6)

Quando os corações se encontram

Visitar asilos, orfanatos e instituições que cuidam e animais abandonados pode se tornar um passeio inesquecível e repleto de emoção.

A palavra doar, segundo o dicionário, significa “transmitir gratuitamente a outrem bem, quantia ou objeto que constituir propriedade”, mas para quem receber, significa ato de amor. Muito mais que levar produtos de primeira necessidade a uma instituição beneficente, o que mais as pessoas que estão ali internadas precisam é de alguém que tenha um tempinho para conversar.

A especialista em Psicopedagogia e Educação Especial e coordenadora em São Paulo do curso de Especialização em Neuroaprendizagem no Instituto Saber/FACEPED, Dra. Maria Irene Maluf, diz que “quantas vezes ficamos verdadeira e profundamente entristecidos ao vermos na mídia notícias sobre animais abandonados à própria sorte, crianças e idosos desamparados por suas famílias e nos julgamos impotentes diante dessa realidade? Inúmeras, com certeza. Notícias como essas estão presentes no dia a dia e acessíveis para todos nós, até mesmo diante de nossos filhos, seja nas ruas, nas telinhas do computador e da TV. e nem sempre recebemos, ao longo da vida, orientações claras de como agirmos para mudar um pouquinho que seja essa realidade tão dura em que vivem, infelizmente, muitas pessoas e animaizinhos”.

O exercício da solidariedade, da cidadania é um aprendizado. A psicopedagoga conta que uma direção que pode e deve ser dada a partir da infância, na educação rotineira, seja familiar ou escolar, acontece nos sentido de ensinar o valor da sensibilidade, da empatia, da ajuda posta em prática em situações diversas, como, por exemplo, nas visitas a entidades assistenciais e locais que abrigam os animais deixados à própria sorte nas ruas.

Nesses encontros, Dra. Maria Irene ressalta, aumenta a oportunidade de autoconhecimento, reflexão, valorização da vida, responsabilidade pessoal e social, fortalecimento dos laços de amizade, de valores morais e éticos, entre outros. Levar as crianças e os adolescentes a ajudar os menos favorecidos desde cedo, vai ajudar a fortalecê-los frente às tragédias e às perdas da vida, às quais, de uma forma ou de outra, ninguém está livre de passar em alguma época de sua existência. “Vivenciar de perto, compartilhar o sofrimento das outras criaturas, faz com que se desenvolvam os sentimentos mais genuínos de amor ao próximo, de sensibilidade frente à dor do outro e se diminuam o orgulho, a vaidade, o egoísmo e a futilidade, que cada vez, me parece, mais difundida e voltada ao consumismo e à competição desregrada e sem limites entre iguais”, ensina.
Para a psicopedagoga, até mesmo os adultos com pouca experiência nessa iniciativa de colaboração social podem vislumbrar ali uma ótima oportunidade de se aproximar mais dos filhos, sobrinhos, netos, alunos, aprendendo junto com eles essa lição de ser humano.

PROMOVA O BEM
A solidariedade não precisa ficar restrita apenas às doações de produtos e dinheiro, que são igualmente importantes, sem dúvida, porém visitar as alas pediátricas de hospitais e também orfanatos para contar uma história às crianças, cantar músicas, abraçar, beijar, ir aos asilos e escutar o que aquele pessoal da melhor idade tem tanto a ensinar, doar carinho e tempo aos animais são momentos mágicos, pois é quando acontece o encontro do seu coração com o outro, e ambos se enchem de amor. Pense nisso quando fizer o roteiro de atividades da semana, sozinho ou em família! Aposto que bem perto da sua casa ou trabalho existe uma entidade precisando do seu apoio


Palavra de fé: “Um coração bondoso e nobre banqueteia-se continuamente, pois seus banquetes são preparados com solicitude”. (Eclesiástico 30,27)

domingo, 1 de janeiro de 2012

Ano Novo vida nova

Novo ano, expectativas para novas realizações, novos sonhos e transformações em nossas vidas. Novos encontros e reencontros.

As crianças e os adultos todos, ainda, sonhando com os Reis Magos; as crianças com os Reis e os adultos relembrando, com saudades, o tempo de meninice. Como é belo sonhar com sonhos de criança!

Chegam um rei de barba branca, outros de barba loura e um outro de barba preta, os três procurando um Menino.

Cavalgando em três camelos, que por montes e estradas, noite e dia seguem à procura do Menino.

Passam por cidades onde há crianças dormindo e cruzam campos: tudo isso procurando um Menino.

De palácios dourados saíram estes três Reis Magos, montados em seus camelos: os três à procura de um Menino.

Um de manto vermelho, outro de mato amarelo e o terceiro de manto azul e, finalmente: o Menino foi encontrado.

Baltazar ofereceu-lhe mirra e Melquior apresenta o ouro; Gaspar faz oferta de incenso: e aos três sorri o Menino Jesus.


Reflexão: Também nós adultos, neste novo ano devemos oferecer as nossas vidas ao Senhor Jesus, pois veio ao mundo para nos salvar; mas devemos acolhê-lo e com ele conviver com um coração de Menino; de criança. Com sonhos e novas esperanças. Não está longe, mas em algum lugar dentro de nós! Procure-o.


Palavra de fé: “Entrando na casa, acharam o menino com Maria. Prostrando-se diante dele o adoraram. Depois, abrindo seus tesouros, ofereceram-lhe como presentes: ouro, incenso e mirra”. (Mateus 2,11)