terça-feira, 29 de novembro de 2011

Dilema de mãe: Preferido da mamãe

Ter predileção por um filho não significa falta de amor pelo outro, mas é preciso ter equilíbrio. Como em qualquer relacionamento afetivo, mães e filhos não estão livres de preferências. Tanto que, em toda família com mais de uma criança, os irmãos sempre acusam os pais de ter um favorito. Se algum dia você achar que tem afinidade com mais um filho, não se sinta culpada, mas tente repensar o que está por trás dos sentimentos que cada filho desperta em você.

A psicoterapeuta Ana Cristina Marzolla, explica que também é comum haver conflitos entre duas pessoas muito parecidas. O motivo? Como se olhasse em um espelho, você enxerga no outro emoções e comportamentos de que não gosta em si mesma. Aí, inconscientemente, passa a rejeitar a criança, que se torna um eterno lembrete dos seus pontos fracos. Ela, ainda, dá uma dica muito valiosa: "Reflita ainda sobre as circunstâncias que cercaram a gravidez e o nascimento de cada um de seus filhos. Quem sabe se involuntariamente você não está associando (e responsabilizando) seu filho por dificuldades da época em que engravidou pela segunda vez?"

Seja como for, é importante investir na proximidade com o filho que você não tem tanta afinidade. Toda criança precisa se sentir aprovada e amada pelos pais para se desenvolver bem - intelectual, social, emocional e até fisicamente. Equilibrar essa balança evitará também prejuízos para a personalidade de ambos. A posição de favorito pode levar o outro a uma dependência exagerada de sua eterna aprovação. Para o menor, há o risco de anular a própria personalidade tentando se igualar ao irmão a fim de conquistar a mesma atenção.

Para construir essa aproximação, tente passar mais tempo com o pequeno interagindo nas brincadeiras. Você pode descobrir interesses em comum, surpreender-se positivamente com a maneira como ele lida com desafios e ver que seu menino possui qualidades que merecem ser reconhecidas e valorizadas. Observe ainda a forma como os outros – o pai, a professora, o próprio irmão e parentes – agem em relação a ele. Também elas têm dificuldade? E como lidam com aquelas características que tanto incomodam você?

Se nada disso resolver, não deixe que a distância entre vocês dois aumente. Um psicólogo pode ajudá-lo a olhar o seu filho e a relação com ele de outro modo. Assim, o afeto mútuo que existe virá à tona sem esforço, como acontece com o mais velho.




Palavra de fé: “Que teus olhos vejam de frente e que tua vista perceba o que há diante de ti!”. (Provérbios 4,25)

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