sexta-feira, 4 de setembro de 2009

À procura do desconhecido


Com esse título o jornal “Diário de São Paulo”, na página 2 do suplemento “Pai é Pai”, alusivo ao “Dia dos Pais”, registra que nos últimos cinco anos, 225 mil crianças foram registradas sem o nome do paterno em São Paulo.

É uma ausência informativa na documentação da criança que cria situações de constrangimento. É, principalmente, sinal de desamor e omissão de responsabilidade daquele que deveria dignificar a vida do filho e o próprio caráter de verdadeiro homem.

Ainda na reportagem e de acordo com o levantamento da Fundação Seade, a figura paterna é desconhecida para 7,5% das 3 milhões de crianças nascidas no Estado de São Paulo nos últimos cinco anos.

Pai é muito mais do que o fato biológico de fazer um filho, de engravidar uma mulher.

Pai é o genitor, é o homem colocado no primeiro grau da linha ascendente de parentesco. Pai é benfeitor, protetor, criador e fundador da vida dos filhos.

Pai e mãe são os verdadeiros pilares estruturais de uma verdadeira e santa família. Com sua fidelidade aos compromissos assumidos, proporcionam aos seus filhos um lar, um aconchego, uma Igreja doméstica protegida e abençoada por Deus.

Pais existem com específicas citações:

- Pai de mentira (o demônio), Pai da pátria (o Presidente, Senadores e Deputados), Pai de mel (abelha silvestre), Pai de Santo (Chefe do terreiro), Pai dos burros (dicionário), Pai Nosso (oração elevada a Deus), Pai de família (o chefe da casa responsável), etc.

E esse pai que os filhos andam a procura, como qualificá-los?

Talvez: pai da omissão, pais da covardia, pais irresponsáveis, pais amorais, etc.

Na realidade, não devem ser chamados de pais, mas sim, de homens inconseqüentes e insensíveis que dão vazão apenas à tara sexual, ao gozo e a satisfação pessoal momentânea, sem se preocupar com a mulher, parceira e as conseqüências desses atos.

O verdadeiro pai tem que ser para seu filho um aliado dedicado, um companheiro e protetor, o amigo mais certo nas horas incertas (como na letra da música: Amigo, de Roberto Carlos e Erasmo Carlos).

Ainda na reportagem do Diário de São Paulo, há o depoimento de Suzana Lira – cineasta, também abandonada pelo pai: “O pai não tem idéia de quanta falta faz, fica à margem (da vida do filho). É um vazio insubstituível”.

Lamentável o desconhecimento do exemplo de José, mesmo não sendo pai biológico de Jesus. Não foi só pai adotivo do Filho de Deus, mas sim, um verdadeiro e amoroso pai que Deus nos deixa como verdadeiro exemplo de amor.

Que os procurados, por misericórdia de Deus, sejam encontrados pelos filhos e venham a preencher vazios de ambas as partes.

Amém.

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