quarta-feira, 30 de março de 2011

Reflexão: Obras de misericórdia não saíram da moda!

Nossos dias são marcados pela pressa, pela agilidade, pela rapidez, pela necessidade de ganhar. Michelangelo passou dezesseis anos pintando a Capela Sistina. Fez isso pela grandeza e pela beleza, pelo sonho e pelo ideal. Se fosse para ganhar dinheiro...

O mundo apressado diz que é importante correr para ganhar. A vida não diz que é preciso sonhar. Quem não sonha não vive. A conversa descontraída numa tarde de domingo, lá no alpendre, já se vai bem ao longe. Saudosismo? Não! É preciso sim resgatar valores que não perecem.

Esse atropelo cotidiano que vivemos atinge o interior de nossa existência. Acho que você concorda que há uma frieza em nossos relacionamentos, e por isso medimos tudo a partir da razão.

No mundo apressado não há espaço para se preocupar com a pessoa e muito menos com sua história. Se não há interesse por que comprometer-se? Ainda é bom lembrar quantos amigos temos em vida, e quando se cai doente são poucos os que se lembram de serem amigos de verdade, fazendo-se parceiros nesta hora de dor, de limitação e dificuldades.

Temos de ser artistas e esculpir a arte, bela arte da vida. E diante do Evangelho de Jesus nasce e renasce para nossa humanidade o sonho de um mundo desejado por Deus. É diante deste mundo vulnerável, frágil e fragmentado que somos chamados para viver a misericórdia divina. Acolher o doente e oprimido, sepultar os mortos, dar de comer a quem tem fome e de beber a quem tem sede, dar abrigo aos peregrinos, cobrir quem anda com frio, restabelecer a justiça e solidariedade...

Santa Catarina de Sena nos ajuda a pensar: “Não me afastarei da tua presença enquanto não vir que deles tivestes misericórdia... Que me adiantaria ter a vida eterna se o teu povo tivesse a morte? Por isso eu quero e suplico tenhas piedade do teu povo pela caridade incriada que te levou a criar o homem à tua imagem e à tua semelhança”. Certamente que para o mundo apressado em que vivemos a atitude de misericórdia dos que crêem nos fará entender que não é preciso ter medo. E Deus irá esculpindo a alma humana até que ela alcance a maturidade que gera liberdade e paz. E ai adeus correria e frieza. O mundo será outro, se nos deixarmos convencer que é preciso plantar e sonhar, para poder colher!



Palavra de fé
: “O que vos mando e que vós ameis uns a os outros”. (João 15,17)

segunda-feira, 28 de março de 2011

Atenção, Católicos Apostólicos Romanos acomodados!

Um novo grupo de protestantes denominados “novos reformadores”, está em ativo desenvolvimento, e no foco de sua ação das práticas evangélicas, fixa-se em cinco objetivos que visam convencer que há uma transformaçõe e mudança na visão do significado do templo, dos pastores, na abordagem dos fiéis, do dízimo e da sociedade. Vejamos:

TEMPLO
Visão dominante (a maioria): é a casa de Deus. As dominantes investem milhões em grandes e luxuosas catedrais.

Novos reformadores: preferem reuniões em casas, em pequenos grupos, em cafés, auditórios ou em qualquer lugar de fácil acesso. A “casa de Deus” é o próprio cristão.

PASTORES
Visão dominante (a maioria): são considerados “ungidos pelo Senhor”, com acesso preferencial a Deus e sua revelações. As relações são verticais (de cima para baixo).

Novos reformadores: são líderes com preparo para aconselhamento e ensino, mas as relações são de igual para igual com os leigos.

ABORDAGEM
Visão dominante (a maioria): é a guerra da “verdade” dos cristãos contra a “mentira” dos ateus. A Bíblia é a arma do convencimento.

Novos reformadores: são os relacionamentos que conduzem ao interesse pelo cristianismo. A Bíblia é a ferramenta que norteia essas relações.

DÍZIMO
Visão dominante (a maioria): o fiel contribui na expectativa de que sua fidelidade possa constranger Deus a resolver seus problemas pessoais.

Novos reformadores: a oferta é apresentada como um gesto de gratidão, altruísmo e solidariedade. Algumas Igrejas aboliram a entrega do dízimo.

SOCIEDADE
Visão dominante (a maioria): o mundo é mau e a Igreja é o único local onde os crentes podem se proteger de sua influência.

Novos reformadores: a Igreja é uma espécie de “central de treinamentos” para que o fiel exercite seu cristianismo na vida cotidiana.


Padres abram os olhos também!



Palavra de fé: “Vós, pois caríssimos advertidos de antemão, tomai cuidado para que não caiais da vossa firmeza, levados pelo erro destes homens ímpios. Mas crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A Ele é a glória agora e eternamente”. (2 Pedro 3,17-18)

Com a Bíblia na mão:

A vida eterna consiste em conhecer Deus e Jesus Cristo

O próprio Jesus Cristo em sua “oração sacerdotal” confirma a palavra de João na citação acima, vejamos: “João 17,6-8”.

Em certa ocasião os fariseus para pô-lo a prova perguntaram: “Mateus 22,36”? E Jesus respondeu: “Mateus 22,37”. Mas, para que possamos amar a Deus precisamos conhecê-lo e termos a consciência do seu amor por nós: “João 17,3”.

As comunidades cristãs são lugares por excelência para se obter esse conhecimento. Será que todos estão tendo essa oportunidade?

A fonte de conhecimento sobre Deus é a Bíblia: “Josué 1,8-9”, e que São Paulo ensinava as Comunidades: “2 Timoteo 3,16”. O próprio Cristo nos deixou uma missão: “Mateus 28, 19-20”.

Eis o zelo amoroso de Deus no aconselhamento às famílias: “Deuteronômio 6,2”. E como ensinar nossos filhos ao conhecimento dos seus mandamentos: “Deuteronômio 6,6-7”. São Paulo, inspirado nos mandamentos, também alerta os filhos para a obediência aos pais, como ensina o Senhor: “Efésios 6,4”.

Portanto, não desanimando, afastando-nos dos maus procedimentos e procurando conhecer mais a Palavra de Deus, certamente estaremos nos aproximando da luz: “2 Corintios 4,4”. Creiam, irmãos e irmãs, sem conhecer Deus e Jesus Cristo, como se manifestam na Bíblia, será difícil aprender a amá-los. Como Jesus reconhece a dificuldade, para muitas pessoas obedecer a Deus por casa dos desafios: “Mateus 19,23-24”.

Espantados com essas palavras de Jesus, reagiram os discípulos: “Mateus 19,25”. E a resposta: “Mateus 19,26”.

A grande missão que Jesus Cristo, de Deus recebeu, foi proclamar a Sua Palavra, e que nós precisamos entender que a Bíblia deve ser proclamada e distribuída em todo mundo – é a Boa Nova, a começar pelos nossos familiares, a Bíblia é individual, é a identidade do verdadeiro cristão: “Mateus 24,14”.

Precisamos ajudar Cristo na missão de facilitar o aprendizado sobre o verdadeiro Deus, e manter viva a chama da fé: “Romanos 1,20”.

Observe as últimas instruções de Davi, o seu filho, a respeito do templo: “1 Crônicas 28,9”. Ou seja, alertava que para Deus medo e oculto e, por outro lado, deixa-se encontrar por aqueles que o buscam.

Assim como Paulo, precisamos crer nas promessas de Deus e ajudar com o nosso conhecimento as pessoas que não tem ou não tiveram a chance de conhecê-lo e assim, alcançarmos a vitória: “Ato dos Apóstolos 24,14”. Que Pai misericordioso!


Palavra de fé: “Pregava o reúno de Deus e ensinava as coisas a respeito do Senhor Jesus Cristo, com toda a liberdade e sem proibição”. (Romanos 28,31)

domingo, 27 de março de 2011

A Bíblia e o celular

(Autor desconhecido)

Já imaginou o que aconteceria se tratássemos a nossa Bíblia do jeito que tratamos o nosso celular?
E se sempre carregássemos a nossa Bíblia no bolso ou na bolsa?
E se déssemos uma olhada nela várias vezes ao dia?
E se voltássemos para apanhá-la quando a esquecemos em casa, ou no escritório...?
E se a usássemos para enviar mensagens aos nossos amigos?
E se a tratássemos como se não pudéssemos viver sem ela?
E se a déssemos de presente às crianças? E se a usássemos quando viajamos?
E se lançássemos mão dela em caso de emergência?
Ao contrário do celular, a Bíblia não fica sem sinal. Ela 'pega' em qualquer lugar.
Não é preciso se preocupar com a falta de crédito porque Jesus já pagou a conta e os créditos não têm fim.
E o melhor de tudo: Não cai a ligação e a carga da bateria é para toda a vida.

NELA ENCONTRAMOS ALGUNS TELEFONES DE EMERGÊNCIA:

Quando você estiver triste, ligue João 14.
Quando pessoas falarem de você, ligue Salmo 27.
Quando você estiver nervoso, ligue Salmo 51.
Quando você estiver preocupado, ligue Mateus 6:19,34.
Quando você estiver em perigo, ligue Salmo 91.
Quando Deus parecer distante, ligue Salmo 63.
Quando sua fé precisar ser ativada, ligue Hebreus 11.
Quando você estiver solitário e com medo, ligue Salmo 23.
Quando você for áspero e crítico, ligue 1 Coríntios 13.
Para saber o segredo da felicidade, ligue Colossenses 3:12-17.
Quando você sentir-se triste e sozinho, ligue Romanos 8:31-39.
Quando você quiser paz e descanso, ligue Mateus 11:25-30
Quando o mundo parecer maior que Deus, ligue Salmo 90.

Anote em sua agenda, um deles pode ser IMPORTANTE a qualquer MOMENTO em sua VIDA!

sexta-feira, 25 de março de 2011

O centro da Bíblia

É interessante como isso funciona. Mesmo que você não seja religioso, você deve ler isso.

P: Qual é o menor capítulo da Bíblia?
R: Salmo 117

P: Qual é o maior capítulo da Bíblia?
R: Salmo 119

P: Qual é o capítulo que está no centro da Bíblia?
R: Salmo 118

Fato: Há 594 capítulos antes do Salmo 118 e 594 capítulos depois do Salmo 118. Some esses números e teremos 1188.

P: Qual é o verso central da Bíblia?
R: Salmo 118:8

Esse verso fala algo significante acerca da perfeita vontade de Deus para as nossas vidas? A próxima vez que alguém disser que gostaria de descobrir a perfeita vontade de Deus para a sua vida, e que quer estar no centro de Sua vontade, mencione a essa pessoa o centro da Palavra de Deus!

Salmo 118:8: “É melhor buscar refúgio no SENHOR do que confiar nos homens”. Agora, não é estranho como isso funcionou (ou Deus está no centro disso?).

Antes de continuar e mencionar essa mensagem para alguém, você tem um minuto? 60 segundos para Deus? Tudo o que peço é que você reflita sobre essa pequena oração:

“Deus Eterno, Pai querido, abençoe essa pessoa que está lendo essa mensagem, em tudo o que o Senhor sabe que ele ou ela necessita hoje! Que a sua vida seja repleta de paz, prosperidade e poder para que possa ter um íntimo relacionamento contigo. Eu oro assim, em nome de Jesus, Amém”.

Lembre-se de que a fé em Deus não coloca você diante de problemas, mas livra você deles! “A felicidade está em deixar Deus controlar o seu futuro”.

Palavra de fé: “Sobre vossos preceitos meditarei, e considerarei vossos caminhos”. (Salmo 118,15)

quarta-feira, 23 de março de 2011

Religião também se aprende moral

“Crescei e multiplicai-vos”. Um ideal para nosso tempo?

No livro de Gênesis, a Bíblia coloca um lindo contexto para a procriação: Deus não é sexuado, mas Ele faz os seres humanos sexuados para serem criadores com Ele. Com isto lhes confere o dom de procriar.

A procriação biológica é apenas o começo de algo ainda maior, pois os animais também procriam. Quando fez os seres humanos Deus disse: “Façamos o Homem à nossa imagem e semelhança”. Assim, fez os seres humanos com inteligência e com a capacidade de amar.

Neste contexto, “crescei e multiplicai-vos” é uma missão ética a ser pensada e exercida com amor. A Igreja reconhece que o casal se torna um “intérprete do amor criador de Deus” nas situações concretas. Por isso deve agir com responsabilidade na procriação. Alguns critérios são: “levar em conta o seu bem pessoal, o bem dos filhos já nascidos ou por nascer, as condições da vida social, suas condições pessoais de vida material e espiritual”; e também os valores da família, sociedade e da Igreja. Formando bem sua consciência, a decisão sobre ter ou não filhos cabe “em última instância ao casal fazê-la diante de Deus” (Gaudium et Spes n. 50).

Hoje, é bem maior a responsabilidade social que pesa sobre o número de filhos e sua educação. Então a maioria dos casais tem poucos filhos. E isto pode ser um gesto de responsabilidade. Mas outros não querem filho nenhum; e isto pode ser um gesto de egoísmo. É preciso ter razões nobres para ter ou não ter filhos.

Toda pessoa ou casal que estiver restrito aos seus próprios interesses não participa deste sacramento maior que nos faz co-criadores com Deus. Mas se hoje vivemos, temos que agradecer por tantas pessoas que assumiram esse amor comunicativo e fecundo, para nos transmitir vida com qualidade e dignidade.



Palavra de fé: “Deus quis honrar pais pelos filhos, e cuidadosamente fortaleceu a autoridade da mãe sobre eles”. (Eclesiástico 3,3)

terça-feira, 22 de março de 2011

Trechos em prosa de fácil reflexão (parte II)

Cristo não teve a missão de curar ninguém, mas de salvar o mundo.

As estradas e ruas continuam sendo malditas, não por causa dos bandidos, porém, pela ausência de amor.

É do profeta não somente indicar o curso da história, mas relacioná-la cada vez mais com Deus.

Por que reclamar da morte se é natural e certo que ela venha?

Quantos se preocupando com crianças de proveta e se esquecendo das crianças da sarjeta.

O aborto é um canibalismo que não visa comer a vítima, mas apaziguar a fome de um prazer irresponsável e sem amor.

Quando um homem recusa a religião, geralmente a substitui por outra, nem sempre melhor.

A proclamação do Evangelho ou é aceita ou é recusada.

A dor é o preço que pagamos por estarmos vivos.

Nunca podemos pedir a Deus que Ele seja nosso Pai exclusivo.

A comunidade é humana, mas o plano é divino.

Sempre que um filho for conseqüência de um prazer entre o casal, ele passará a ser um ser próximo e incômodo.

Quando a manifestação do amor é reduzido ao gozo, o amor torna-se sinônimo de egoísmo.

Alguns cobram muito, sem muitas vezes não terem nada que dar.

No homem já não existe mais o fogo do amor, porém, restos de cinzas se apagando.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Jesus prepara Pedro, João e Tiago

E é proclamado “o Filho Amado de Deus”

Com a Transfiguração (Evangelho de Mateus 17, 1-9), Jesus prepara os três discípulos, que haveriam de estar com ele no Jardim das Oliveiras, para o momento de sua paixão.

Ele conduziu Pedro, João e Tiago ao altar de uma montanha. Lá, se transfigurou sobre o olhar dos três. E eis que aparece Moisés, que representa a Lei, e Elias, que representa os profetas.

Esse acontecimento, narrado por Mateus, leva-nos a crer que Deus no seu desígnio de salvação aprova a paixão que Cristo enfrentará. Como o novo Moisés, Cristo conduzirá seu povo à libertação.

A nuvem que fez se ouvir é símbolo da presença divina, e a voz confirma a palavra de Jesus sobre sua paixão, morte e ressurreição, antes dita aos discípulos.

A presença dos três discípulos nos revela a experiência que experimentam, antecipadamente, da glorificação de Jesus, que os encaminha rumo à maturidade da fé cristã.

Jesus é o verdadeiro homem, para o começo de uma nova humanidade, planejado por Deus desde o início da criação.

A transfiguração de Jesus nos revela a capacidade prodigiosa e magnífica do corpo humano que pode se tornar o rosto da Luz Eterna, como o Sol.

Assim também, pelo Espírito Santo, nosso corpo é como o evangelho, pelas nossas expressões do rosto, pelo nosso acolhimento, pela nossa generosidade e o nosso sorriso, devem testemunhar Cristo em nós.

Não podemos nos transfigurar como Jesus, mas podemos transformar cada dia de nossa vida em momentos de crescimento da fé e partilhá-los com os nossos irmãos de maneira amorosa e dar a conhecer Jesus e a sua missão libertadora.



Palavra de fé: “Seja-nos manifestada, Senhor, a vossa misericórdia, como a esperamos de vós”. (Salmo 32,22)

sábado, 19 de março de 2011

Solenidade de São José – 19 de março

Poucas são as fontes biográficas de São José, esposo da Virgem Maria – mãe de Jesus. Mateus nos fala sobre São José: “Mateus 1, 18-25”. Já São Lucas apenas menciona seu nome. Os evangelhos apócrifos não merecem fé, pois são muito fantasiosos (veja matérias no blog, “Narrativas da infância de Jesus”).

José descendia de Davi e o fato mais importante na sua vida foi seu casamento com Maria. A tradição popular nos conta que eram muitos os pretendentes à mão de Maria. Então, os jovens pretendentes teriam deixado seus bastões para ter um sinal. E o sinal apareceu. O bastão de José, prodigiosamente, floresceu. Então, todos reconheceram a preferência especial de Deus por José para esposo de Maria. Maria também descendia de Davi, para que as profecias se cumprissem: Jesus é descendente de Davi.

José era carpinteiro, uma das mais simples profissões da época. Construía casas e móveis, e os essenciais para as moradias, era também artesão. Essa foi a profissão que ensinou a Jesus e com a qual o Filho de Deus ganhou o seu sustento até os trinta anos.

Quanto à morte de São José, a Bíblia não diz nada. Depois do fato: “Lucas 2, 41-52”, José desaparece dos evangelhos. Alguns teólogos acreditam que José tenha morrido ante de Jesus iniciar seu ministério, mas não antes de se tornar adulto.

O motivo da morte não se conhece. Sabe-se que teve a assistência, na hora da morte, de Maria e Jesus. Quanto ao local de sua sepultura ninguém descobriu até hoje. Acredita-se que, como aconteceu com Maria, tenha ido para o céu em corpo e alma, em virtude da sua missão na terra e exemplo de vida.

Observação: Procure descobrir neste dia a importância da presença de São José no mistério da fé.


São José, rogai por todos nós!


Palavra de fé: “Sua posteridade permanecerá eternamente e seu trono, como o sol, substituirá diante de mim”. (Salmo 88,37)

quinta-feira, 17 de março de 2011

A força da alegria

Khalil Gibran diz que há vinte séculos os homens adoram falar sobre a fraqueza na pessoa de Jesus e não compreendem Sua força. Jesus não viveu como um covarde e não morreu queixando-se e sofrendo. Viveu como um revolucionário e foi crucificado como um rebelde.


“Não era um pássaro de asas partidas, mas uma tempestade violenta, que quebrava as asas tortas. Não era uma vítima dos seus perseguidores e não sofreu nas mãos de seus executores – mas era livre diante de todos”.


“Jesus não desceu ao mundo para destruir nossas casas e com suas pedras construir conventos. Ele veio insuflar uma alma nova e forte, que faz de cada coração um templo, de cada alma um altar e de cada ser humano um sacerdote”.


Olhando com cuidado sua vida, veremos que, embora soubesse que sua paixão era inevitável, procurou nos dar o sentido da alegria em cada gesto. Como eu disse em uma das colunas passadas, Ele deve ter pensado bastante antes de decidir qual o primeiro milagre que devia realizar. Deve ter considerado a cura de um morto, a expulsão de um demônio, algo que seus contemporâneos considerassem como “uma atitude nobre”. Afinal, era a primeira vez que se mostraria ao mundo como é o Filho de Deus.


E está escrito: seu primeiro milagre foi transformar água em vinho para animar uma festa de casamento.


Que a sabedoria deste gesto nos inspire e esteja sempre presente em nossas almas: a busca espiritual é compaixão, entusiasmo e alegria.




Palavra de fé: “Se teu amigo for constante, ele te será como um igual, e agirá livremente como os de tua casa”. (Eclesiástico 6,11)

terça-feira, 15 de março de 2011

Trechos em prosa de fácil reflexão

Não vemos o mundo como ele é, mas, como nós somos.


O homem dos dias de hoje é mais técnico que humano.


O grande mal da humanidade hoje, é adorar muito o homem e negar o culto a Deus.


Todo cristão está ainda no sexto dia da criação, não pode parar.


Não há necessidade de me humilhar para reconhecer as qualidades dos outros.

Pecado maior é Deus ofertando a salvação e o homem a recusando.


O homem sempre se põe em posição errada, quando deveria se fixar na terra, olha para o céu, e quando deveria agarrar-se a Cristo, olha para a terra.


A vida comunitária não é uma simples associação de pessoas.


A fé verdadeira tem que ser áudio-visual.


No Paganismo o homem se abre a Deus, e Deus não se abre ao homem. No Cristianismo Deus se abre ao homem, e o homem não quer abrir-se a Deus.


Pobre do cristão que somente se preocupa em evitar o mal, sem procurar inventar o bem.


Não é suficiente dizer “eu creio”, mas é necessário justificar a minha fé.


Infelizmente, nós cristãos, consideramos o “outro”, não como companheiro, amigo, irmão, mas sim, como concorrente.


Deus não olha tanto os nossos passos, mas sim, o nosso avanço.


O homem egoísta é uma tragédia para si e uma inutilidade para a comunidade.

Estamos vivendo mais. E podemos viver melhor.

Com cuidados preventivos, acompanhamento médico e bons hábitos, a vida depois dos 60 anos pode continuar ativa e produtiva.

A expectativa de vida no Brasil subiu, nas últimas décadas, para 73 anos. Hoje são 21 milhões de pessoas com 60 anos ou mais e, em 2025, serão 32 milhões. O novo desafio é menos o de aumentar a longevidade e mais o de garantir saúde e qualidade de vida na terceira idade.

Vacinas e medicamentos cada vez mais eficazes já permitem prevenir e tratar doenças infectocontagiosas, como gripe e hepatite. Mas a longevidade aumenta o risco de outras moléstias, como câncer, Parkinson e Alzheimer, que, se tratadas quando detectadas precocemente, garantem boa qualidade de vida ao paciente. É preciso estar atento também às doenças crônicas típicas da terceira idade. A hipertensão é a mais comum, mas perto dos 60 anos costumam aparecer também diabetes, artrose, osteoporose e problemas vasculares. A síndrome metabólica, denominação de um conjunto de enfermidades que inclui hipertensão, colesterol, triglicérides e ácido úrico alto e obesidade, tornou-se comum. À lista pode-se somar a depressão, que também atinge parte dessa população.

Se a lista de ameaças potenciais é grande, como viver bem depois dos 60 anos? Ser saudável, para a Organização Mundial da Saúde (OMS), não significa estar sem doença, mas desfrutar de bem estar físico, mental e social. Adequadamente medicado e com acompanhamento regular, o idoso, mesmo que porte alguma doença, pode se manter produtivo e aproveitar bem a vida.

A regra essencial para viver mais e melhor é planejar o envelhecimento. Os cuidados preventivos devem começar cedo, a partir dos 40 anos, com a orientação de um médico, que pode ser um geriatra. A geriatria permite prevenir e tratar as moléstias crônicas e ajuda a abrandar as incapacidades causadas por moléstias degenerativas.

O médico deve ser um “gerenciado” da saúde, cuidando do paciente em sentido amplo e em colaboração com outros especialistas. A abordagem completa facilita a identificação precoce das doenças, com o auxílio de exames, e permite monitorar o tratamento prescrito. Esse acompanhamento pode evitar, por exemplo, que o uso simultâneo de vários medicamentos cause efeitos deletérios no organismo do paciente. Um caso comum são os antiinflamatórios: receitados para melhorar artrites, podem afetar os rins, já debilitados pela idade.

Garantir uma boa qualidade de vida é fundamental para as pessoas com mais de 60 anos. A nutrição adequada tem papel importante na manutenção do bem estar e da disposição. A pessoa deve exercitar-se com o acompanhamento de um educador físico e, se necessário, freqüentar sessões de fisioterapia, sob orientação médica e a supervisão de um profissional qualificado. Mas a todos esses ingredientes e cuidados, é preciso acrescentar mais um: a convivência social. Os amigos, familiares, vizinhos e colegas de trabalho formam juntos, uma rede de proteção e afeto primordial para quem quer viver mais e melhor.



Palavra de fé: “Na velhice e até os cabelos brancos, ó Deus, não me abandoneis, a fim de que eu anuncie à geração presente a força do vosso braço, e vosso poder à geração vindoura”. (Salmo 70,18)

segunda-feira, 14 de março de 2011

Uma “santa” brevemente legitimada – Irmã Dulce

Em 13 de março, o Brasil inteiro e principalmente a Bahia lembrará a morte de Irmã Dulce.

“Mãe da Bahia”, “Mãe dos desempregados”, “Peregrina da caridade”, a “Irmã Dulce dos pobres”. Esta “santa” tinha uma devoção especial a Santo Antônio, que herdou de seu avô Manoel uma pequena estátua do santo que tinha em casa, e também, do seu pai Augusto, que morava perto da igreja de Santo Antônio.

A pequena estátua ainda está no quarto onde viveu Irmã Dulce nos seus últimos anos. Seu nome de batismo: Maria Rita de Souza Lopes Pontes e Dulce, nome de sua mãe, que tomaria ao se tornar freira.

Costumava conversar com Santo Antônio para discernir se tinha ou não vocação. Em sua ingenuidade, quando queria alguma graça do Santo, e esta graça demorava a chegar, ela colocava a pequena estátua de cabeça para baixo ou na chuva, até que o Santo atendesse.

Quando Deus a inspirou a dedicar-se aos mais pobres, ela tomou Santo Antônio como companheiro, advogado, patrono e provedor.

Em 1950 fundou um albergue para velhos desamparados e deu o nome de “Albergue santo Antônio”. Em 1958 iniciou as obras do hospital com o nome de “Hospital Santo Antônio”, que assiste sozinho no Norte e Nordeste mais doentes que qualquer outro hospital. Mesmo sem recursos fixos nada cobrava aos pobres.

Igualmente dedicado ao Santo, fundou o “Centro Educacional Santo Antônio”, no município de Simões Filho – Bahia, onde formou e sustentou milhares de órfãos, muitos meninos de rua e os transformou em jovens e adultos honestos e trabalhadores, dando a todos casa, comida, roupa, escola, atividades educativas e recreativas, iniciação a profissão e, também, ensinamentos de oração e catequese, experiências comunitárias e assistência sanitária.

Até novembro de 1990 manteve estas obras pela caridade, pedindo ajuda a comerciantes, empresários e pessoas de boa vontade. Por isso, passou a ser chamada de “Peregrina da Caridade”. Dado o grande volume de doações que chegava diariamente, afirmava: “É milagre de Santo Antônio”.

Pequenininha em estatura, 1m50, franzina, pesando 40kg, andar curvado, com apenas 38% de capacidade respiratória, crises contínuas de enfisema pulmonar, alimentava-se pouco e dormia de 2 a 3 horas por noite. Essa agonia durou catorze meses seguidos. Contrariando as previsões médicas em vista do estado de debilidade da Irmã Dulce, que pediu que a levasse para morrer junto de seus pobres.

Tinha grande devoção por Santo Antônio, que entrou na vida eterna em um dia 13. “Santo Antônio, por certo, acolheu-a de braços abertos”.

Aguardamos com fé e esperança o momento de podermos rezar: “Santa Irmã Dulce rogai por nós!”.


Palavra de fé: “Mas cuidarei para que, ainda depois do meu falecimento, possais conversar sempre a lembrança dessas coisas”. (1 Pedro 1,15)

sexta-feira, 11 de março de 2011

Seu filho será um adulto saudável?

Cuidados na gravidez e nos primeiros anos de vida da criança podem evitar doenças no futuro.


Do ponto de vista da saúde, no dia do nascimento o bebê já traz uma longa história. Além da genética que determina inúmeras características, inclusive a propensão para certas doenças, a criança chega ao mundo com o histórico de sua vida intrauterina, que pode influenciar a saúde na infância e na fase adulta de maneira positiva ou negativa. E essa influência continua a cada dia de vida do bebê, da criança e do adolescente. Parte da saúde do futuro adulto está sendo construída nessas etapas, e há muita coisa que pode ser feita para assegurar uma vida saudável.

Vários estudos mostram que algumas doenças que acometem adultos e idosos podem ter suas raízes na infância ou na fase fetal, como a aterosclerose, o diabetes, a síndrome metabólica e o acidente vascular cerebral.

Doenças que atingem a mãe como infecções, hipertensão ou diabetes mal controladas – podem prejudicar a oxigenação e a nutrição do feto, e por isso o bebê já nasce com maior predisposição para ter problemas de saúde. Crianças que nascem abaixo do peso ou prematuras tem mais chances de desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes e hipertensão. Além disso, prematuros são mais propensos a doenças respiratórias. Uma das principais causas da prematuridade são as infecções genitais da mãe, que podem ser diagnosticadas e tratadas com um acompanhamento pré-natal adequado.

Alimentos industrializados, muito gordurosos ou calóricos e TV/computador/jogos eletrônicos formam um desastroso conjunto de elementos que favorecem o excesso de peso em crianças, além de problemas como hipertensão e colesterol alto. Aqui os pais têm grande dose de responsabilidade. Até dois anos, a criança só come o que a mãe dá. Portanto, é fácil introduzir uma dieta com verduras, legumes, frutas, cereais integrais, pouco açúcar ou sal. Depois, é preciso manter uma rotina de seis refeições diárias com cardápio variado (a televisão deve ser desligada nesses horários). Uma hora de atividade física por dia e passeios ao ar livre em família no fim de semana são altamente recomendáveis. Ajudam a controlar o peso, favorecem a socialização e minimizam o tempo passado em ambientes fechados, onde há mais agentes que podem causar alergias.

Atividades lúdicas, culturais e esportivas junto com os pais contribuem para o desenvolvimento físico e intelectual das crianças. Pais que não bebem, não fumam, não usam drogas ajudam a criança a criar comportamentos positivos. É bom lembrar: o que educa a criança não é o discurso, é o exemplo dos pais. E o melhor que eles podem fazer é se empenhar para criar hábitos saudáveis. Com isso, terão feito a sua parte para que, quando adultos, os filhos vivam melhor, por mais tempo e com menos doenças.



Palavra de fé: “Que a nossa forma seja o critério do direito, porque o fraco, em verdade, não serve para nada”. (Livro da Sabedoria 2,11)

quarta-feira, 9 de março de 2011

Quarta-feira de cinzas

Hoje começa a Quaresma, período de quarenta dias compreendido entre a quarta-feira de cinzas e o Domingo de Páscoa. É um tempo em que a Igreja nos anima a uma revisão da nossa vida e à conversão.


As cinzas de quarta-feira são preparadas com a queima dos ramos bentos no Domingo de Ramos do ano anterior (2010). O sentido é de renovação. Das cinzas renasce a esperança pascoal.


As cinzas recordam também que somos mortais e que estamos destinados a ressurreição e vida eterna, a exemplo de Jesus Cristo. Mas isto implica em penitência pelos pecados e oração.


O jejum ou privação dos alimentos deve ser acompanhado de um sentimento de fraternidade e partilha dos bens com os outros.


Que bom seria, aos olhos de Deus, deixar de fazer uma refeição e oferece-la a um pobre que não tem o que comer. Isso mesmo!


O meu jejum alimenta e meu irmão. E Cristo por certo dirá: “Quem meu irmão alimenta, minha boca adoça”.


Quaresma é tempo de conversão e salvação.




Palavra de fé: “Quando jejuardes, perfuma a tua cabeça e lava o teu rosto. Assim não parecerá aos homens que jejuas, mas somente a teu Pai que presente ao oculto; e teu Pai que vê num lugar oculto, recompensar-te-á”. (Mateus 6,17-18)

segunda-feira, 7 de março de 2011

A recompensa

Observemos o diálogo entre Pedro e Jesus Cristo no evangelho de “Marcos 10, 28-31”. A conclusão que me toca deste diálogo, no versículo 28, é que nas palavras de Pedro há uma cobrança ou um esclarecimento sobre a recompensa dos discípulos em relação à fidelidade deles seguindo Jesus. É como se se pergunta: “O que ganhamos por termos deixado tudo e te seguirmos?”.


Jesus claramente entendeu essa atitude de cobrança e prometeu-lhes, em troca desse seguimento evangelizador, uma recompensa com vozes maiores já neste mundo em que vivemos embora com dificuldades, e no outro mundo a vida eterna.


Jesus deixa bem claro a Pedro e a nós também que a salvação será um dom, uma antecipação neste mundo e outorgado por Deus no futuro, como recompensa àqueles que decidem responder e colaborar ao chamado de Jesus. Assumir por algo melhor e maior na defesa e na ajuda aos mais necessitados por amor a Deus como Cristo nos ensina.


Superar as tentações mundanas e a libertação ao apego dos bens materiais como nas primeiras comunidades cristãs: “Ato dos Apóstolos 2,42”. Viver fraternalmente!


Deus quer de nós uma fidelidade e valorização das pequenas coisas que coloca diante de nós e não ambições e desejos que nem sempre dependem dos nossos esforços.


O melhor caminho a seguir é... “Ato dos Apóstolos 2,47”.


Creia!



Palavra de fé: “Honra-me quem oferece um sacrifício de louvor; ao que procede retamente, a este eu mostrarei a salvação de Deus”.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Pecado Original X Pecado das origens

Para entendermos é necessário observar:


Pecado original indica nossa condição pecadora. O termo pecado tem sentido de atos pelos quais nos tornamos culpados. Ele significa que nasceu com o indivíduo a liberdade à aceitação ou não da amizade com Deus e a participação em sua vida.

Pecado das origens é o que a Bíblia chama de “pecado de Adão”. Muitas vezes se coloca o “pecado das origens” (ou de Adão) como explicação do “pecado original” (condição humana pecadora). Certo é a explicação de modo inverso.

Vejamos: “Romanos 7,19” – São Paulo mostra, de maneira figurada, o poder do pecado sobre nós. É esse poder do pecado sobre o homem que constitui o “pecado original”, antes da graça e da intervenção de Cristo para nos ajudar a vencer o pecado e a morte. A nossa salvação.

Por isso a exclamação do homem: “Romanos 7,24”. E São Paulo continua: “Romanos 7,25”.

Para ele, Cristo está em primeiro lugar. Ele nos salvou a todos, sinal claro que precisávamos da salvação.

Nossa situação cabe uma pergunta: Por que o domínio do pecado sobre o homem? Por que a experiência do mal, em sua dupla forma sedutora e repulsiva?

O fato é que o homem vive dessa maneira até os dias de hoje e que, por mais que se recue na história da raça humana, sempre observamos as mesmas coisas.

Importante observar: não é Adão que explica Cristo, mas Cristo que explica do passado para o presente o mistério do pecado, que marcou as origens.

O estudo do “pecado original” e o seu entendimento devem ser observados numa certa ordem lógica. Partindo de Cristo Redentor, ele esclarecerá primeiro o problema dos pecados pessoais (se não houvesse perigo de condenação, não haveria necessidade da morte de Cristo).

Meditemos esse mistério: “Romanos capítulo 7”. E então o mistério do pecado original aparecerá como um elemento particular do desígnio de Deus, que engloba toda a história da salvação: Cristo veio nos salvar a todos!



Palavra de fé: “O pecado já não vos dominará, porque agora não estais mais sob a lei, e sim sob a graça.” (Romanos 6,14)

quarta-feira, 2 de março de 2011

Significado de Igreja

Partindo do grego “ekklesia” (que significa reunião do povo nas cidades), “igreja” traduz o hebraico “Qahal”, que dá nome a assembléia judaica. Este termo é sinônimo de Sinagoga.


Em suas primeiras cartas, Paulo o emprega para designar as comunidades locais implantadas nas cidades. Pouco a pouco, o termo qualificará toda a comunidade que se reconhece na fé em Jesus Cristo, ou mesmo, um conjunto de comunidades.


Na carta de Tiago encontramos uma citação que faça dos “anciãos da Igreja”: “Tiago 5,14”.


Diz o dicionário:

No português antigo eigreja é do grego ekklesia que significa:

1. Templo dedicado ao culto cristão;

2. Conjunto de fiéis unidos pela mesma fé e sujeitos aos mesmos guias espirituais.



Palavra de fé: “Para isso é que vos enviei Timóteo, meu filho muito amado e fiel no Senhor. Ele vos recordará as minhas normas de conduta, tais como as ensino por toda a parte, em todas as igrejas”. (1 Coríntios 4,17)

terça-feira, 1 de março de 2011