Essa doença é conhecida como hiperplasia benigna da
próstata. Uma das moléstias mais comuns na glândula atinge 20% a 30% dos homens
após os 45 anos e quase 90% a partir dos 80. Ela pode causar dificuldade para
urinar. É tratada com medicamentos, cirurgia e laser. Todos os tratamentos
cirúrgicos, infelizmente, muitas vezes levam a problemas como ejaculação
retrógrada.
A próstata,
glândula anexa ao aparelho genital masculino, produz substâncias que compõem o
líquido que o homem ejacula. Ela envolve a porção inicial da uretra, canal que
transporta a urina da bexiga para o exterior. Como grande parte dos tecidos e
órgãos, está suscetível a doenças. Uma das mais comuns é seu crescimento
anormal, conhecido como hiperplasia benigna da próstata, que atinge 20% a 30%
dos homens após os 45 anos e quase 90% após os 80.
Sob a ação do
hormônio testosterona, vale relembrar, a próstata cresce desde o primeiro
momento de vida do bebê. Por volta dos 20 anos ela atinge o tamanho (de uma
noz) e o peso (15 a
25 gramas )
normais. O problema é que continua crescendo e começa a comprimir o canal
uretral, que aos poucos pode ficar obstruído e perder a capacidade de
transportar urina. O crescimento da glândula prejudica também o mecanismo do
ato de urinar, ou seja, contração da bexiga para expulsar a urina e relaxamento
da uretra para que saia pelo canal.
Os sintomas da
hiperplasia são: levantar muito à noite para urinar; fazer força para expelir a
urina, com jato mais fino; hesitância para urinar, isto é, interromper e
continuar várias vezes o ato; aumento do número de micções durante o dia; e,
mais grave, porém incomum, interrupção urinária total.
Não se sabe o que
leva ao crescimento da próstata. O fato de crescer, porém, não significa que os
homens vão ter sintomas. As estatísticas indicam que, aos 45 anos, 20% deles
têm algum grau de dificuldade para urinar; já aos 70 anos esse número sobe para
40%.
Ainda não se pode
evitar a hiperplasia. Quem tem sintomas deve consultar um urologista, até
porque a doença às vezes leva a outros problemas graves, como infecções,
sangramento ao urinar, espessamento dos tecidos da bexiga, com prejuízo para
sua contração; formação de divertículos e cálculos na bexiga; retenção urinária
aguda; e dilatação dos rins, que pode levá-los a perder a função.
O diagnóstico de
hiperplasia é feito com toque retal e exames de imagem. Sempre é preciso
descartar a presença de um câncer. Quando o homem tem crescimento da próstata e
apresenta sintomas leves com os quais é capaz de conviver, não se trata. No
caso de sintomas intermediários que interferem na qualidade de vida, trata-se
com remédios. Existem dois tipos: os que facilitam o relaxamento da uretra e os
que podem reduzir em 20% o tamanho da próstata. Recorre-se à cirurgia para a
redução da glândula e/ou a abertura do canal uretral quando os sintomas são
exuberantes ou surgem complicações. Há três tipos de cirurgia: convencional,
endoscópica e por laser. A convencional é empregada quando a próstata é muito
grande, pesando mais de 80 g .
Nas situações em que tem em torno de 30 g , faz- -se apenas, por endoscopia, um corte
profundo para abrir o canal da uretra. Quando tem 30 g a 80 g , emprega-se a ressecção
endoscópica, técnica mais utilizada e que proporciona os melhores resultados.
Neste caso, outra alternativa é o laser. É muito caro, mas fundamental para o
tratamento de portadores de hiperplasia que têm problemas de coagulação sanguínea.
Infelizmente, os
tratamentos cirúrgicos podem levar a problemas que devem ser informados ao
paciente, como a ejaculação retrógrada, em que, quando ejacula, o esperma vai
para a bexiga, de onde sai com a urina.
Palavra de fé: “O
Senhor o assistirá no leito de dores, e na sua doença o reconfortará”. (Salmo
40/41, 4).
Nenhum comentário:
Postar um comentário