terça-feira, 29 de junho de 2010

A mesma face

Diz uma lenda referente à pintura da Santa Ceia, ou “Última Ceia de Jesus com seus Apóstolos”. Ao conceber este quadro, Leonardo Da Vinci deparou-se com uma grande dificuldade: precisava pintar o bem, na imagem de Jesus e o mal, na figura de Judas, o amigo que resolvera traí-lo durante o jantar. Interrompeu o trabalho no meio, até que conseguisse encontrar os modelos ideais.

Certo dia, enquanto assistia um coral, viu em um dos cantores a imagem perfeita de Cristo. Convidou-o para ir ao seu ateliê, e reproduziu seus traços em estudos e esboços.

Passaram-se três anos. A “Última Ceia” estava quase pronta, mas, Da Vinci ainda não havia encontrado o modelo ideal de Judas. O cardeal, responsável pela Igreja, começou a pressioná-lo, exigindo que terminasse logo o mural.

Depois de muitos dias procurando, o pintor finalmente encontrou um jovem prematuramente envelhecido, bêbado, esfarrapado, atirado na sarjeta. Imediatamente pediu aos seus assistentes para que o levassem até a Igreja.

Da Vinci, copiava as linhas da impiedade, do pecado, do egoísmo, tão bem delineadas na face do mendigo que mal conseguia parar em pé.

Quando terminou, o jovem, já um pouco refeito da bebedeira, abriu os olhos e notou a pintura à sua frente, e disse, numa mistura de espanto e tristeza:

- Eu já vi este quadro antes!

- Quando? – perguntou um surpreso Da Vinci.

- Há três anos, antes de eu perder tudo que tinha. Numa época em que eu cantava num coro, tinha uma vida cheia de sonhos e o artista me convidou para posar como modelo para a face de Jesus.

“O Bem e o Mal têm a mesma face; tudo depende apenas da época em que cruzam o caminho de cada ser humano”.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Por que Deus enviou Seu Filho?

Alguém perguntou por que é que Deus enviou o Seu Filho Jesus ao mundo? Será que temos respostas para esta pergunta?

Para responder a esta pergunta, seria preciso conhecer os planos de Deus. Mas somos tão limitados que não conseguimos expressar opiniões objetivas sobre Deus e as realidades divinas.

Não devemos ter a pretensão de conhecer os segredos e os planos de Deus. Ele não irá satisfazer as nossas curiosidades humanas.

O que Deus deseja é que saibamos como é grande e belo o seu amor por nós. Que tenhamos a certeza que é verdade, porque as Sagradas Escrituras, a Bíblia, são um verdadeiro poema de amor de Deus para com a humanidade.

Antes de enviar o Seu Filho, Deus enviou muitos outros mensageiros ao mundo. O primeiro a quem falou foi a Abraão, que deu início a um grande povo. Depois, foi enviando muitos profetas ao longo dos séculos.

O grande profeta foi Moisés, a quem Deus escolheu para conduzir o seu povo do Egito para a libertação. Por meio de Moisés que realizou com o povo de Israel uma aliança de amor: “Exodo 19, 5”.

E foi alimentando no povo escolhido a esperança na vinda do Messias. Depois, após várias profecias nasceu Jesus, o enviado do Deus Pai.

E por que é que enviou precisamente o seu Filho? Podemos imaginar que, a certo momento, Deus teria dito a si próprio: “Os homens ainda não entenderam como Eu os amo. Enviei-lhes profetas e não os escutaram e até mataram alguns. Irei agora enviar-lhes o meu próprio Filho, o meu filho amado. Talvez O escutarão. Eu estarei com Ele e não O abandonarei”.

E foi assim que Jesus, Filho único de Deus, nasceu da Virgem Maria. Felizes os que não andam no mundo sem rumo, mas caminham com Jesus vivo e ressuscitado, em quem encontram razões para viver na fé, na esperança e na alegria.

Foi para a nossa salvação que Deus nos enviou Jesus.

Louvado seja Deus!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

24 de junho – Natividade de São João Batista

João Batista, precursor do Senhor. O servo, luz das nações: “Isaías 49, 1-6”.

O próprio Jesus Cristo assim se refere a João Batista: “Lucas 7, 28”.

Era filho de Zacarias, sacerdote em Jerusalém, e Isabel, parenta da Virgem Maria. Seu nascimento, quando seus pais já eram velhos, foi profetizado por um anjo, em circunstâncias extraordinárias: “Lucas 1, 13-20”.

Cerca do ano 27, João apareceu como profeta itinerante anunciando: “Mateus 3, 2”. Aqueles que confessavam seus pecados eram levados por ele no rio Jordão, na cerimônia do batismo.

João Batista teve muitos seguidores, incluindo alguns que seriam escolhidos como apóstolos de Cristo. O próprio Jesus foi batizado por ele, e daí em diante, assim se referia a Jesus Cristo: “João 1, 29-34”.

Foi preso e atirado à prisão por haver censurado Herodes Antipa, quando tornou Herodíades, mulher do seu meio-irmão, como sua mulher. Mesmo na prisão, João seguia o trabalho de Jesus e fazia-lhe perguntas por intermédio de mensageiros: “Lucas 7, 19-29”. Num momento de insensatez, prometeu Herodes a Salomé, filha de Herodíades, dar-lhe o presente que ela quisesse. Instigada pela mãe, Salomé pediu a cabeça de João Batista. E a cabeça lhe foi dada: “Mateus 14, 1-12”.

Contrariamente ao usual, a principal festa de São João Batista comemora o seu nascimento, mas o seu martírio e a morte por degolamento são também lembrados no dia 29 de agosto.

São João Batista... rogai por nós!

Todos nós bons e maus... somos de fato filhos de Deus

É muito comum classificarmos as pessoas por sua posição, aparência ou atitude, dando muitas vezes a impressão de que o mundo é feito de gente boa e gente má. De uma ou de outra maneira, todos nós somos pecadores. E a consciência dessa nossa condição pode fazer-nos entender que precisamos ser salvos, que precisamos de Cristo para nos libertar.

O Evangelho sugere-nos que não devemos condenar ninguém, pois também temos as nossas faltas. E Jesus comeu com os pecadores. Podemos aprender, com essa atitude do Mestre, a romper preconceitos, que nos separam das pessoas. É bem provável que, ao classificarmos as pessoas “por seus pecados”, estejamos nos colocando numa situação de superioridade, enquanto ignoramos a nossa própria realidade. Num mundo como o nosso, é preciso acreditar que, mesmo sendo pecadores, todos são nossos irmãos, se quisermos ser coerentes com a verdade. Afinal, se nos conhecêssemos melhor, saberíamos quanto nos falta para sermos, de fato, filhos de Deus.


Reflita: Dever da tolerância: “Romanos 14, 1-12”.


Creia: Precisamos conhecermo-nos melhor!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

O perigo dos holofotes

Até bem pouco tempo atrás, pouca gente ficava famosa com a música religiosa. Hoje muitos se tornaram grandes nomes por causa de suas canções ou de suas interpretações. Com a fama vem os holofotes e os agentes de publicidade a oferecer seus préstimos. Aí, o cantor católico precisará tomar cuidado. Não faltará quem o convide a aceitar tal e tal tipo de conduta para tal e tal resultado.

A consciência e a formação moral de cada um determinará se vai aceitar ou não o jogo do marketing do mundo ou vai achar o marketing da Igreja. Os holofotes são ótimos porque chamam a atenção para o cantor e o iluminam de modo especial. São perigosos porque com toda aquela luz na cara, ele acabará não vendo mais o povo que o escuta. Holofotes iluminam e destacam. Mas também cegam.

Eu costumo pedir que mostrem mais o povo e menos a mim. Quem já trabalhou comigo sabe que peço poucas luzes no palco. Quero as luzes jogadas sobre o povo.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Vencer o instinto de vingança – “Mateus 5,38-42”.

No versículo 38: “olho por olho e dente por dente”, representa a lei da vingança, uma negação à justiça quando falta a caridade.

No versículo 39: Jesus nos diz: “Não resistais ao mau...” ou seja, deixa-nos claro que devemos vencer os limites do instituto do mal. Violência geram mais violência; o perdão gera amor.

Os simbolismos usados por Jesus, nos versículos de 40 a 42, com a face, a túnica e a longa caminhada significavam a necessidade evangélica de ultrapassar e vencer o instinto de vingança.

A Palavra de Deus sempre nos conduz a um amor maior, a sair de si, a não ceder frente ao próprio fracasso, mas acreditar que a unidade é possível, que o amor é a única resposta de um discípulo. E o amor não tem limites. Só o amor constrói!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Legalização da família

Cresce o número de casamentos legais em São Paulo

Pesquisa divulgada no dia 9 de junho, pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), revela o crescimento dos casamentos legais dos casais paulistas.

Comparando o número de casamentos entre 2000 e 2008, contabilizados nos registros matrimoniais em cartório, houve um crescimento de 35%. Em média, são realizados atualmente 700 uniões legais por dia. Em 2000 era apenas 181. A renovação do Código Civil Brasileiro, em 2002, incentivou os casamentos coletivos, o que reduz os gastos com a cerimônia.

Os índices apostam, também, que houve um crescimento de próximo de 83% entre os homens que se casaram pela segunda vez. Entre as mulheres, esse número é de 88%.

O mais número de casamentos acontecem com homens e mulheres acima de 55 anos de idade, entre homens 113,5% e entre as mulheres 129,5%.

As facilidades judiciais do divórcio também incentivaram a “segunda chance”. Na pesquisa, 66,1% dos homens divorciados se casaram com mulheres solteiras. Com relação às mulheres, apenas 9,3% casaram com homens solteiros.

Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que é comum os homens casaram-se com mulheres mais novas.

Observação:

Em nossa Paróquia de Santo Antônio de Pádua, Jardim Consórcio, Diocese de Santo Amaro, ministramos todos o 1º domingo de cada mês o curso para noivos, e, nos últimos doze meses, a média é de treze casais. Desses, na média, três casais já vivem casados, com filhos e buscam legitimar a relação familiar com o Sacramento do Matrimônio.

Como ser um Herói da Fé

Você começa e não termina, fala que vai fazer isso ou aquilo e acaba não fazendo. Não é que as pessoas não acreditem, você é o primeiro a desacreditar na sua própria força. Para que ter expectativas falsas consigo mesmo?

A revelação tem duplo efeito: sustentar a esperança da Fé e devastar as dúvidas. Uma pessoa de fé é, por natureza, perseverante. Se você tem fé, persevera, se não tem, desiste. O que adianta ficar se enganando, dizendo que tem fé para isso e aquilo quando na hora do “vamos ver” você desiste facilmente?

Os heróis da fé no passado foram heróis justamente por causa do tipo de fé que viviam. Eles passaram por grandes desafios e dificuldades, a exemplo de vários outros homens e mulheres daquela época. Só que foram diferentes: nada os fez desviar de seus objetivos. Sabiam que a “gravidez” de seus sonhos tinha origem no Trono de Deus.

Pessoas comuns, como você e eu, receberam as promessas por meio de revelações do Espírito de Deus. Foram inspiradas e creram. Quantas vezes você tem sido inspirado em fazer algo, mas por causa do tempo, das pessoas, das condições, ou da sua opinião própria, você desistiu?

Cada revelação é uma nova inspiração, nova descoberta, novo mapa de uma nova mina



Para comparar com a Palavra de Deus: “Tiago 2, 14-17”.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

O Nosso Padroeiro: Santo Antônio de... (Pádua, Lisboa e do Mundo)

Comemorações em 13 de junho


Foi o santo que entusiasmou o mundo inteiro, no século XIII, com seu exemplo de vida, com a caridade e serviço ao próximo. Seu primeiro nome foi Fernando de Bulhões.

Sua pátria foi a gloriosa terra de Portugal. Fernando nasceu em Lisboa, pelo ano de 1195.

Na infância e na juventude, os pais lhe deram ótima educação. Lançaram bases de personalidade que mais tarde haveria de assombrar o mundo. Sua mãe, desde a infância, o consagrou a Nossa Senhora.

Fernando desejou servir a Deus de maneira mais perfeita e quis ser religioso. No início, ingressou na Congregação dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho. Estudou a fundo a Sagrada Escritura e a Teologia. Foi ordenado sacerdote em 1220, mas ainda não era franciscano.

Fernando conheceu os frades, que chegaram a Portugal. Admirou-se com o modo de vida deles; mas o fato decisivo que o fez pedir transferência para a Ordem Franciscana foi que chegara em Coimbra os despojos dos 5 primeiros mártires franciscanos, os quais foram anunciar o Evangelho nas terras de Maomé. Fernando viu nestes mártires um sinal de Deus na sua própria vida.

Fernando foi aceito na Ordem Franciscana e recebeu o nome de Frei Antônio. Depois de longa viagem, Santo Antônio foi para a Itália, onde encontrou-se pessoalmente com São Francisco de Assis. Este o encarregou mais tarde, de ensinar Teologia aos frades franciscanos. Com isto ele foi o primeiro Mestre de Teologia da Ordem Franciscana.

Antes disso, o santo vivia num convento dedicado à contemplação e afazeres domésticos. Ajudava na cozinha, preparava a comida e ajudava os pobres. Santo Antônio foi profundo conhecedor da Sagrada Escritura de tal maneira que se firmava na autoridade dela. Ninguém contagiado de heresia ousava encará-lo de frente. Segundo os próprios hereges, ele era o mais perigoso adversário das seitas. Ele fez maravilhas nos encontros dos infiéis. Sua pregação era acompanhada de carismas e milagres extraordinários. Nele se cumpria a promessa de Jesus e seus discípulos: “Encher-vos-ei os lábios de palavras de sabedoria, às quais nenhum inimigo da verdade poderá resistir às respostas”.

Possuía o dom da profecia e a muitos revelava o futuro; tinha um extraordinário poder de convicção nas suas pregações.

Santo Antônio morreu moço, em 13 de junho de 1231, depois de ter pregado o Evangelho em toda a Itália e sul da França. Ensinou num pedaço de século quase tão conturbado como o mundo de hoje. Um mundo de guerras, de exploração, de marginalização e pobreza, que a vida segundo o Evangelho representa a única saída para os problemas do homem.

Foi o santo dos milagres e das grandes graças. Passado um mês de sua morte, o bispo e o clero enviaram ao mensageiro do Papa o pedido de sua canonização. Foi canonizado 11 meses após sua morte, na Festa de Pentecostes.

Santo Antônio foi inscrito em 1946, pelo Papa Pio XII, na lista dos Doutores da Igreja.
Sua língua ainda permanece intacta como se estivesse viva. Santo Antônio é considerado como o Santo da língua bendita. Nunca pecou pela língua. Sempre glorificava ao Senhor e levava os outros a glorificá-lo também.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

“A Oração de Jesus”

Pelos discípulos e por todos nós (João 17, 11.17-23)

Nesta oração, Jesus intercede pelos discípulos e também pelos futuros cristãos, que devem pela pregação manifestar a sua fé como enviados de Jesus Cristo.

A fidelidade à Palavra de Deus vivifica a unidade cristã. E essa unidade é a mesma unidade do Pai e do Filho, por isso, buscando a unidade, viveremos aprofundando a nossa fé.

Como cristão, nossa missão é caminhar com Jesus levando sua Palavra e não “aquartelados na Paróquia”. A eucaristia é o combustível para a missão do verdadeiro cristão.

Jesus conduz à unidade. Conhecer Deus e a Sua Palavra é o que nos leva a todos à unidade.

Cristo ensinou quando rezou: “Seja feito a tua vontade assim na Terra como no Céu”.

Precisamos construir a unidade com fé e responsabilidade.

A unidade entre os cristãos é a oração que mais agrada a Deus; é o verdadeiro testemunho que podemos dar a Deus uma retribuição à sua tão grande misericórdia e amor por nós.

Evangelizar! Pregar a Palavra! União fraterna!

Eis as orações que mais agradam a Deus e nos transformam em credores de bênçãos e graças.

Louvado seja Deus!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Vinte Anos!

Caminhando com Jesus
Desde 05 de junho de 1990


Este aniversário nasceu dentro da Paróquia de Santo Antônio de Pádua, Jardim Consórcio, Diocese de Santo Amaro, como um gesto concreto para evangelizar as famílias e levar solidariedade e esperança aos doentes. Iniciativa de participantes do Grupo de Oração da Paróquia, “União com Cristo”, um dos mais antigos de nossa região até então.

Como sempre caminhando em harmonia com o nosso Pároco, hoje Pe. Ailton, ao qual nos reportamos trimestralmente, apresentando-lhe um resumo da caminhada.

Quantas graças! Algumas até citadas neste blog, por exemplo, Dona Lazinha que a todos nós comoveu e deixou saudosa lembrança. E tantas outras que aguardamos os testemunhos para crescimento da fé.

Vinte anos! 523 visitas. Mais ou menos 7.220 pessoas reunidas ao redor de Jesus Cristo e Sua Palavra, em média 13 pessoas por reunião.

Ao longo deste período mais de 110 pessoas da nossa Comunidade fizeram parte deste Caminhando com Jesus. Muitas continuam engajadas em pastorais de Paróquia e não mais nas visitas. Atualmente participam: Francisco, Cícero, Dona Maria, Paula, Nil, Maria, Wilian, Vera, Marcelle e Kátia. Nem sempre todos comparecem para as visitas, mas, dessas citadas varia na Caminhada semanal, entre 5 a 6 mensageiros de Cristo.

A nossa motivação está em “Marcos 16,1”. É, portanto, uma ordem de Jesus Cristo. A Igreja, assim, é devedora de todos os homens, grandes ou pequenos, pobres ou ricos. Ação missionária é essência da Igreja. É direito e dever dele anunciar o Evangelho ao mundo inteiro. E este momento, Caminhando com Jesus, é uma atividade missionária, o mais santo dever da Igreja, que é transmitir os ensinamentos de Jesus: “Mateus 10,27”.

A missão evangelizadora é de todo cristão batizado. “É da união com Cristo que nasce o homem novo, chamado a participar da obra divina”. (João Paulo II)

Reflita e dê a sua resposta: “Efésios 4,16”.

Evangelizar é anunciar Cristo e dar testemunho simples e direto, promover a justiça e o encontro do homem com Deus.

“O verdadeiro apóstolo do Evangelho é o que vai humanizando e evangelizando ao mesmo tempo”. (João Paulo II)

É um desafio extraordinário: “Lucas 10,2”.

A mais divina de todas as obras na vida e nas comunidades é cooperar com Deus na salvação das almas: “Tiago 5, 19-20”. E, assim agindo, alcançarmos a salvação.

Para os seguidores de Cristo neste movimento, as palavras do profeta são bem oportunas para homenagear este vigésimo aniversário: “Isaías 42,7”.

Amém!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

O que são anjos? São Boaventura responde

Diante da enorme onde de esoterismo que permeia a sociedade contemporânea, muitos católicos de boa vontade encontram algumas dúvidas em relação a este e demais temas vinculados à sua fé. Muitos desconhecem o que a doutrina católica diz a respeito e acabam aceitando tudo como sendo natural e tolerável.

Anjo é uma palavra de origem latina angelus, que tem por significado ser mensageiro.

No Catecismo da Igreja Católica, parágrafo 328, lemos: “A existência dos seres espirituais, não-corporais, que a Sagrada Escritura chama habitualmente de anjos, é uma verdade de fé. O testemunho da Escritura a respeito é tão claro quanto a unanimidade da Tradição”.

Assim compreendemos e acreditamos que os anjos são seres espirituais que não possuem corpo material como os seres humanos. Como tais, não morrem e superam em perfeição a inteligência todos nós. Possuem vontade própria e foram criados por Deus para servir aos seus desígnios, sendo um deles e talvez o mais importante, o de levar os homens a conhecerem a misericórdia e o amor de Deus. Sendo mensageiros, todos eles possuem uma missão específica determinada por Deus. É neste aspecto que podemos compreender que todos nós possuímos um anjo da guarda. A partir do momento em que um óvulo é fecundado, Deus infunde a alemã neste corpo com vida e um novo ser humano passa a existir. Diz o magistério que a partir deste momento, Deus nos concede um anjo com a missão de nos proteger e nos orientar através de intuições, “coincidências”, ou mesmo através de uma pessoa desconhecida, ou uma leitura de um trecho bíblico, ou através de um conselho de um amigo em situação de dúvida.

Cumpre também esclarecermos que anjo não possui hora exata para agir, como muitos esotéricos afirmam de maneira ingênua e ignorante. Se Deus nos concede a existência e a vida de maneira plena, 24 horas por dia, seu amor também é permanente em todos momento. É ridícula a idéia de que eles “passam próximo à crosta terrestre num determinado momento do dia ou da noite...”. Quem nisso acredita, desconhece o amor e a misericórdia do Pai. Quem quiser conhecer mais sobre eles, faça esta viagem ao mundo bíblico.

Anjo e sua existência: “II Cron 18, 18”, “Tob 5,5-12,22”, “Dan 7,10”, “Mt 22,30”, “Heb 12,22”.

Sua hierarquia: “Gen 3,24”, “Is 6,2”, “Ef 1,21”, “Col 1,16”, “I Pe 3,22”, “I Test 4,16”, “Jud 9”.

Sua natureza e seus mistérios: “Gen 16,7-12, 18-21-22-24-28-31-32-48”, “Ex 3,2”, “Num 20,16”, “Jo 5,4”, “Rom 8,38”.

Dores da Alma

As dores da alma não deixam recados, imprimem uma sentença que perdura pelos anos.

Um amor que acabou mal resolvido, um emprego que se perdeu inexplicavelmente, um casamento que mal começou e já terminou...

Uma amizade que acabou com traição...

Tudo vai deixando sinais, marcas profundas...

Precisamos trabalhar as dores da alma, para que sirvam apenas de aprendizado, extraindo delas a capacidade de nos fortalecermos... aprendendo que o melhor de nós, ainda está em nós mesmos...

Que amando-nos incondicionalmente descobrimos a auto-estima...

Que se deixarmos seguir o caminho da dor e da lamentação, iremos buraco abaixo no caminho da depressão.

As dores da alma não saem no jornal, não viram capa de revista...

E só quem sente, pode avaliar o estrago que elas causam.

Como não existe vacina para amores mal resolvidos, nem para decepções diárias, o que vale é a prevenção...

Então... Ame-se para amar e ser verdadeiramente amado.

Sorria para que o mundo seja mais gentil!

Dedique-se para que as falhas sejam pequenas... Não se compare você é único!

Repare nas pequenas coisas, mas cuidado com as grandes que às vezes estão bem diante do nosso nariz e não enxergamos...

Sonhe, pois o sonho é o combustível da realização.

Tenha amigos e seja o melhor amigo de todos.

Apaixone-se pela vida e por tudo o que é seu!

Sinta o cheiro e acredite em seu poder de sedução...

Estimule-se, contagie o mundo com o seu melhor.

Creia em Deus, pois sem Ele não há razão em nada!

E tenha sempre a absoluta certeza de que, depois da forte tempestade, o arco-íris vai surgir e o sol vai brilhar ainda mais forte.

“Curta bem o dia de hoje!”

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Dia de Corpus Christie – 03 de junho

Reunir-se e caminhar com Cristo e adorá-lo


Qual é o significado próprio da solenidade de hoje, do Corpo e Sangue de Cristo? Antes de tudo, estamos reunidos em torno do altar do Senhor, para estarmos juntos em sua presença; em segundo lugar, acontecerá a procissão, isto é, o caminhar com o Senhor, e, por fim, o ajoelhar-se diante do Senhor, a adoração, que já começa na Missa e acompanha toda a procissão, mas culmina no momento final da benção eucarística.

O primeiro ato, portanto, é aquele de reunir-se na presença do Senhor. A Eucaristia não pode ser mais um fato privado, reservado a pessoas que se escolhem por afinidade ou amizade. A Eucaristia é um culto público, que não tem nada de esotérico, de exclusivo. Também aqui, neste momento não escolhemos nós com quem nos encontrarmos; viemos e nos encontramos um ao lado do outro, em comunidade de fé e chamados a nos tornarmos um único corpo, compartilhando o único Pão que é Cristo. Estamos unidos além de nossas diferenças de nacionalidade, de profissão, de classe social, de idéias políticas: abramo-nos uns aos outros para nos tornarmos uma só coisa a partir d’Ele. Esta, desde o início, foi uma característica do cristianismo realizada visivelmente em torno da Eucaristia, e é bom sempre velar para que as recorrentes tentações de particularismo, ainda que de boa fé, não vão, de fato, no sentido oposto. Portanto, o Corpus Domini nos recorda, antes de tudo, isto: que ser cristãos quer dizer reunir-se de todas as partes para estar na presença do único Senhor e se tornar n’Ele uma só coisa.

O segundo aspecto constitutivo é o caminhar com o Senhor. É a realidade manifestada da procissão, que viveremos juntos depois da Santa Missa, quase como seu natural prolongamento, movendo-se em seguimento d’Aquele que é Via, o Caminho, Com o dom de si mesmo na Eucaristia, o Senhor Jesus nos livra de nossas “paralisias”, faz-nos levantar e nos faz “proceder”, faz-nos dar um passo adiante, e depois outro passo, e assim nos coloca no caminho, com a força desse Pão da vida, como aconteceu com o profeta Elias, que estava refugiado no deserto por medo de seus inimigos, e tinha decidido de deixar-se morrer (cf. 1 Re 19,1-4). Mas Deus o despertou do sono e o fez encontrar ali do lado um pão recém-assado: “Levanta-te e coma – ele disse – porque bem longo é o caminho para ti” (1 Re 18 5,7). A procissão do Corpus Domini nos ensina que a Eucaristia quer nos livrar de todo abatimento e desconforto, quer nos fazer levantar, para que possamos empreender o caminho com a força que Deus nos dá mediante Jesus Cristo.

É a experiência do povo de Israel no êxodo do Egito, a longa peregrinação através do deserto (...) uma experiência que para Israel é constitutiva, mas se torna exemplar para toda a humanidade... A Eucaristia é o Sacramento do Deus que não nos deixa sozinhos no caminho, mas se põe ao nosso lado e nos indica a direção. Com efeito, não basta andar para a frente, é necessário ver para onde se vai! Não basta o “progresso”, se não existem critérios de referência. Dessa forma, se correr fora do caminho, arrisca-se a terminar em um precipício, ou, pelo menos, de distanciar-se mais rapidamente da meta. Deus nos criou livres, mas não nos deixou sozinhos: tornou-se Ele mesmo o “caminho” e veio caminhar junto conosco, para que nossa liberdade tenha também o critério para discernir o caminho justo e percorrê-lo.

E, neste ponto não se pode não pensar no início do “decálogo”, nos dez mandamentos, onde está escrito: “Eu sou o Senhor, teu Deus, que te fez sair do Egito, da condição de escravidão: não terás outros deuses além de mim” (Ex 20, 2-3). Encontramos aqui o sentido do terceiro elemento constitutivo do Corpus Domini: ajoelhar-se em adoração diante do Senhor. Adorar o Deus de Jesus Cristo, feito pão partido por amor, é o remédio mais válido e radical contra as idolatrias de ontem e de hoje. Ajoelhar-se diante da Eucaristia é profissão de liberdade: quem se inclina a Jesus não pode e não deve prostrar-se diante de nenhum poder terreno, por mais forte que seja.

Nós, cristãos, nos ajoelhamos somente diante do Santíssimo Sacramento, porque nele sabemos e cremos que está presente o único verdadeiro Deus, que criou o mundo e tanto o amou a ponto de dar Seu Filho unigênito (cf. Jo 3,16). Prostramo-nos diante de um Deus que primeiramente se inclinou até o homem, como Bom Samaritano, para socorrê-lo e restituir-lhe a vida, e se ajoelhou diante de nós para lavar nossos pés imundos. Adorar o Corpo de Cristo, que dá verdadeiro sentido à vida, ao imenso universo como à menor das criaturas, a toda a história humana como à mais breve existência.

A adoração é oração que prolonga a celebração e a comunhão eucarística e na qual a alma continua se nutrindo: nutre-se de amor, de verdade, de paz; nutre-se de esperança, porque Aquele diante de quem nos prostramos não nos julga, não nos fere, mas nos liberta e nos transforma. (trechos da homilia da Solenidade de Corpus Christi).

terça-feira, 1 de junho de 2010

Aprenda a perdoar

Se existe alguém que causou a você algum mal, tente perdoá-lo, até para seu próprio bem. “Perdoar resgata nossa dignidade e nos faz crescer, pois passamos a conhecer melhor a nós mesmos e aos outros”, afirma Dom Laurence Freeman, monge beneditino e diretor da Comunidade Mundial para a Prática de Meditação Cristã, sediada em Londres, que viaja por todo o mundo fazendo palestras sobre temas como oração, silêncio, atenção e amor.

Para Freeman, exercitar o perdão nos faz sair da condição de vítimas (dos outros ou das circunstâncias): “O que acontece com as pessoas que se sentem vítimas é que elas se tornam perseguidores em potencial, e assim, perpetuam a violência. Perdoando, abandonamos essa condição e esse sofrimento”.

O monge é autor dos livros O Dalai-Lama Fala de Jesus (Ed. Fisus), que revela o olhar do principal líder budista sobre a ação de Cristo, Prática Diária da Meditação Cristã e Luz que Vem de Dentro (ed. Paulus), em que frisa a importância da meditação como caminho para acalmar as emoções e atingir o estado de paz necessário para perdoar.

Acompanhe a visão de Freeman sobre o perdão e aprenda abaixo os passos básicos da meditação cristã, ensinada em igreja e grupos de oração católicos.


Observar a situação pelo ângulo do outro
“É o estágio em que exercemos a compaixão, tentando entender os motivos que levaram a pessoa a nos atacar. Não é preciso perguntar nada a ela diretamente. Mas vamos tentar nos colocar no mesmo estado de espírito que fez o outro a agir dessa forma. Mesmo que não surja nenhuma compreensão relevante, só essa atitude já vai nos levar a outro estado emocional, mais tranqüila”.


Expressar a raiva
“Na maioria das vezes o perdão não acontece de repente. No primeiro estágio, temos de ser honestos e admitir que podemos estar querendo até destruir o inimigo. É o momento, por exemplo, de colocar toda a raiva numa carta endereçada a quem odiamos – que, claro, nunca vamos colocar no correio. Mas ao menos pomos para fora o veneno da raiva, que intoxica nosso sangue, o que nos faz sentir melhor”.

Não-violência, início da transformação
“A não-violência significa não reagir violentamente quando nos sentimos feridos ou humilhados. Sempre que sofremos uma injustiça, primeiro sentimos o choque, depois a tristeza. Só daí acontece a segunda etapa, o despertar do ódio, da ira. Nesse espaço diminuto entre a tristeza e a raiva, temos uma oportunidade de transformação. Se escolhermos não passar para o estado de violência, aí começa verdadeiramente o processo de perdão, que será feito em etapas, até chegar ao estado mais elevado do perdão, o ‘amai vossos inimigos’, como afirmava Jesus”.

Etapa final: o perdão definitivo
“O tempo e a meditação – que nos leva a olhar para dentro de nós – são nossos grandes aliados na busca do perdão. Quando nos sentimos feridos e magoados, esse é o melhor momento para meditar. Ao descobrirmos que quem nos traiu é um ser humano como nós, podemos sentir verdadeira compaixão por essa pessoa. E um dia, sem mais nem menos, encontramos nosso inimigo e descobrimos que já não o odiamos mais”.

Meditação cristã
Para Dom Laurence Freeman, só podemos praticar o perdão quando nos interiorizamos – o que pode ser conseguido pela prática da meditação. “Quando meditamos, a mente se acalma e se integra ao coração. Descobrimos nossa verdadeira natureza interior, feita de paz, amor e alegria, e é ela que possibilita o perdão”, explica Freeman.

O monge divulga em todo mundo os princípios da meditação cristã, tal como foi criada nos mosteiros nos primeiros tempos do cristianismo. “Práticas contemplativas como a meditação são a base de várias religiões”, explica Freeman.

A meditação cristã proporciona o estado de relaxamento necessário para o nem sempre fácil exercício de perdoar. Pratique-a em lugar tranqüilo.

1. Sente-se em uma cadeira com a coluna alinhada, procurando relaxar.

2. Retraia ligeiramente o queixo, o que provocará uma leve inclinação da cabeça para frente.

3. Deixe os braços e as mãos relaxadas sobre as coxas.

4. Descontraia o corpo, eliminando pequenas tensões.

5. Sinta o silêncio. Mentalmente, repita sílabas ma-ra-na-ta, que significam “vinde ó Senhor!” em aramaico, a língua falada por Jesus. Essa é uma invocação para que Deus preencha seu coração.

6. Procure centrar seu pensamento nas palavras e volte a elas toda vez que estiver distraído. Comece meditando por cinco minutos e chegue até 20 minutos, pelo menos duas vezes por dia, ao levantar e ao dormir.