terça-feira, 28 de julho de 2009

Maria, mãe de Deus e nossa mãe. Exemplo de Fé.



“A vida do verdadeiro é definida na Bíblia como um caminho que poucos vão encontrá-lo”. (Mateus 7,14).

E para quem anda à procura desse caminho é importante ter pontos de referência ou sinais para encontrá-lo, por exemplo: os sinais na Bíblia e da qual a maioria não faz uso ou não lhe dá a devida atenção.

Para tornar os sinais bem mais visíveis, Deus nos deu Maria, a estrela guia que brilha para todos nós mostrando-nos o caminho que nos leva a Deus, Jesus Cristo. E nos dá uma ordem com poder materno: “Fazer tudo o que Ele vos disser”. (João 2,5).

Nossa Senhora não é só uma devoção. Ela é o exemplo de vida da Igreja, no culto, nos exercícios litúrgicos, na oração humilde e perseverante (Ato dos Apóstolos 1,14). Caminho único para chegarmos ao Cristo, na doação e na disponibilidade.

Na IV Conferência Geral do Episcopado Latino Americano, em Santo Domingo, na conclusão 15, Virgem Maria foi proclamada a primeira redimida e a primeira crente.

Maria, mulher de fé, plenamente evangelizada. Maria é a mais perfeita discípula e evangelizadora (Ato dos Apóstolos 1, 12-14).

É modelo de todos os discípulos e evangelizadores por seu testemunho de oração, de escuta da palavra de Deus e pronta e fiel disponibilidade: “Eis aqui a serva do Senhor”. (Lucas 1,38).

Maria é a estrela da nova evangelização. Quando se fala na reconstrução do Paraíso perdido (Adão e Eva), Maria aparece como a primeira célula do mundo.

Deus antes de nos criar, imaginou nossa fraqueza e por isso somos herdeiros do pecado original de Adão.

Com Maria foi diferente e, na sua existência, identificou-se perfeitamente com a imagem que Deus tinha dela.

O mistério de Maria está intimamente ligado ao mistério de Jesus Cristo, seu divino Filho. Maria é mãe virginal. No “sim” de sua fé, foi premiada com a graça de Deus e ela recebeu para todos nós o Filho de Deus (Lucas 2,7), e do seu seio, Jesus, que como todo bebê, teve o seu alimento (Lucas 11,27).

Isso aconteceu peela união “hipostática” - termo teológico que significa “união do Espírito Santo (Deus) + Natureza Humana (Maria) = forma uma só pessoa predominantemente espiritual (Jesus).

Maria, ao ficar envolvida com a sombra do Espírito Santo para gerar Jesus, era a imagem do próprio Espírito Santo, mulher e mãe (Lucas 1,35).

Assim, ao longo da gravidez, o útero de Maria foi um Sacrário vivo da formação do Cordeiro de Deus.

Assim, por esse mistério, Maria é de fato a mãe de Jesus e mãe de Deus.

Sua maternidade divina é obra profunda de sua fé e não de um processo biológico. Sua maternidade divina é o acontecimento central da “História da Salvação”.

Maria concebeu Jesus sem a intervenção do homem, sem pai biológico, mas pela ação do Espírito Santo, não havendo em Jesus Cristo nenhum pecado. Maria, também cheia das graças do Espírito Santo ficou isenta de pecado, conservando sua virgindade no parto.

Contrariando nossos irmãos evangélicos ou protestantes, o culto à Maria, como mãe de Deus, nada tem a ver com adoração, mas sim, um sentimento chamado “hiperdulia”, expressão teológica que significa “culto especial à Virgem Maria, como mãe de Deus e em virtude à sua missão na história da Salvação”.


O culto a Maria mostra-nos sua importância como a nova Eva e a mãe de todos nós. Maria é o modelo virginal da Igreja, mãe das dores aos pés da cruz, mulher pura na sua maternidade, a medianeira da graça, a mãe da vida espiritual, a Imaculada Conceição, aquela cuja redenção está consumada no corpo e na alma. Por isso, Ela é chamada de Co-Redentora.

O Papa João Paulo II na Encíclica “Redemptoris Mater” (Mãe do Redentor), diz que Maria apareceu antes de Cristo, no horizonte da salvação, como a aurora que antecede o Sol. O “sim” que Maria manifestou a Deus, inaugurou uma nova Era e, desde então, a Igreja existe e vive escondida em Maria. Descobrir Maria é descobrir a Igreja. Maria é o que a Igreja aspira ser e ainda não é. Como o oceano que reúne toda a água do mundo, Deus recolheu em Maria todo o oceano da graça. Maria é a mãe e a padroeira da Igreja.

A súplica “Sub truum presidium”, em português “Sob tua proteção”, encontrada num pergaminho do século III, e que é a mais antiga oração a Nossa Senhora, manifesta o desejo da Igreja se colocar debaixo da proteção de Maria, para cobrir com sua graça e beleza e também depositar toda a sua esperança.

As Igrejas celebram os acontecimentos e os mistérios particulares da pessoa e da vida de Maria: orações (o angelos, salve-rainha, o terço, o rosário, peregrinações a diversos santuários, congregações a Maria) e tantos e tantos outros movimentos Marianos como forma de nos colocarmos sob sua especial e santa proteção.

Este culto a Maria realiza a palavra da Bíblia: “Todas as gerações chamar-me-ão bem aventurada”. (Lucas 1,48).

O culto a Maria, tem tudo a ver com o amor ao próximo: negamos o culto a Maria se somos incapazes de nos sentir responsáveis pela salvação ao nosso irmão. Devemos agir sempre em favor dos nossos irmãos com preces, sacrifícios e solidariedade.

E por ser verdade que Maria é a mãe do nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem como irmãs, por assim ser, Maria é nossa Mãe, fonte de esperança em nossa vida.

Quem seguir Maria estará sempre próximo de Jesus e assim ninguém se perderá e mal algum nos afetará.

João Paulo II finaliza sua “Encíclica Solliritudo Rei Socialis”, lembrando-nos que Maria é nossa Mãe e Rainha, aquela que louva a Deus porque derrubou os poderosos dos seus tronos e na sua solitude materna interessa-se pelos aspectos pessoais e sociais da vida dos homens na terra.

“Acreditamo-nos (diz Papa Pio XII ao definir o dogma da Assunção) que depois de terminar o curso de sua vida na terra, Maria foi elevada em alma e corpo à glória celeste”.

A definição dogmática não especifica se o final da vida de Maria se deu com morte ou dormição (sono profundo). O importante é crermos que Maria foi glorificada corporalmente. E que Deus olhando sua humildade colocou-a no Céu como nossa intercessora junto ao seu filho Jesus.

Salve, Rainha!

(resumo interessante para catequistas)

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